Existe todo um preconceito em torno da mortadela, a ponto de considerarem o embutido "menos nobre" em comparação a seus pares, como o salame, por exemplo.
Mas a verdade é que quase todo mundo come —e gosta— do produto. Até o rico, que entre quatro paredes, "come mortadela, mas arrota caviar" perante a sociedade, como brinca o dito popular. Segundo pesquisa Datafolha, no caso dos paulistanos das classes A e B que costumam cozinhar, a preferência é pela marca Ceratti.
A questão está no modo de fazer. Existem, sim, mortadelas de qualidade duvidosa (e cheias de amido) no mercado, mas há também "a verdadeira Bolonha", como atesta a Ceratti, feita com receita trazida da Itália e com ingredientes selecionados —apenas carnes bovina (70%) e suína (30%) temperadas com sal, pimenta, alho e coentro.
E dessa forma, pelo menos ao que parece, o consumo social está liberado.
Tanto que vale colocar 16 fatias (300 gramas) do embutido dentro de um pão francês, como faz há 83 anos o Bar do Mané, no Mercado Municipal (o primeiro ponto de venda da Ceratti em São Paulo).
Um exagero? Talvez, mas o sanduíche frio (R$ 20) virou uma obrigatoriedade turística para marinheiros de primeira viagem. São 80 mil deles vendidos por mês.
E o cardápio sugere variações, como a que inclui, sem diminuir a montanha de mortadela, olhe lá, queijo prato, alface e tomate.
Bem, sendo Ceratti, pode.