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Ricardo Tripoli

São Paulo para as próximas gerações

Não é com espertezas políticas que construiremos uma cidade melhor

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A cidade de São Paulo, que tem em seu DNA o acolhimento e o respeito à pluralidade, deu mais um passo importante nesse sentido ao celebrar, antes mesmo de completar 466 anos, a liberdade de expressão e pensamento com o Verão Sem Censura. Não podemos, no entanto, silenciar diante de espertezas eleitoreiras, sobretudo as autodeclaradas.

Refiro-me diretamente aos senhores Nabil Bonduki, arquiteto e urbanista, e Jilmar Tatto, ambos ex-secretários de gestões do PT que se colocaram recentemente como pré-candidatos do partido à Prefeitura de São Paulo. O colunista Bonduki decidiu usar o espaço nobre que ocupa nesta Folha para criticar a gestão Bruno Covas (PSDB) e indicar soluções para problemas históricos que atingem a cidade, como as enchentes e inundações. Tatto, por sua vez, reagiu ao artigo do prefeito publicado pela Folha na véspera do aniversário da capital do nosso estado.

Ricardo Tripoli, secretário-executivo de Assuntos Federativos e Metropolitanos da Prefeitura de São Paulo - Mathilde Missioneiro - 30.set.19/Folhapress

Os temas das críticas petistas não são exatamente os mesmos, mas o pano de fundo é um só: estão incomodados com os resultados da gestão Bruno Covas e já cumprem o calendário político-eleitoral do partido. A verdade é que a atual administração de São Paulo herdou um rombo de R$ 7 bilhões em 2017, resultado da contabilização de despesas subestimadas (R$ 2,5 bilhões) e receitas superestimadas (R$ 5 bilhões) no Orçamento aprovado pela gestão petista. E, três anos depois, a prefeitura está em condição de investir praticamente a mesma quantia nas áreas da saúde, educação, mobilidade, zeladoria, acessibilidade, enfim, no social, na manutenção e na infraestrutura.

É evidente que a recuperação da capacidade de investimento só é obtida com planejamento, determinação, coragem para enfrentar incompreensões momentâneas e muito trabalho. Pintar nacos de ruas e avenidas sem preocupação com a segurança é muito mais fácil do que reunir técnicos e usuários, elaborar um plano cicloviário e fazer no tempo certo, mesmo que isso gere críticas e cobranças previsíveis e compreensíveis. Afinal, como sabemos, tudo em São Paulo é urgente.

Mas a gestão Bruno Covas trabalha com um lema muito claro: o governo que não pensa em eleição, mas, sim, nas próximas gerações. Atuamos em ações prioritárias para o bem-estar social com respeito ao dinheiro público. Alcançamos o patamar de R$ 7,8 bilhões em investimentos previstos no Orçamento de 2020, sendo R$ 4,3 bilhões reservados para as ações do programa de metas apresentado e pactuado com a população.

Avançamos em um inédito Plano Municipal de Desestatização, que vai gerar R$ 4,4 bilhões em benefícios econômicos ao município, em todas as áreas. Na habitação, com a inovadora parceria público-privada vamos entregar 25 mil unidades ao fim da gestão; na educação, 85 mil novas vagas em creches, a menor fila de espera da história da cidade, e 12 novos CEUs, paralisados no governo anterior.

Graças à credibilidade da gestão Bruno Covas, a prefeitura assinou empréstimo de US$ 100 milhões com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para investimentos exclusivos na saúde. Com esses recursos, vamos construir, reformar e equipar 150 equipamentos da saúde nos próximos cinco anos. E só com recursos próprios já entregamos 34 unidades de saúde, entre as quais o Hospital de Parelheiros, na zona sul.

Quando se discute zeladoria e obras para reduzir enchentes, vemos que o Orçamento foi ampliado para mais de R$ 1 bilhão e atendeu 38 mil solicitações registradas no telefone 156. Desde o início de 2017 até novembro de 2019, foram tapados 655.528 buracos, o que representa um acréscimo de 51% em relação à gestão passada.

Atuamos de forma consistente para retirar 71 mil toneladas de resíduos de córregos em 2019, um aumento de 126% em relação ao ano anterior, e a limpeza de 5,9 milhões de m2 de margens contra 2,7 milhões em 2018. O plano de macrodrenagem da cidade prevê a entrega de oito novos piscinões, um número quatro vezes maior do que o realizado pela gestão passada.

Como se vê, uma gestão se faz com planejamento, foco e muito trabalho. É assim, e não com espertezas políticas, que construiremos uma cidade melhor para as futuras gerações.

Ricardo Tripoli

Advogado e ambientalista, é ex-presidente da Comissão de Mudanças Climáticas do Congresso

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