Esta conversa é sobre um projeto com que sonho há muito tempo, a CreatorsAcademy, uma imersão voltada para influenciadores e criadores de conteúdo adquirirem conhecimento sobre os biomas do Brasil. Nossa primeira edição traz a Amazônia, seus povos e as mudanças climáticas que afetam diretamente populações vulneráveis em todo o mundo.
Escrevo de Tumbira (AM), estou aqui com os companheiros desta jornada: Raull Santiago, que concebeu a ideia; a galera do Perifaconnetion e do Instituto Ayika; influenciadores, jornalistas, ativistas da causa ambiental, racial, de gênero, a comunidade ribeirinha.
Tudo começou com a ideia de que podemos falar de crise ambiental de outras formas, trazendo o tema para perto das pessoas. Entendendo que eventos climáticos extremos como enchentes, deslizamentos de terra, etc. são consequências de políticas predatórias, ligados à sobrevivência dos mais vulneráveis que não falam sobre o tema, não entendem a ligação entre aquecimento global, perda da sua casa e leis que permitem a grandes corporações explorar gente, animais e vegetações desenfreadamente.
Ouvimos que o agro é pop, mas não sabemos que agro é esse. É o familiar, ribeirinho ou quilombola?
Sabemos que não e a CreatorsAcademy deseja tecer estratégias para diminuir esse abismo de narrativas e de poder. Ainda é só o começo, a Amazônia é diversa, há muitas culturas, povos e territórios, e claro que não alcançamos tudo, mas lançamos esse chamado. Cantei há 3 anos uma canção que fala tudo sobre esse projeto, sobre informar, se abrir para aprender sobre o outro, sua realidade, e buscar um mundo fértil para todos, sejamos sementes boas:
Eu vim do corpo da minha mãe/ Ela me deu semente boa/ Nutre meu corpo/ Se espalha em bênçãos/ Sou plantadeira de semente boa.
Kamila Camilo é gestora de políticas públicas pela FGV, diretora executiva da CeatorsAcademy e diretora de operações na Impact Beyond
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