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Turismo galáctico

Aproxima-se a era em que pessoas comuns poderão visitar a órbita do planeta

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Cenário visto a partir da VSS Unity durante voo em dezembro deste ano
Cenário visto a partir da VSS Unity durante voo em dezembro deste ano - Virgin Galactic/Reuters

Aproximou-se um pouco mais da Terra a era em que pessoas comuns poderão visitar a órbita do planeta e confirmar, com os próprios olhos, que ele é azul, como disse em 1961 o pioneiro soviético Iúri Gagárin (1934-1968).

Pessoas comuns... em termos. Os turistas espaciais que subirem aos céus ainda em 2019, se tudo der certo, precisarão desembolsar US$ 200 mil ou US$ 250 mil (R$ 780 mil ou R$ 975 mil) para a Virgin Galactic, empresa do bilionário britânico Richard Branson.

Há 700 pessoas na fila de espera. Em quase cinco décadas, não chegou a 600 o total de humanos que alcançaram o espaço.

A façanha da companhia que Branson divide com a firma de investimentos Mubadala, sediada em Abu Dhabi, consistiu em levar até a altitude de 83 km a nave tripulada VSS Unity, da série batizada como SpaceShipTwo. O voo inédito do exótico avião-foguete de asas dobradas ocorreu em 13 de dezembro, quinta-feira.

Pela primeira vez desde 2011, uma espaçonave tripulada decolou de solo norte-americano, após a interrupção do programa de ônibus espaciais da Nasa. Segundo a Virgin Galactic, nunca antes, tampouco, um veículo pilotado construído com fins comerciais havia alcançado tal altitude.

Os pilotos Mark “Forger” Stucky e Frederick “CJ” Sturckow decolaram do deserto de Mojave, na Califórnia, com a Unity dependurada na barriga do transportador WhiteKnightTwo. Tecnicamente, tratou-se de um voo suborbital, pois a nave não chegou a completar uma volta em torno da Terra.

Discute-se também se Stucky e Sturckow merecem o título de astronautas, ou espaçonautas.

Tal tratamento em geral se reserva para os que ultrapassam 100 km de altitude; de todo modo, a FAA (administração de aviação dos EUA) anunciou que lhes conferirá a insígnia Asas de Astronauta Comercial em cerimônia que terá lugar em Washington.

Branson não é o único magnata de olho na órbita terrestre. Jeff Bezos, dono da Amazon, criou a empresa Blue Origin. Ela já comprovou ter tecnologia para lançar no topo de um foguete uma cápsula com turistas e deve começar a vender passagens em 2019, mas ainda não realizou voos tripulados.

Como de hábito mais ambicioso, o controverso bilionário Elon Musk, da Tesla, tem sua própria companhia, SpaceX. Ele promete levar o empresário de moda japonês Yusaku Maezawa até a órbita da Lua em 2023. Se a empreitada for bem-sucedida, será o 25º humano a alcançar o satélite.

editoriais@grupofolha.com.br

Erramos: o texto foi alterado

Em versão anterior deste texto, a palavra “and” foi incorretamente utilizada no lugar de “e” no trecho em que são mencionados Mark “Forger” Stucky e Frederick “CJ” Sturckow.

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