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Flexibilização do uso de máscaras exige cuidado, mas há razões para otimismo

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Pessoas usam máscaras em Duque de Caxias (RJ) - Tércio Teixeira/Folhapress

Quase um ano e oito meses depois da primeira morte por Covid-19 no Brasil, o avanço da vacinação permite vislumbrar o início do fim de uma das práticas que se tornaram símbolo da pandemia —o uso de máscaras protetoras.

Os dados positivos de casos, internações e mortes pelo vírus têm feito com que autoridades locais decretem que o acessório não seja mais obrigatório ao ar livre, desde que não haja aglomerações.

Na semana passada, a cobertura facial foi tornada opcional em ambientes abertos na cidade do Rio; em Fernando de Noronha, o mesmo passará em 17 de novembro.

Em São Paulo, o governo de João Doria (PSDB) planeja a flexibilização a partir de 1º de dezembro. De fato, a tendência dos números dá razão ao otimismo: 69% da população tem o esquema vacinal completo, índice que chega a 88% quando se consideram apenas os adultos.

O estado tinha nesta sexta (5) 3.161 pessoas internadas em leitos de enfermaria e UTI por Covid, a menor quantidade desde abril de 2020, tendo registrado 115 mortes.

Como deveria ser desnecessário dizer, é preciso cautela na transição. Ainda que o risco de transmissão do coronavírus se mostre muito menor em ambientes ao ar livre ou bem ventilados, existe a possibilidade de contrair a doença se houver contato próximo sem máscara com alguém infectado.

Também é muito importante que as pessoas que apresentarem sintomas gripais fiquem em casa sempre que possível e, caso precisem sair, usem máscaras adequadas para proteger os demais, em especial aqueles que ainda não puderam se vacinar, como as crianças.

Em lugares fechados, sem bom arejamento ou com aglomeração de pessoas, o melhor a fazer é manter a cobertura facial.

Também faz-se necessário que a população se comprometa a retomar o uso do acessório e mesmo conviver com a volta temporária de certas restrições no caso de repique da doença, como aconteceu em países como Reino Unido, Holanda e Rússia.

A boa adesão dos paulistas ao pacto coletivo da vacinação permite a esperança de que em alguns meses as máscaras não sejam mais necessárias na maioria dos locais, quando as taxas de imunização se aproximarem da cobertura completa e as crianças também receberem suas doses. Que a população do estado mantenha a responsabilidade e o cuidado ao dar mais esse passo rumo à vida pós-pandemia.

editoriais@grupofolha.com.br

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