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Ricardo Sayeg: Deus abençoe nossos soldados na guerra

Que não venham no futuro os hipócritas dos 'direitos dos manos' exigir punição a quem está a defender as pessoas de bem do Rio de Janeiro

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Temos que defender nossos soldados para que eles possam nos defender. Eles necessitam de segurança jurídica para agir. Senão, depois, correm o risco de serem punidos com 600 anos de prisão, como indevidamente quer o Ministério Público contra os soldados que retomaram o Carandiru.

O Rio de Janeiro está tomado por um Estado paralelo, entregue nas mãos de verdadeiros terroristas que são os reis do crime, chefes das facções criminosas, que assumem a concreta condição de líderes políticos das chamadas "comunidades". 

Formam autênticos grupos paramilitares, estruturados, financiados pelo tráfico de drogas e o roubo, armados até os dentes, com grosso calibre e granadas.

Provocaram um ambiente de usurpação total do papel do Estado. Pessoas inocentes estão sendo assassinadas por esses terroristas em razão de violência banalizada e de balas perdidas. Crianças foram atingidas, inclusive dentro da escola. As senhoras estão, à luz do dia, levando "gravata" e sendo roubadas.

Em plena praia de Ipanema está ocorrendo arrastão, que significa uma horda de facínoras tomando o lugar, avançando nas pessoas e assaltando todo mundo. As pessoas de bem estão cativas e apavoradas por essa situação inaceitável.

Estes sim! Os direitos humanos das vítimas, pessoas de bem do Rio, estão sendo diariamente violados por esses terroristas. Numa terra sem lei, não existem direitos humanos para as pessoas de bem, diante da ausência do Estado. Então, esses terroristas são os maiores inimigos dos direitos humanos.

O fato é que o Estado do Rio está à mercê, e o próprio governador concordou com a intervenção federal, confessando sua impotência diante da catastrófica cena. 

Mãe com criança de colo passa ao lado de dois soldados do Exército em bairro de São Gonçalo (RJ)
Soldado do Exército distribui folhetos informativos e história em quadrinhos para passageiros de ônibus durante operação em São Gonçalo (RJ), em 2 de março - Wesley Santos/Folhapress

O presidente da República, para proteger as pessoas de bem e retomar o Rio das mãos desses terroristas, decretou a intervenção federal e convocou as Forças Armadas. 

Com efeito, deve ficar bem claro que a função das Forças Armadas é a de proteger a nação brasileira, defender-nos e confrontar contra os inimigos externos e internos do país, seja onde for --no presente caso, no Rio, contra esses terroristas.

Logo, as Forças Armadas devem combatê-los e retomar e entregar o Rio para as pessoas de bem. As Forças Armadas não se confundem com a polícia, uma vez que suas funções são diferentes. 

Significa, portanto, que temos que apoiar as Forças Armadas nesta guerra, admitindo a possibilidade de confronto armado. Assim, infelizmente, pessoas podem ser abatidas ---inclusive com a possibilidade de mortes de civis.

No entanto, deve ficar claro que a guerra contra esses grupos paramilitares de terroristas é necessária, e são eles que usam as pessoas inocentes como escudo humano. Se mortes houver, a culpa é deles, e não dos nossos soldados, que certamente são os heróis de que estamos precisando para reaver o Rio das mãos desses malfeitores.

Logo, que não venham no futuro os hipócritas dos "direitos dos manos" exigir punição de nossos soldados, que estão a defender as pessoas de bem e retomar aquele território sem lei. Eventuais excessos deverão ser julgados, mas pela Justiça Militar --e nós estaremos lá para defender nossos bons soldados.

Que Deus os abençoe e que a guerra contra o terror no Rio seja vencida sob a bandeira do Brasil e em nome das pessoas de bem.

RICARDO SAYEG, advogado, é presidente da Comissão de Direitos Humanos do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo)

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