Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/09/2011 - 11h28

EUA enviaram suspeitos do 11/9 a países que torturam

Publicidade

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Mahrer Arar é um de dezenas de prisioneiros da "Guerra ao Terror", iniciada por George W. Bush após o 11 de Setembro, a serem enviados a prisões em países onde a tortura é permitida.

Relembre o dia dos ataques, minuto a minuto
Veja os ataques sob diversos ângulos
Animação mostra os números por trás do 11 de Setembro
Fotógrafo morreu enquanto registrava a queda das torres no 11/9
'Não estávamos preparados', diz militar que estava no Pentágono no 11/9
Dez anos depois, EUA ainda pagam preço do 11 de Setembro

Arar foi preso em 26 de setembro de 2002 no aeroporto JFK, em Nova York, ao fazer uma escala na volta das férias. Aos 32, casado, com dois filhos, o engenheiro canadense nascido na Síria seria interrogado por um suposto laço com a Al Qaeda.

Era o início da "Guerra ao Terror". Acorrentado, posto em um avião e levado à Síria, sua rotina nos doze meses seguintes alternariam a solitária e a tortura. Nunca houve acusação formal. Solto após o governo canadense intervir, provou-se inocente.

A prática, vetada em 2005, usou aviões e aeroportos na Europa, com anuência de governos locais, e prisões na Síria, na Tailândia, no Paquistão e em outros países. Ativistas estimam em 150 os suspeitos torturados assim.

Arar nasceu na Síria e migrou aos 17 anos para o Canadá, onde se naturalizou. Segundo o inquérito aberto após sua soltura, nunca teve nenhuma ligação com grupos ou planos terroristas.

A investigação iniciada pelo governo canadense em 2004, um ano depois de sua soltura e de intensa campanha de mídia liderada por sua mulher, culminou com a conclusão de inocência e uma indenização equivalente a R$ 19 milhões pela tortura.

Os EUA também o declararam inocente em 2006, mas refutaram todas as suas tentativas de processo.
Hoje, vive no Canadá e comanda a revista "Prism" (prism-magazine.com).

Para ele, a mídia dos EUA faz cobertura rasa sobre questões de segurança e ajuda a perpetuar o preconceito sobre o islã.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página