Completaremos três anos de intenso trabalho a partir do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para tornar a família, reconhecida constitucionalmente como base, o mais sólido alicerce social.
Durante a transição, traçamos as metas que se apresentavam como as mais necessárias para a implementação de políticas públicas em favor da família: o fortalecimento de vínculos familiares, o equilíbrio trabalho-família e os desafios no âmbito familiar —desde a violência doméstica, passando pela participação dos pais no desempenho escolar dos filhos, até o impacto tecnológico nas famílias.
Nos dois últimos anos, em que fomos surpreendidos pela pandemia, a família ganhou ainda mais plataforma. Além de ter sido transformada no centro das relações, do trabalho e da solidariedade, mostrou-se decisiva no enfrentamento da crise sanitária e seus corolários. Durante esse período, acompanhamos as famílias mais vulneráveis com mais de 200 ações, envolvendo outros ministérios também.
De fato, trata-se de pauta que une os três Poderes, a sociedade e países. É um tema suprapartidário e que se estende muito além das fronteiras. Por outro lado, desperta interesse científico, o que vem ao encontro da nossa intenção de realizar políticas públicas a partir de evidências. Daí nossas fecundas parcerias com universidades e institutos federais.
Nesse sentido, a cultura da família vai se expandindo, com secretarias municipais da Família, frentes parlamentares pela família e programas focados na parentalidade positiva, também como prevenção de comportamentos de risco. Destacamos especialmente a Estratégia Nacional de Fortalecimento de Vínculos Familiares, estabelecida por decreto presidencial para promover a interação governamental transversal com maior eficácia e eficiência. Nossos programas foram também conquistando espaço internacional, especialmente na pandemia e no pós-pandemia, com foco na corresponsabilidade no lar e na projeção da mulher através do trabalho.
Vemos que a família é boa notícia e esperança. É investir no óbvio para erradicar a pobreza, alavancar a educação, a cidadania, a harmonia social e um real desenvolvimento econômico a partir da autonomia, da liberdade e da responsabilidade. Dessa forma, o Estado protetor desincha e diminui o gasto público em apagar incêndios, com tanto sofrimento humano, ao oferecer as condições para que as famílias se autoestruturem, solucionando os problemas a partir da raiz.
O melhor é que as políticas públicas familiares custam pouco e podem fazer muito. Com um mínimo orçamento é possível chegar efetivamente ao coração de cada uma, envolvendo todos os atores —e são muitos! Menos Brasília, mais Brasil. E nós afirmamos: mais sociedade civil, sendo as empresas em geral grandes parceiras, pois podem dar trabalho e serem responsivas quanto à família.
Nesta quarta-feira (8), Dia Nacional da Família, comprovamos que a família, de fato, é um projeto de todos e de cada um e o caminho mais seguro para um progresso real.
TENDÊNCIAS / DEBATES
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