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Wangari Maathai é enterrada como heroína nacional no Quênia
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DA FRANCE PRESSE, EM NAIRÓBI
Centenas de pessoas às lágrimas acompanharam neste sábado, em Nairóbi, ao funeral da prêmio Nobel da Paz Wangari Maathai, falecida em 25 de setembro, que recebeu honras de chefe de Estado.
O local da cerimônia de cremação, o Uhuru Park (Parque da Liberdade em swahili), foi salvo da destruição por Wangari Maathai, famosa por sua luta contra o desflorestamento e morta aos 71 anos vítima de um câncer.
Seus restos, colocados em um caixão feito de bambu e fibras de jacinto coberto com a bandeira queniana, foram cremados no final da cerimônia.
Ela havia dito, segundo a sua família, que não queria que uma árvore sequer fosse cortada para o seu caixão.
"Além de ter sido uma mulher de grande coragem e tenacidade, a professora Maathai mostrou, por exemplo, suas virtudes para servir à nação", declarou o presidente Mwai Kibaki.
Várias figuras políticas de todo o mundo participaram das últimas homenagens a Wangari Maathai.
O embaixador da Noruega no Quênia, Per Ludvig Magnus, considerou que a morte de Wangari é "uma perda para o mundo, mas que seus objetivos continuarão vivos".
Seus filhos e netos plantaram uma árvore neste parque que o regime autoritário do ex-presidente Daniel Arap Moi quis destruir para dar lugar a um gigantesco arranha-céu.
Figura de destaque na luta ambientalista em seu país desde os anos 70, Wangari Maathai obteve notoriedade internacional em 2004 com o prêmio Nobel da Paz. O júri justificou sua escolha na época indicando "a abordagem global (de Maathai) do desenvolvimento sustentável, que engloba a democracia, os direitos humanos e, em particular, os das mulheres".
Nascida no dia 1º de abril de 1940, em Ihithe, no centro fértil do Quênia, Wangari Maathai, dotada de forte personalidade e de grande energia, foi uma das raras jovens quenianas da época a se beneficiar de uma educação, graças a seu irmão mais velho Nderitu, que a matriculou em uma escola de irmãs católicas.
Ela ganhou nos anos 60 uma bolsa de estudos americana que a permitiu estudar Biologia em Atchison (Kansas), e depois em Pittsburgh. Mais tarde, voltou ao Quênia independente, onde se tornou em 1971 a primeira mulher a concluir um doutorado na África Central e do Leste.
Uma de suas fotos onde aparecia com um largo sorriso e vestida com uma roupa típica africana, foi colocado ao lado do carro que transportou o caixão. O hino nacional foi entoado e os sinos das igrejas soaram.
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