Descrição de chapéu
Miguel Torres

Força, 30 anos

Movimento sindical dá voz aos trabalhadores e fortalece a democracia

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Miguel Torres

Presidente nacional da Força Sindical

A Força Sindical comemora 30 anos em março de 2021. São três décadas de protagonismo no movimento sindical, pautado pela defesa intransigente e ampliação dos direitos dos trabalhadores.

Nos dias 8, 9 e 10 de março de 1991, 1.793 delegados sindicais, representando 783 sindicatos e federações, mais 74 representantes internacionais, reuniram-se em Congresso no Memorial da América Latina, em São Paulo. Desde a fundação foram presidentes Luiz Antonio de Medeiros, Paulo Pereira da Silva (Paulinho), João Carlos Gonçalves (Juruna) e, agora, eu, que presido com muito orgulho.

A Força Sindical nasceu com o propósito de construção de uma alternativa para um Brasil. Nasceu pluralista, suprapartidária, democrática, progressista, independente e com o projeto de ajudar a transformar o país.

O símbolo da Força Sindical, vale lembrar, fundamenta-se no sol, fonte de vida e energia —e no girassol, que está sempre de frente para a luz. Força, coragem e determinação para lutar pelos interesses da classe trabalhadora.

Trinta anos é um importante momento na luta e as reivindicações por melhores condições de trabalho. E dessas lutas lembramos muitas vitórias nestas três décadas: pagamento e correção do FGTS; conquista de aumento para os aposentados; acordo de aumento do salário mínimo; Centro de Solidariedade ao Trabalhador; derrubada no Congresso da nefasta emenda 3; valorização do servidor público; vitoriosas marchas à Brasília; luta contra a desindustrialização; correção da tabela do Imposto de Renda; Dia do Trabalhador, que reúne milhões de pessoas; e vitoriosas campanhas salariais, entre outras.

No campo das relações internacionais, a central sempre teve atuação forte voltada para uma política de cooperação, troca de experiências e solidariedade mútua entre as organizações —ONU, OIT, Brics, Mercosul. Hoje, somos filiados à ADS (Alternativa Democrática Sindical).

Nos dias atuais, infelizmente, estamos presenciando uma forte assimetria entre os anseios dos trabalhadores e as atitudes do atual governo. Ataques constantes aos direitos dos trabalhadores e tentativas de sufocar e calar os movimentos sociais como forma de enfraquecer as instituições e a democracia estão na ordem do dia do atual governo federal. Nossa determinação, atualmente, é por vacina já, manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 e mais empregos e renda.

Entendemos que um dos pilares da democracia é o diálogo e o debate. E o movimento sindical é um instrumento de fortalecimento da democracia e das vozes a este importante setor da sociedade. Destacamos também a iniciativa das centrais sindicais, de fortalecer a luta por meio de uma atuação unitária e coesa.

Enfim, nestes 30 anos, defendemos o crescimento econômico com distribuição de renda, a valorização do trabalho, o desenvolvimento sustentável e a modernização da organização sindical. Nossa tarefa continua a constante busca de uma sociedade mais justa, com empregos, renda, moradia e educação de qualidade para todos.

Força, trabalhadores! Vamos em frente, companheiros!

TENDÊNCIAS / DEBATES
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.