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Rafael Cervone

União a serviço da indústria e do Brasil

Fortalecimento não será alcançado com proselitismo e cisão do empresariado

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Rafael Cervone

Engenheiro e empresário, é presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo)

A indústria paulista, 30% da nacional, tem forte peso na recuperação econômica, na retomada de investimentos e empregos e num eventual crescimento anual de 4% —o mínimo para levar o país à renda alta. O setor é estratégico, paga os melhores salários, gera muitos postos de trabalho, é polo de pesquisa, tecnologia e inovação, alavanca investimentos e insere os segmentos da indústria nas redes globais de valor.

O fortalecimento da indústria, afetado por “custo Brasil”, insegurança jurídica, altos impostos, burocracia, problemas de logísticas e crises frequentes —e ainda agravado pela Covid-19—, não será alcançado com proselitismo e cisão do empresariado em suas entidades de classe. A prioridade, notadamente na pandemia, é a união em torno de um projeto viável de fomento, a ser defendido perante os governos paulista e federal.

O empresário Rafael Cervone - Joel Silva - 11.dez.13/Folhapress

A coesão também é crucial para que o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) somem forças e, além do seu legítimo peso político, apoiem o setor, seus empresários e trabalhadores, que não podem ser ignorados por quem pretende ser líder empresarial. A essência de toda atividade é o ser humano, que precisa de educação continuada para evoluir conceitos, consultoria em múltiplas áreas, acesso a fóruns técnicos, canais de exportação e a tudo o que as entidades podem e devem, integradas e sinérgicas, propiciar.

Por todas essas razões —e atendendo a um anseio consensual das bases industriais paulistas de que as duas casas tivessem presidentes distintos, mas mantivessem efetiva união—, aceitei o desafio de concorrer, nas eleições de 5 de julho, à presidência do Ciesp e a primeiro-vice-presidente da Fiesp. Nesta última, há chapa única, pois o outro concorrente sequer conseguiu adesões em número suficiente para constituir outra completa. Nossa candidatura não brotou de um frustrado projeto de poder ou da dissidência/conveniência de alguns, característica do velho fisiologismo. Nasceu, como eu, no chão de fábrica, onde passei minha infância, adolescência e estou até hoje sob o exemplo digno de meus antepassados industriais.

É a mesma origem dos membros da nossa Chapa 2 do Ciesp, única com representatividade em todas as 42 diretorias regionais, alta participação de mulheres, jovens empreendedores e pequenos e médios industriais, com 52% de renovação. Pessoas, altruístas e voluntárias, que repudiam conspirações comezinhas, não querem politicalha no Ciesp. Têm foco nas políticas setoriais e públicas eficazes, com o protagonismo de todos na entidade.

Nosso plano de trabalho, em analogia com a moderna tecnologia 5G, baseia-se em gente, gestão, governança com responsabilidade social e ambiental, globalização e gosto pela mudança. O Ciesp, com quase 8.000 associados, contribuirá para que a indústria paulista tenha ganhos de produtividade, competitividade, tecnologia/inovação, acesso às exportações, maior participação no PIB e voz perante a sociedade e o poder público. E faremos isso unidos com os empresários e a Fiesp, numa forte e integrada ação em prol do setor e da economia!

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