Ver um filho doente dilacera o coração. No lugar das brincadeiras, das gargalhadas e dos barulhos costumeiros, o silêncio na casa, o abatimento, a apatia ou alguns chorinhos de incômodo.
Uma amiga, cuja filhinha de quatro anos está no meio de um tratamento de leucemia linfoblástica aguda, disse que a situação da menina gerou a maior dor que ela já sentiu em toda a sua vida. Contou que ainda são muitas as lágrimas escondidas no banheiro e que a vida da menina é o motivo das orações mais fervorosas que ela faz com os joelhos no chão diariamente. "Abraçar um filho e não saber se ele vai acordar no dia seguinte é uma dor indescritível", desabafou em suas redes sociais.
Veio à memória aquela frase dita por muitos pais que, se pudessem, trocariam de lugar para acabar com o sofrimento dos filhos. Você já a ouviu? Impossível falar sobre isso sem se lembrar do Pai que conseguiu esse feito: trocou a vida de seu filho para salvar a humanidade.
Essa vinda foi predita pelo profeta Isaías 700 anos antes. Na ocasião, a promessa era que Ele viria, seria rejeitado, mas assumiria nossas culpas, levando sobre Ele todas as nossas doenças e enfermidades.
E assim foi. Fico imaginando a dor desse Pai, porque além de ver seu filho único ser perseguido, desprezado, humilhado e castigado, Ele o viu ser morto, pregado em uma cruz. Parece loucura, não é mesmo? Pois é dessa forma que a própria Bíblia se refere à cruz: como loucura, que escandaliza e não faz sentido para muitos. Porém, ela diz também que a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana e que o resultado desse sofrimento silencioso de Cristo surtiria efeito até hoje. Jesus ressuscitou, virou Senhor e irmão mais velho.
O que sofreu sabe bem o que é sofrer e está do lado dos que sofrem. Aquele castigo pago por Ele sem merecer nos dá certeza e esperança de que há cura para meus filhos, para a filha da minha amiga e para você.
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