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Vitória de Trump

Resultado de investigação robustece o presidente na reta final de seu mandato

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O presidente dos EUA, Donald Trump, retorna para a Casa Branca, em Washington
O presidente dos EUA, Donald Trump, retorna para a Casa Branca, em Washington - Eric Baradat/AFP
 
 

As conclusões da investigação sobre a interferência da Rússia no pleito americano de 2016, conhecidas no domingo (24), são por certo alvissareiras para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Após quase dois anos de averiguações, o procurador Robert Mueller não encontrou evidências de que o republicano ou pessoas a ele ligadas tenham agido em conluio com autoridades russas para influenciar a eleição presidencial.

O imbróglio pendia como uma espada de Dâmocles sobre Trump, dado o potencial de desencadear um processo de impeachment.

Bem à sua maneira, o mandatário comemorou o resultado oscilando entre euforia e vitimismo. A jornalistas, disse que a investigação fora uma tentativa ilegal de apeá-lo do poder que havia falhado.

O sumário da apuração, tornado público pelo secretário de Justiça, William Barr, robustece o presidente na reta final de seu mandato e na disputa pela reeleição. 

Mesmo não tendo chegado a um veredito devastador para o republicano, o escrutínio de Mueller revelou um quadro preocupante. O governo russo interferiu de modo reiterado no pleito americano, invadindo computadores ligados à campanha democrata; partidários de Trump, ao tomar conhecimento do fato, nada fizeram.

Tais ações, no entanto, não contaram com a participação direta, ou coordenação, do então candidato, segundo o documento.

Menos peremptórias foram as conclusões acerca de tentativas de atrapalhar a apuração. “Enquanto este relatório não conclui que o presidente tenha cometido um crime, ele tampouco o isenta”, escreveu Mueller, listando atos de Trump que podem vir a ser interpretados como obstrução da Justiça.

A avaliação da gravidade e da extensão dessas condutas depende, porém, da liberação de todo o documento. Espera-se agora uma luta dos democratas para obrigar Barr a entregar ao Congresso a íntegra do relatório e as evidências que o acompanham, numa disputa que pode chegar aos tribunais.

Em resumo, embora as afirmações do procurador constituam vitória política inequívoca de Trump, é cedo para dizer que a batalha em andamento desde o início de seu mandato está decidida a seu favor.

editoriais@grupofolha.com.br

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