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Netanyahu convoca gabinete para analisar crise com a Turquia
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DA EFE
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, convocou para esta quarta-feira uma reunião extraordinária de seu gabinete de crise para analisar a rápida deterioração das relações entre Turquia e Israel nas últimas semanas.
Participarão da reunião, que será realizada no escritório do primeiro-ministro em Jerusalém, os oito ministros mais importantes do Governo israelense, assessores legais e representantes dos serviços de inteligência, informa o diário Ha'aretz.
Os oito ministros estudarão a crise diplomática que destruiu quase totalmente as relações entre os dois ex-aliados da região, assim como as possíveis consequências da campanha política e legal que Ancara pretende iniciar contra Israel em fóruns internacionais, segundo o diário.
Nesta terça-feira (13), no Cairo, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, voltou a dedicar duras palavras a Israel e manifestou apoio total a um Estado palestino, na primeira escala de uma simbólica viagem pelos países protagonistas da chamada Primavera Árabe.
"Israel tem de respeitar os direitos humanos e agir como um Estado normal para libertar-se do isolamento", manifestou Erdogan em discurso de 20 minutos perante os ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe.
Netanyahu não está interessado em que a crise, originada pela violenta intercepção da Flotilha da Liberdade em maio de 2010, na qual morreram nove turcos, desencadeie na total ruptura de relações, mas hoje também estudará com seus ministros possíveis ações para o caso de a Turquia impor novas sanções a Israel.
Erdogan advertiu no Cairo que, "enquanto Israel não pedir perdão pela morte de nove turcos, além de pagar compensações a suas famílias e levantar o bloqueio à Faixa de Gaza, não haverá a normalização" das relações.
A Turquia expulsou os diplomatas israelenses de seu território e suspendeu a cooperação em matéria de defesa após a recente publicação de um relatório da ONU sobre o assalto à Flotilha da Liberdade.
O relatório criticava os dois países --Israel pelo uso excessivo da força e a Turquia por não ter tentado impedir que a flotilha zarpasse de seu território-- e considerava legal o bloqueio à faixa palestina.
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