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06/09/2011 - 08h02

Milhares vão às ruas de Roma contra plano de austeridade

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Milhares de pessoas foram às ruas de Roma, capital da Itália, em um dia de greve geral contra o plano de austeridade que será debatido nesta terça-feira no Senado.

"O país não merece um plano assim", afirmou a secretária-geral do principal sindicato italiano, CGIL, Susanna Camusso.

Mais de 10 mil pessoas estavam reunidas em Florença (centro) e outras milhares foram às ruas também em Gênova (norte). A ideia do CGIL pe que as marchas aconteçam em mais de cem cidades do país nesta terça-feira.

Um dos primeiros efeitos do protesto foi que o jornal "Corriere della Sera" não chegou às bancas nesta terça-feira devido à greve dos tipógrafos, que não alcançaram um acordo com a direção para garantir a publicação do rotativo.

A greve, que terá duração de oito horas, já provoca também problemas em vários setores, como os transportes. Voos foram cancelados, assim como viagens de três e de ônibus. O metrô também foi afetado. Locais muito visitados pelos turistas, como o Coliseu, estavam fechados ao público.

As novas medidas de austeridade aprovadas pelo governo conservador de Silvio Berlusconi em 12 de agosto respondem ao pedido dos sócios europeus e do Banco Central Europeu (BCE) --que condicionou a compra de títulos do Estado à aprovação de restrições ao Orçamento.

O plano introduz reformas no mercado trabalhista e estimula as privatizações dos serviços públicos, para tentar salvar a terceira economia da zona do euro de ser a próxima vítima da crise da dívida europeia --que já derrubou Portugal, Irlanda e Grécia.

O BCE começou a intervir no mês passado para tentar segurar as taxas depois que temores do mercado com a dívida da Itália, de 1,9 trilhão de euros, levou os juros sobre empréstimos a níveis insustentáveis.

Em troca, o governo italiano tem o prazo de 60 dias para transformar em lei o decreto com as medidas de austeridade. Nesta terça-feira, o texto do plano de ajuste chega ao Senado para sua discussão e aprovação, o que deve acontecer até o final desta semana. Na sequência, o projeto deverá ser ratificado pela Câmara dos Deputados.

A CGIL considera as medidas injustas, já que afetam sobretudo os trabalhadores. O órgão, que tem cinco milhões de membros, muitos deles pensionistas, prepara uma série de propostas alternativas para modificar o plano.

Segundo fontes do sindicato, a ideia é protestar não só contra o último plano de ajuste de 45,5 bilhões de euros aprovado pelo governo, mas também pelo outro plano de austeridade ratificado pelo Parlamento em 15 de julho.

O sindicato denuncia que com seus dois planos Berlusconi "impôs mais taxas aos trabalhadores e aos aposentados e promoveu cortes em serviços e na saúde, sem garantir o equilíbrio das contas públicas e sem favorecer o crescimento e a ocupação".

 

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