Verba para obras
A imoral liberação de verbas em troca de votos que interessam ao governo persiste porque interessa a todos os partidos da base aliada, de agora e de outrora.
VALTER IWAI (Brasília, DF)
Ministério do Trabalho
Esse estado de coisas, em que pessoas condenadas ou respondendo a processos criminais, trabalhistas e/ou cíveis, são nomeadas para um ministério, é assustador. É mister um Judiciário que impeça essas mazelas. Do contrário, quem defenderá o povo brasileiro?
ANDERSON FAZOLI (São Paulo, SP)
Lamentável que o interesse político, neste governo, se sobreponha aos princípios da ética e da moral.
LUIZ ROGÉRIO DE CARVALHO (Florianópolis, SC)
A suspensão da posse da nova ministra do Trabalho por, entre outras coisas, desrespeitar questões trabalhistas, é constrangedora. Será que Temer não faz consultas antes de nomear alguém para ser ministro? Parece que o presidente adora colocar o bode na sala. Fica a impressão de que o país pode se dar ao luxo de criar uma crise por semana.
ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)
Magnífica a análise da professora Eloísa Machado de Almeida sobre o denominado ativismo judicial, que raia -e em alguns casos até caracteriza- o abuso de poder.
ANTONIO VISCONTI, procurador de Justiça aposentado (São Paulo, SP)
A política tem regras próprias, não raro ilógicas e questionáveis, e foi por conta delas que, bem ou mal, o governo indicou Cristiane Brasil para ministra do Trabalho. O que é estranho são as argumentações subjetivas e inconsistentes, alheias à consideração da indicação em si, que os tribunais lançaram mão de impugnar a nomeação. O papel dos juízes é estritamente o de julgar ações e aplicar leis, e não politizar temas ou dar lições de moral.
LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)
Lixão em Brasília
O lixão da Estrutural é, sim, uma ferida aberta no coração do país há quase 60 anos. Acabaremos com essa vergonha nacional, com total respeito à legislação ambiental e inclusão dos catadores de materiais recicláveis. Não cabe falar em invisibilidade desses profissionais. Contratamos 19 cooperativas de catadores, 900 catadores já recebem bolsa mensal de R$ 300 e outros 1.200, compensação financeira de R$ 360. Pagaremos também R$ 300 a tonelada pelo serviço ambiental de separar resíduos.
RODRIGO ROLLEMBERG, governador de Brasília (DF)
Colunistas
O governo procura seus iguais para ocupar posições. Os "currículos notáveis, descritos por Ruy Castro, são apenas uma das facetas do misto de antidemocracia, falta de gestão e descaso legal que assola os poderes da República. Pela parte exposta, é aterrador saber o que ainda está escondido.
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP)
O Judiciário tem que dar exemplo de moralidade, para ter força ao fazer cobranças a outros Poderes. Penduricalhos podem ser legais na ótica de seus pares, mas a população antenada os considera imorais ("A foto de Lula poderá estar na urna", "Poder", 10/1).
ANTONIO OLIVEIRA (Recife, PE)
Huck candidato
Ah, Luciano Huck, se soubesse quem poderá encontrar lá no Planalto! Por melhor escolha que faça, políticos antigos, já acostumados com o "toma lá, dá cá", estão em Brasília, campo minado de corrupção. Você precisará de apoio político, aí surgirão as trocas. Mas sabemos de sua honradez, então fique onde está. Seu programa semanal é bom, doa para muitos, o que é louvável. Ajude jovens a se engajarem em uma nova política ("Siga os sinais", "Painel", 10/1). ("Siga os sinais", "Painel", 10/1).
CREUSA COLAÇO MONTE ALEGRE (São Paulo, SP)
Entrevista Donato
Antonio Donato erra quando diz que houve corte no Transporte Escolar Gratuito. Como atestou o Tribunal de Contas do Município (TCM), as regras não mudaram e todos os alunos que se enquadram são atendidos. Faltavam organização e fiscalização eficientes por parte da gestão anterior. O redesenho do Leve Leite modernizou uma política que estava desfocada. Tanto que a gestão do PT tentou revê-la, mas recuou por temer críticas populistas como as do vereador.
MÔNICA TORRES, assessora de comunicação da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
O vereador Antônio Donato confunde conceitos. O deficit de R$ 7,5 bilhões se refere a receitas superestimadas e despesas subestimadas no Orçamento de 2017, que afetaram sua execução ao longo do ano, e não ao caixa inicial da Prefeitura. Esta, de fato, somava R$ 5,4 bilhões, mas apenas cerca de R$ 300 milhões eram de livre utilização, como atestado pelo TCM. O restante eram recursos vinculados e restos a pagar de 2016, que não poderiam ser usados para zeladoria e obras como afirmou o vereador.
CAIO MEGALE, secretário da Fazenda do município de São Paulo
Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos do Consulado Geral da Bélgica em São Paulo, de Cecília e Abram Szajman, do Grupo Solvay, de Marco Antonio Baptista Resende, presidente da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, de O Boticário, de Olga e Pedro Pinciroli Júnior (São Paulo, SP) e de Raul Cutait, professor do departamento de cirurgia da Faculdade de Medicina da USP e membro da Academia Nacional de Medicina.
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