Descrição de chapéu

Possibilidades de corrupção seriam bem menores sem empresários, diz leitor

Classe política mais uma vez é investigada por acordos espúrios

O empresário Antônio Celso Grecco, presidente da Rodrimar, preso pela PF - Leonardo Benassatto/Reuters

Amigos presos

O presidente Michel Temer anuncia a possibilidade de ser candidato e, por coincidência, surgem fatos que o comprometem de forma surpreendente. A classe política mais uma vez é investigada por acordos espúrios, mas não podemos deixar de criticar os empresários --sem os quais as possibilidades de corrupção seriam bem menores.

Uriel Villas Boas (Santos, SP)


Caravana de Lula

Há dias que Reinaldo Azevedo espanta e entedia seus leitores com textos tão herméticos que se tornam necessários um dicionário e um compêndio da história política do planeta. No final, o leitor chega à conclusão de que era um libelo para denunciar uma verdade que até o asfalto das estradas da região Sul sabem: o diálogo cessa quando começa a violência.

Raul Agnello Moler (São Paulo, SP)


Não tenho nenhuma concordância com a violência, mas a frase "Ele colheu o que plantou" é verdadeira. Não no sentido de que a pessoa seja merecedora de uma reação violenta devido a sua conduta, mas por ela ser responsável por ter incitado àquela reação através de suas palavras agressivas e atitudes intencionalmente provocativas.

Giana Maia Monteggia (Porto Alegre, RS)


Segunda instância

É prazeroso ler Hélio Schwartsman, mas hoje fiquei intrigado. Se, no entendimento do articulista, é preciso um duplo twist carpado hermenêutico para conciliar o texto constitucional com a execução provisória das penas, o que será necessário para explicar presos sem sequer condenação em primeira instância, quando no art. 5º do mesmo texto está explícito que todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza?

Simão Pedro Marinho (Belo Horizonte, MG)


1964

Graças à vontade soberana do povo, das instituições vigorosas e democráticas da época e ao destemor e patriotismo das nossas Forças Armadas, evitamos a maior tragédia então anunciada: a implantação do regime comunista aos moldes de Cuba, China, URSS e afins. Se compararmos nossos dias hoje com o período do regime militar (1964 a 1985), temos muito a agradecer e reverenciar os presidentes militares.

João Carlos Gonçalves Pereira, subtenente da reserva do Exército (Lins, SP)


Parabéns, 1964, pelo esforço da industrialização e emprego qualificado. Veja o Brasil hoje


mais de 12 milhões sem trabalho. A defasagem educacional, a desindustrialização, o desemprego e a consequente mão de obra pouco qualificada empurram para a marginalidade, a violência, o crime e a inadimplência. Os traidores da pátria, que a desindustrializaram, e corruptos não serão esquecidos. A história contará.

MARLI MIRA HOELTGEBAUM (São Paulo, SP)


Inferno

O papa Francisco, ao afirmar que o inferno não existe, liberta os católicos das amarras do pecado de tomar tanto o inferno como o céu de forma ingênua, concreta e, sobretudo, literal. Assim, os religiosos terão a possibilidade e a bênção de explorar os ricos e transcendentes simbolismos dessas imagens para elevação das suas almas e espíritos.

Walter Roberto Correia (São Paulo, SP)


Ovo de Páscoa

O artigo de Anna Veronica Mautner "Mediterrâneo, nosso ovo de Páscoa" merece leitura e releitura atenta e entusiástica. Com palavras inspiradas, a autora focaliza com rara felicidade o papel do Mediterrâneo como a magnífica bacia que está na base de toda a cultura ocidental, simbolizada pela instituição do ovo de Páscoa. Poucos prestam atenção na força simbólica do ovo de Páscoa, só superada pela força representativa da cruz. "O Mediterrâneo parece um ovo." E a vida começa, indefectivelmente, num ovo.

Gilberto Kujawski (São Paulo, SP)


'O Mecanismo'

Para quem se recusa a aceitar a "narrativa" criada pelo PT para se explicar perante os crimes descobertos pela Operação Lava Jato, a ideia de que Lula também fez um grande esforço para "estancar a sangria" soa bem veraz e não tira o mérito do seriado "O Mecanismo" unicamente por contrariar uma visão facciosa, apaixonada e irracional.

Luís Roberto Nunes Ferreira (Santos, SP)


Espaço

A Terra se tornou a lixeira dos experimentos espaciais. Geringonças bilionárias batizadas de laboratórios, módulos, cápsulas etc. reentram louca e aleatoriamente na atmosfera e caem sabe-se lá onde. Como o homem se arvora em Deus, diz-se que o risco para os mortais é (quase) zero. A atmosfera faz a faxina; já o espaço é outra conversa --os voadores que se cuidem, pois a colisão com detritos, à velocidade maluca, não deve ser agradável.

M. Inês de Araújo Prado (São João da Boa Vista, SP)


Iluminação pública

Nosso prefeito poderia tentar mudança na gestão da iluminação pública de São Paulo. A cidade já tem doses maciças de caos em várias de setores. Não se pode atribuir a situação atual às "chuvaradas de março". A saudosa Elis Regina já cantava que elas fechavam o verão.

Marize Carvalho Vilela (São Paulo, SP)


Gilmar Mendes

Drummond falou da superioridade de bunda em relação aos peitos. Peter Sloterdijk avisou que o elemento cínico (de Diógenes) par excellence é a bunda. Ambos souberam que a bunda não é lugar de enfiar perguntas, mas de dar respostas. Só o ministro acha que a bunda é lugar de enfiar coisas escritas e aí é problema dele ("Gilmar afirma que pergunta de repórter da Folha é molecagem", Poder, 29/3).

PAULO GHIRALDELLI, filósofo (São Paulo, SP)


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