Com frequência, as pessoas reagem com desconfiança à homeopatia, questionando sua comprovação científica e eficácia clínica. A falácia de que "não existem evidências científicas", proclamada reiteradamente, acaba se incorporando ao inconsciente coletivo, servindo como estratégia para aumentar preconceitos contra essa especialidade médica.
Fruto da desinformação ou negação acerca das evidências científicas existentes, essa postura dogmática se retroalimenta com reportagens depreciativas publicadas nas mídias e redes sociais, que, raramente, divulgam os trabalhos favoráveis à homeopatia.
Numa fácil consulta à base de dados PubMed, milhares de evidências científicas são citadas ao inserirmos os termos 'homeopathy and research', com centenas delas descrevendo a eficácia da homeopatia ('homeopathy and efficacy'). Ausência de evidências ou negação das existentes?
Em 2017, com o intuito de esclarecer a classe médica e a população, a Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo elaborou o Dossiê Especial "Evidências Científicas em Homeopatia", divulgado na Revista de Homeopatia em três edições independentes: online em português, online em inglês e impressa em português.
Além de mostrar o panorama mundial da homeopatia como especialidade médica e sua inclusão nos currículos das faculdades de medicina, o dossiê abarca outras revisões sobre linhas de pesquisa que fundamentam os pressupostos homeopáticos (similitude terapêutica, experimentação patogenética e uso de medicamentos ultradiluídos), assim como a segurança e a eficácia do método, demonstrada em ensaios clínicos randomizados.
Em fevereiro deste ano, o dossiê foi divulgado como 'Editorial' na Revista da Associação Médica Brasileira, em vista de sua importância e da imparcialidade do periódico. Ausência de evidências ou negação das existentes?
Embora a eficácia da homeopatia esteja descrita no dossiê em distintos modelos de pesquisa (in vitro, em plantas, em animais e em humanos), vale ressaltar os "vieses metodológicos" de três estudos elaborados com o objetivo de desqualificar a homeopatia e subtraí-la dos sistemas públicos de saúde da Suíça, do Reino Unido e da Austrália.
Citados pelos céticos como "prova inconteste da ineficácia da homeopatia", foram francamente desmascarados em reanálises posteriores (Homeopathy Research Institute), tendo seu objetivo frustrado (na Suíça, no Reino Unido e na Austrália).
Dentre outros erros sistemáticos, esses estudos apresentaram "viés na seleção dos ensaios clínicos" incorporados à análise, excluindo os favoráveis à homeopatia. Na metanálise do The Lancet (2005), a conclusão enviesada baseou-se em análise secundária de apenas 8 dos 110 ensaios clínicos da análise inicial, que mostrou eficácia da homeopatia perante o placebo.
No The UK 'Science & Technology' Report (2010), quatro metanálises favoráveis à homeopatia foram excluídas, baseando suas conclusões apenas na metanálise do The Lancet (2005), seguindo orientação explícita do cético professor Edzard Ernst.
Além desse viés, o The Australian Report (2015) revelou "graves evidências de adultério científico e processual" na produção do relatório, manipulações assumidas recentemente perante o Senado australiano. Ausência de evidências ou manipulação das existentes?
A homeopatia tem eficácia comprovada cientificamente? SIM
Ausência de evidências ou negação das existentes?
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