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Jéssica Camila

O seu negócio com a nova economia

É preciso estabelecer uma conexão emocional para fidelizar o cliente

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Jéssica Camila

Trainee/participante do Lab 99 + Folha de Jornalismo 2021 na categoria Jovem Jornalista e estudante de jornalismo da Universidade Federal do Pará (UFPA)

Você abriu seu negócio. Veio a pandemia. A solução? Nova economia. O conceito representa uma inovação disruptiva —descontinuidade de produto ou serviço hegemônico— quanto às premissas adotadas pelas empresas até o final do século 20, como centralização de mercado e consumidores passivos. O foco agora é outro. O que o público espera da minha marca? Como posso oferecer a melhor experiência? O indivíduo é o protagonista. Ele é a resposta. E a pandemia? A crise provocada pelo coronavírus impulsionou as transformações digitais em curso e estimulou os princípios da nova economia. Vamos a eles.

O tipo de negócio da nova economia mais presente na pandemia foi e ainda é o criativo. Ele representa ideias disruptivas, quebra de paradigmas e transformações fundamentais. Normalmente, o criativo está associado a entretenimento, conhecimento e canais de relacionamento. Segundo pesquisa do Consumoteca —consultoria especializada em consumo na América Latina—, para 51% dos brasileiros o serviço de streaming entrou ou continuou na lista de prioridade de gastos durante a pandemia. Exemplo? O Globoplay registrou alta de 145% no número de assinantes no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019.

Um dos princípios estruturais da nova economia é o foco no cliente. O perfil do consumidor mudou. Antes influenciado pela propaganda e marketing da empresa, o usuário agora integra um público ativo e decisivo. O usuário ativo usa a marca, quer customização, busca entregas funcionais, experiência com propósito e significado —e, por fim, parte para a próxima marca.

Por isso, os modelos de negócios adaptam produtos e serviços conforme as necessidades do indivíduo. Realizar os desejos dos clientes e agilizar ações e serviços são as marcas da nova economia. Bem informado e altamente exigente, o usuário contemporâneo tem expectativas com relação às empresas. Compete a elas descobrir, antes da concorrência, as necessidades não supridas e os processos não melhorados.

Para isso, as empresas tiveram acesso a uma enorme quantidade de dados, a fim de conhecer melhor o usuário e, dessa forma, identificar necessidades e desejos. O chamado big data é um processo de análise e interpretação de grande volume de dados, armazenados remotamente. Com a nova economia e a crise pandêmica, gestores utilizam o big data como filosofia. Em outras palavras, como ferramenta de apoio estratégico. Ficou difícil? Ocorre que as empresas passaram a entender a importância dos dados para ter melhor visão sobre as tendências do mercado. Além disso, gestores perceberam melhor o comportamento dos usuários, uma vez que o big data integra qualquer dado coletado sobre um assunto ou uma empresa.

A crise pandêmica e as consequentes medidas de isolamento físico colocaram à prova a criatividade e inovação das empresas. Só durante crises há mudanças de comportamento. Com a pandemia, a nova economia tomou fôlego. Configurou-se como o principal propósito de startups, marcas e negócios.

O motivo? Lucro e dinheiro já não são os únicos indicadores de sucesso. Para ter sucesso, é preciso uma causa maior que justifique a construção de uma carreira ou de um negócio. Uma delas: estabelecer um relacionamento de qualidade com o cliente. Afinal, a empresa alcança a conexão emocional com o indivíduo e conquista a fidelização do usuário, tão importante para a existência de uma organização.

TENDÊNCIAS / DEBATES
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