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José Ricardo Roriz Coelho

A urgente renovação na indústria paulista

Chegou a hora de recolocar o setor rumo à modernização e à competitividade

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Quando a indústria está forte, a roda da economia gira, o emprego cresce e o estado de São Paulo produz novas riquezas para seu povo e para o Brasil. O consumo das famílias aumenta, e os serviços, melhoram. São Paulo conhece a sua história: a indústria atuante traz qualidade de vida no presente e reforça a esperança no futuro. Nas últimas décadas, porém, a indústria paulista foi perdendo relevância.

A participação do setor no PIB estadual caiu dez pontos percentuais em 15 anos (2004-2020), enquanto a contribuição da indústria no emprego registrou queda de 21,8% (2006) para 16,6% (2018). São muitas as causas —boa parte integra o conjunto de problemas que tem sido chamado de custo Brasil.

José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente da Fiesp e presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico
O empresário José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente da Fiesp e do Ciesp e presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico - Divulgação

Agora, após 17 anos sem debates e propostas inovadoras, chegou a hora de recolocar a indústria de São Paulo na estrada da modernização e da competitividade. No dia 5 de julho haverá eleições para o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). É a entidade mais representativa da base industrial, com quase 7.000 empresários, de todas as regiões do estado, donos, acionistas e executivos de empresas de todos os tamanhos. Pela primeira vez desde 2004 há duas chapas concorrendo à presidência da entidade.

Na chapa da situação está a confirmação dos problemas atuais. Um projeto imposto de cima para baixo, destinado a atender aos mesmos interesses partidários e pessoais que desconectaram a entidade dos empresários. Sem alternância nem renovação, ela manterá o isolamento e não enfrentará os desafios da indústria do estado.

Mas os industriais têm agora a oportunidade de resolver os problemas que se acumularam. Estou à frente da Chapa 1. Trago a experiência pessoal de quem conhece o chão da própria fábrica, com empresas nos setores de óleo, gás e petroquímico, plástico, embalagens e também no agro, um parceiro da indústria. Também liderei e lidero associações e entidades empresariais.

Nosso grupo é formado por 134 empresários e empresárias que sabem das dificuldades enfrentadas pela indústria. Apenas 2% dos integrantes fizeram parte da atual gestão na sede do Ciesp e da Fiesp, o que demonstra nossa capacidade de executar um projeto construído com a maioria dos empresários, do interior, do litoral, da Grande São Paulo e da capital.

Precisamos inserir a indústria de São Paulo nos padrões de competitividade mundial. O Brasil não terá relevância internacional se a indústria permanecer entre as sete menos competitivas, como aponta ranking anual de 63 países avaliados pela Fundação Dom Cabral e o IMD (International Institute for Management Development).

Seremos incansáveis na luta contra o custo Brasil. Para isso, é urgente o avanço das reformas estruturais, principalmente a tributária. A indústria é quem mais paga impostos no Brasil e precisa ter isonomia com outros setores da economia.

A Chapa 1 terá diálogo aberto e transparente com todos os segmentos, em todos os níveis de governo. Sem escolhas partidárias ou eleitorais. Porque o nosso partido tem de ser a indústria. Com a união dos associados, o Ciesp será uma plataforma central para retomar o rumo da produção de riquezas, da geração de empregos, da modernização tecnológica, da competitividade e da relevância da indústria paulista.

TENDÊNCIAS / DEBATES
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

José Ricardo Roriz Coelho

Presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) e vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo)

Erramos: o texto foi alterado

Na primeira versão deste artigo foi publicada a foto do presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, como se fosse a do vice-presidente da Fiesp e do Ciesp, José Ricardo Roriz Coelho. A imagem foi alterada.
 

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