Descrição de chapéu

Linha de largada

Antes da campanha na TV, Datafolha mostra menor distância entre candidatos em SP

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Debate dos candidatos a prefeito de SP na Band - Bruno Santos/Folhapress

Num quadro em que as campanhas ainda ensaiam seus primeiros movimentos, a nova pesquisa Datafolha de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo mostra Celso Russomanno (Republicanos) na liderança (27%) à frente do atual prefeito, o tucano Bruno Covas (21%). Em terceiro lugar aparece Guilherme Boulos, do PSOL (12%).

O levantamento foi realizado nos dias 5 e 6 de outubro, antes, portanto, do horário gratuito de rádio e TV, cujo início está marcado para esta sexta-feira (9).

Além de personagem conhecido pela atuação televisiva, Russomanno apresenta-se pela terceira vez ao pleito, agora na esperança de que o apoio declarado pelo presidente Jair Bolsonaro possa lhe reservar melhor sorte. Em simulação de segundo turno, ele hoje bateria Covas por 46% a 40% dos votos.

Em que pese a fase inicial da disputa, algumas oscilações se fizeram notar em relação à pesquisa anterior, de 21 e 22 de setembro. Mesmo dentro da margem erro, de três pontos percentuais, a diferença entre o primeiro colocado e o segundo caiu de 9 para 6 pontos.

Já Boulos, o terceiro nas preferências, passou de 9% para 12% das intenções, ampliando sua vantagem em relação a Márcio França (PSB), que se manteve com 8%.

A oscilação positiva do postulante do PSOL veio acompanhada do aumento da parcela da população que diz conhecer seu nome —de 46%, em setembro, para 54% agora. A consolidar essa trajetória ascendente, Boulos poderá quebrar a tradicional hegemonia do PT entre as candidaturas de esquerda.

Jilmar Tatto, o nome petista, não obteve a adesão de apoiadores históricos do partido, que declararam votos no postulante do PSOL, e tem apenas 1% das intenções neste momento.

Com as ressalvas do que se observou na última eleição presidencial, quando o tempo de TV teve reduzida influência, será preciso aguardar o início da propaganda gratuita para juízos mais embasados. Tanto Covas como Tatto depositam parte de suas esperanças nesse período de exposição na mídia.

Não há dúvida, porém, de que outros fatores irão pesar, a começar pela relevância que a internet ganhou nos últimos tempos. Também os debates costumam ter influência no esclarecimento dos eleitores e na definição de tendências.

Infelizmente, não é certo que as principais redes de TV promoverão tais encontros —e, mesmo que isso venha a ocorrer, o candidato Celso Russomanno dá sinais de que pretende fugir dos confrontos.

Numa eleição excepcional, marcada pelas circunstâncias da pandemia do novo coronavírus, tem-se por ora apenas o retrato de uma linha de largada. Muito ainda poderá mudar ao longo da corrida.​

editoriais@grupofolha.com.br

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