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Francisco Gomes Neto

Desafiando o futuro, mais uma vez

Embraer, 50 anos, crescerá ainda mais com a Boeing

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Eletricistas trabalham em modelo do jato Praetor, em hangar da Embraer, em São José dos Campos (SP) - Eduardo Knapp - 16.ago.19/Folhapress
Francisco Gomes Neto

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Quando cheguei à Embraer, há cerca de cem dias, me chamou atenção a resposta dada pela equipe quando quis saber o que a fez a empresa se tornar um ícone global da indústria aeronáutica e colocar o Brasil em um seletíssimo grupo de países que fabricam aviões: “É o desafio que nos move”, respondem todos na Embraer. Ou seja, milhares de engenheiros, projetistas, mecânicos e técnicos movidos por uma paixão por superar desafios que parecem impossíveis. 

Pode parecer um exagero para quem não é tão familiar à indústria aeronáutica, mas a Embraer foi muito além do que se imaginava naquele agosto de 1969, quando a empresa foi criada pelo governo federal. Um projeto do Estado brasileiro, tendo à frente a Força Aérea Brasileira e visionários como Ozires Silva. 

Ao longo desses 50 anos, a Embraer produziu mais de 8.000 aeronaves. Hoje, a cada dez segundos, um avião brasileiro decola em algum aeroporto do mundo. Somos a terceira maior fabricante de aviões do planeta, com reconhecimento internacional em todas as áreas que atuamos: na aviação comercial, líderes de mercado no segmento de até 150 assentos; na aviação executiva, um dos principais “players”, com uma ampla linha de jatos (o Phenom 300, por exemplo, é o jato executivo mais vendido no mundo há sete anos em sua categoria); na área de Defesa, estamos lançando o KC-390, a maior aeronave já produzida no hemisfério Sul e que irá mudar a dinâmica do segmento de cargueiros militares e civis.

Mas o que poucos sabem é que a Embraer não fabrica apenas aviões. A empresa também desenvolve sistemas de controle de tráfego aéreo, de satélites, radares e soluções para indústria naval e segurança cibernética, além de mobilidade aérea urbana —temos um time, por exemplo, dedicado ao desenvolvimento do nosso “carro voador”, ou melhor, veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (“eVtol”, na sigla em inglês).

Tudo isso graças a uma forte cultura de inovação, alimentada por um sistema de parcerias com universidades, centros de pesquisa, startups e outras empresas no Brasil e no exterior. Apenas no ano passado, a empresa publicou 93 patentes, sendo 23 no Brasil e 70 no exterior.

A parceria com a Boeing na aviação comercial e na comercialização da aeronave KC-390 também irá fortalecer a empresa em um novo momento do mercado global, no qual fornecedores e concorrentes passam por um processo de consolidação. 

Alianças estratégicas fazem parte da história da empresa e são essenciais para abrir novos mercados, ganhar escala, gerar oportunidades para a nossa engenharia e para os fornecedores brasileiros. 
Com tudo isso, não tenho dúvidas que a Embraer irá crescer e multiplicar seu valor de mercado ao longo dos próximos anos. Vamos manter o espírito dos pioneiros de desafiar o impossível e, desta vez, expandindo nosso alcance em terra, mar, espaço e ciberespaço.

Francisco Gomes Neto

Presidente da Embraer

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