1968
A entrevista com Zuenir Ventura mostrou a lucidez de um homem que descreveu uma importante etapa da vida nacional. Ele tem razão ao assinalar a dificuldade que existe para acabar com o anticomunismo, mesmo que o comunismo tenha sido aniquilado no Brasil. A entrevista nos faz sentir saudade de uma época em que havia inteligência pautando os movimentos sociais no Brasil.
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)
Ao ler a entrevista de Zuenir Ventura, fica a impressão de que uma pessoa ser de direita/esquerda ou conservadora/progressista se caracteriza pelas respostas que ela dê a perguntas sobre alguns temas. Para uma percepção mais abrangente, é necessário que se anteveja o futuro desejado para o país e se definam passos e prazos necessários para atingi-lo. Sem dúvida a discussão desses pontos magnetizará intensamente os componentes ideológicos. Falta ao Brasil o pensamento e uma visão sobre o que deseja ser e de como chegar lá.
MARCO ANTONIO BANDEIRA (São Paulo, SP)
Zuenir Ventura mencionou que o ano de 1968 foi mítico. Eu era jovem e me lembro que, em um quebra-quebra, um jornalista perguntou a um estudante francês: "Mas afinal o que vocês querem?". A resposta: "Não sabemos o que queremos, só sabemos que não queremos o que aí está". Quanto ao Brasil, Zuenir criticou a onda desenvolvimentista dos generais, cujo lema era Brasil Grande, o das "obras faraônicas". Hoje temos o Brasil Propina, do "tem que manter isso".
JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)
HOMENAGEM
Parabéns ao prefeito João Doria por ter cancelado a inauguração do viaduto em nome de Marisa Letícia. Já vi homenagens a grandes nomes que fizeram parte do cenário nacional, como Ayrton Senna, Juscelino Kubitschek, Costa e Silva, mas nunca para uma ex-primeira-dama. Tomara que o projeto de lei do vereador Fernando Holiday cancelando isso seja aprovado. Eu colocaria no lugar o nome daquela professora que salvou crianças de serem queimadas em MG, uma heroína.
REINNER CARLOS DE OLIVEIRA (Araçatuba, SP)
PIZZOLATO
Estranham-se as manobras jurídicas que fazem com que um condenado a 12 anos e 7 meses de prisão ganhe redução de pena como é o caso de Henrique Pizzolato, a quem o ministro Luís Roberto Barroso concedeu liberdade condicional. Contraditória sua decisão, que concedeu liberdade condicional a um condenado que cumpriu mais de um terço de pena, "ser réu primário e ter bons antecedentes." Mas como "bons antecedentes" se ele já foi considerado foragido após ter fugido para a Itália,em 2013, usando identidade falsa?
WALTER GONÇALVES (Rio de Janeiro, RJ)
O ministro Luís Roberto Barroso mandou para casa o ex-fugitivo Henrique Pizzolato. Barroso jura de pés juntos que decidiu pela soltura do petista baseado na lei. Ninguém abriu o bico. Nem mídia nem redes sociais. Se fosse o ministro Gilmar Mendes o autor da soltura, o mundo viria abaixo. Ornamentado por xingamentos, ódios e burrices.
VICENTE LIMONGI NETTO (Brasilia, DF)
USP
O título do artigo do novo reitor da USP, Vahan Agopyan, não combina com seu conteúdo. Ele menciona a vertente da transferência de conhecimento gerado ou acumulado na instituição e cita "cursos de extensão, assessorias e outros meios". Na verdade, ele tem medo do corporativismo de grande parte dos docentes, contrários à aproximação das empresas para o desenvolvimento de projetos conjuntos. Não se trata de um novo tempo para a USP, apenas a modorrenta continuidade.
EVA STAL (São Paulo, SP)
O futuro reitor da USP, Vahan Agopyan, faz importante defesa da maior universidade pública brasileira e também mostra os desafios de gestão que se descortinam. Mas, à luz de todos os ataques que a universidade pública, gratuita e de qualidade vem sofrendo, não basta a USP ser imprescindível, tem de mostrar isso à sociedade, por mais paradoxal que seja.
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP)
2018 EVANGÉLICO
Nada contra nenhuma crença, mas a Constituição Federal diz claramente que o Estado brasileiro é laico. Por mais que o bispo negue, o que ele pretende não é representação, é a imposição de uma pauta conservadora e baseada em suas crenças à população brasileira, extensiva àqueles que não são evangélicos/as. Mau indício de como será 2018.
GERALDO OLIVEIRA CORDEIRO JÚNIOR (São Paulo, SP)
CRISES HUMANITÁRIAS
A foto que ilustra a reportagem "Conflitos expõem crianças a fome e doenças" é constrangedora e mostra a que ponto a estupidez humana é capaz de chegar. O texto escancara as debilidades às quais as crianças são submetidas e mostra que a globalização não consegue resolver problema tão básico como a fome. Que 2018 seja muito melhor que o ano que acabou.
JOSENIR TEIXEIRA (São Paulo, SP)
COLUNISTAS
Concordo com Celso Rocha de Barros. Para sair da polarização ideológica e do radicalismo político que divide o Brasil, entre esquerda e direita e um centro ainda sem candidato definido, é preciso deixar de lado os antagonismos ideológicos e construir uma opção pragmática. Construir uma visão de futuro que compartilhe valores, atrair ambos os lados para uma conciliação nacional e não uma divisão do país.
LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)
Sou leitor assíduo da coluna da planejadora financeira pessoal Marcia Dessen. Parabenizo o jornal por contar com uma tarimbada educadora financeira, que possibilita ao leitor refletir sobre suas finanças. Isso o deixa propenso a não cair na tentação de parcelar o débito do cartão de crédito, usar o cheque especial, além de contrair empréstimos.
JOÃO PAULO DE OLIVEIRA, professor (Diadema, SP)
PRIVATIZAÇÕES
Convido o leitor Fernando Pacini, defensor das privatizações, a fazer uma viagem de trem em qualquer uma das ferrovias do interior paulista. Impossível. O transporte de passageiros foi extinto depois das privatizações.
AMAURI ALVARES (Marília, SP)
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