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Pedro Dias Leite

CBN, 30 anos tocando notícia

Seja rádio, podcasts ou assistentes de voz, áudio vive momento instigante

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Pedro Dias Leite

Diretor de Jornalismo da CBN

A CBN, a rádio que toca notícia, já tocou música —os “bolsões musicais” de manhã e à tarde na programação, talvez uma concessão de tão inovador que era o projeto de uma emissora que ficasse 24 horas no ar o tempo todo com notícias, duraram poucos dias. Da terça-feira em que a rádio foi lançada, em 1º de outubro de 1991, há exatos 30 anos, até o final de semana seguinte, quando o idealizador e fundador da emissora, José Roberto Marinho, ligou para a Redação e disse: “Não é o diretor que está falando, é o ouvinte: essa rádio não comporta mais música”. Desde então, e pelas três décadas seguintes, a CBN só tocou notícias para gerações de milhões de ouvintes, espalhados por todas as regiões do país e em vários pontos do mundo, todos os dias, todas as horas.

O que se manteve inalterado, sem nenhuma mudança desde o início das transmissões, foi o foco da CBN: apresentar a notícia mais atualizada do momento, com a agilidade inigualável do rádio, mas com a confiabilidade de informações apuradas por uma equipe guiada pelas melhores práticas do jornalismo profissional. São mais de 150 jornalistas, entre âncoras, repórteres, comentaristas, produtores e editores em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, além de outros 300 jornalistas, dos mais diversos sotaques, espalhados por 37 afiliadas em todas as regiões do país: da pequena Guajará-Mirim, em Rondônia, a Campina Grande, na Paraíba; de Cuiabá, em Mato Grosso, a Florianópolis, em Santa Catarina.

O jornalista Milton Jung, âncora da CBN - Diego Shuda - 5.nov.11/Folhapress

Mas, além de informar, uma das chaves para o sucesso da CBN é o seu propósito desde a fundação: a prestação de serviço de qualidade, em linguagem clara e acessível, com incentivo à cidadania. Da histórica cobertura que jogou um pouco de luz na escuridão no mega-apagão de 1997, ainda nos primeiros anos da rádio, aos impactos das decisões de Brasília na vida dos brasileiros, o jornalismo da CBN sempre tem em mente o ouvinte do outro lado da linha.

E a maneira como esse ouvinte escuta a rádio, no entanto, se alterou profundamente ao longo dessas três décadas. O radinho de pilha e o do carro continuam firmes, mas a programação da CBN agora atinge milhões de brasileiros todos os meses pelo aplicativo da rádio no celular, pelo Globoplay, pelos sites nos computadores, pelos agregadores de podcast, pelos assistentes pessoais de voz, como Alexa e Google Home.

O Repórter CBN, que traz “as principais notícias do dia, a cada meia hora”, como todo mundo que já escutou a rádio conhece, é também o terceiro podcast mais escutado da América Latina —na lista dos top 25, 7 são da CBN, entre programas e comentários que acabaram de ir ao ar e estão disponíveis para ser escutados quando o ouvinte quiser, onde preferir, e produtos feitos exclusivamente para o ambiente digital.

O áudio vive o momento mais instigante das últimas décadas —da febre dos podcasts aos assistentes de voz (que já estão em 40% dos lares norte-americanos), para não falar das amadas e odiadas mensagens de voz do WhatsApp, esse é um mercado em constante e consistente crescimento. E a CBN, seja pelo radinho, seja por todos os outros caminhos, vai continuar uma presença marcante pelos próximos 30 anos —sempre tocando notícia.

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