O entra e sai em frente ao número 664 da avenida Paulista não tem mais hora para acabar. Ali fica uma das duas unidades 24 horas da Smart Fit inauguradas neste ano em São Paulo. A rede foi eleita a melhor academia da cidade por 22% dos paulistanos de classes A e B, segundo pesquisa Datafolha.
Além de funcionar ininterruptamente durante a semana, a nova unidade da Paulista foi eleita "flagship" (unidade-modelo) da rede, tem área maior, com espaços diferenciados para aulas como Zumba ou treinos de alta intensidade focados no emagrecimento, e um Smart Bar: o cliente paga R$ 14,90 a mais na mensalidade e tem direito a uma dose diária de isotônico —basta colocar a digital na máquina.
Sua concepção foi inspirada na vocação de São Paulo para ser a cidade que "nunca para". "Todos os mercados são constantemente analisados. Nosso objetivo sempre é atender nosso público e continuar democratizando o fitness de alto padrão no Brasil e no exterior. Acredito nesse formato de unidades 24 horas. Estamos sempre em busca de novas oportunidades para expandir nossa rede de acordo com a demanda e necessidade de cada região", afirma Edgard Corona, 60, CEO da empresa.
A Smart Fit 24 horas é apenas uma das novidades da marca, criada em 2009 e que não para de crescer. São 357 unidades, 80 delas na capital paulista. As outras estão espalhadas por 20 Estados brasileiros, além de México, Chile, República Dominicana, Peru e Colômbia. Até o final deste ano, a meta é chegar a 478 academias —20% são franqueadas, modelo de negócio que a rede quer ampliar.
O modelo de baixo custo, com poucos professores e muitos equipamentos, foi importado dos Estados Unidos por Corona, que atuava na área desde 1996, quando criou a BioRitmo.
Além de expandir a rede Smart Fit a toque de caixa, o empresário brasileiro investe pesado em marketing e quer incorporar mais produtos à disposição do que chama de "Geração Smart", "pessoas de todas as idades e classes sociais, que sabem onde estão investindo o seu dinheiro e que não querem perder tempo".
O aumento do uso de aplicativos para treinos e canais de conteúdo fitness é outra de suas estratégia para atrair a clientela, que já é grande: 1,3 milhão de pessoas frequentam a rede atualmente, e boa parte delas nunca havia pisado em uma esteira antes.
"Fizemos uma pesquisa e, desse total, 390 mil não haviam frequentado uma academia antes. Estamos democratizando o fitness de alto padrão e tornando acessível a prática de atividade física para a população", acredita Corona.
Embora o CEO da empresa faça questão de destacar que a "Geração Smart" não tem idade, a pesquisa do Datafolha aponta que é o público jovem que mais aprova a marca —39% dos que escolheram a Smart Fit como a melhor academia da cidade têm entre 16 e 25 anos.
O preço atrativo sempre foi o principal marketing da rede —as mensalidades custam a partir de R$ 59,90. Mas a marca quer ampliar a oferta de produtos. No Plano Black, por exemplo, o valor mensal é mais alto, a partir de R$ 89,90, mas o aluno pode frequentar qualquer unidade no Brasil e no exterior, além de usar as poltronas de massagem que ficam logo na entrada da academia e levar um amigo para treinar junto.
Em breve, a Smart Fit promete oferecer novos produtos ligados ao mundo fitness, como aplicativos onde o aluno pode acessar dados sobre seus treinos, uma linha de suplementos alimentares, a Smart Nutri, e roupas de ginástica, a Smart Fit Fashion.
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Smart Fit
Fundação: 2009
Unidades: 357 (80 delas na capital paulista)
smartfit.com.br
R$ 4 milhões é o custo médio de uma franquia da Smart Fit.
36 meses é a previsão de retorno de investimento.
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Edgard Corona, CEO da Smart Fit
"São Paulo é reconhecida como uma cidade que não pára e que sempre ofereceu boas opções de serviços para atender às necessidades das pessoas, independentemente do horário. Por isso, estruturamos esse modelo 24 horas em pontos estratégicos."