DE SÃO PAULO

JULGAMENTO DE LULA

O mantra repetido à exaustão por Lula e seus seguidores de que não haveria provas não prevaleceu no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) diante de tudo que veio sendo apurado pela operação Lava Jato. Depois desta quarta (24), chega a ser indecente ainda se falar em candidatura de Lula.

LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA, aposentado (Santos, SP)

 

Lula é um réu perfeito para o Judiciário brasileiro. "Não-branco", de origem paupérrima, ex-retirante e de pouca instrução formal, enquadra-se perfeitamente no figurino das vítimas preferenciais do sistema. E, sendo ex-presidente da República e um dos políticos mais populares do planeta, condená-lo ainda permite à Justiça tirar onda com a história de que "a lei é para todos". Não é perfeito?

SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP)

 

Irretocável a conduta dos desembargadores que impuseram a Lula a condenação em segunda instância, com aumento de pena. Bem fundamentados e até didáticos, não deixaram brechas que permitam questionar a legitimidade da decisão, além de abrirem um novo tempo de esperança nas interações de poder que não contemplem manobras antiéticas visando ao benefício unilateral dos arrivistas e obriguem os políticos a trabalhar pelos interesses do povo que os elegeu e não o contrário.

PAULO ROBERTO GOTAÇ (Rio de Janeiro, RJ)

 

À procura de crime e castigo, aponta-se o dedo para Lula, o sem-universidade. Ele é para alguns interesses o nome do perigo. Os caçadores mostram tanto os dentes que se inferiorizam perante a presa. A esperança no Brasil é amiga da indignação, porque qualquer paciência com a persistência da desigualdade soa nonsense. Fazem isso com Lula para dar o exemplo e intimidar os de baixo? Querem obediência ao mito da democracia racial, ao mito de que o povo é passivo e ao mito de que a elite é doce?

SÉRGIO JOSÉ CUSTÓDIO, coordenador do MSU (Movimento dos Sem Universidade)

 

Lula, para você, meus votos, que vá para cadeia o mais rápido possível. A Justiça não se acovardou diante do ex-presidente falastrão. Não houve morte, não houve revolta, não houve grandes manifestações. A democracia no país funciona a todo vapor. Parabéns aos desembargadores do TRF-4 que ratificaram o ótimo trabalho feito pelo juiz Sergio Moro.

REINNER CARLOS DE OLIVEIRA (Araçatuba, SP)

 

A condenação de Lula era mais do que esperada. O que choca e espanta é a seletividade da Justiça e a injustiça do sistema de dois pesos e duas medidas aplicado. Lula deve ser culpado, sim, acho que ele é indefensável. Mas o que dizer de Temer, Serra, Aécio, Sarney, FHC, Collor e tantos outros que ficaram impunes? Será que algum dia veremos um tucano corrupto ser condenado no Brasil? A lei deveria valer para todos e não ser aplicada de forma seletiva e parcial, de acordo com interesses políticos.

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)


CRISTIANE BRASIL

A questão da condenação de Cristiane Brasil não é tão simples ("Exuberância judicial", de Hélio Schwartsman). Não se trata só de uma condenação de um trabalhador de uma empresa da deputada, conforme comparado. O empregado era doméstico (motorista), um vínculo pessoal, não empresarial. Além disso, o processo não se encerrou com a condenação na sentença. Ela se negou a pagar a condenação estabelecida, desafiando a Justiça. Tipo: "Estou acima da lei".

JULIO LUCATTO (Guaratinguetá, SP)

 

O Judiciário não interfere, mas, sim, responde a provocações que lhe são propostas. O ["caso da deputada]":http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2018/01/1952871-exuberancia-judicial.shtml é singular e emoldurado por uma escrachada articulação de escambo. O Judiciário foi provocado e tem de se manifestar. Embora a subjetividade que envolva o conceito de moralidade pública, fato é que a nomeação da deputada [ao Ministério do Trabalho] é, por si só e pela natureza do ato, irretorquível afronta a qualquer moralidade.

DALTON MATZENBACHER CHICON (Florianópolis, SC)


REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Vamos fazer com que todos os que defendem a mudança da Previdência e que já se aposentaram ou recebem pensão passem a seguir as mesmas regras e devolvam tudo o que receberam até agora. Aí sim, começaremos a discutir toda e qualquer mudança.

PAULO FRANCISCHINI (São Paulo, SP)


MORTE DE TEORI

Muita estranha essa história ("Desorientação de piloto levou a acidente que matou Teori"). O piloto tinha quase 3.000 horas de voo só com aquela aeronave. Em 12 meses, ele voou 33 vezes para Angra. É muito azar.

ADOLFO COLI ( (Sabará, MG)

 

PREFEITO EM DAVOS

A justificativa da Secretaria de Comunicação da prefeitura para a presença de Doria em Davos é de morrer de rir: "Cidades inteligentes". Aqui, temos semáforos completamente burros que nem sequer funcionam. Se o prefeito fosse inteligente, teria ficado aqui trabalhando.

ANTONIO CAMARGO (São Paulo, SP)


TRIBUTAÇÃO

A Congregação das Filhas de Nossa Senhora do Monte Calvário, diante da possibilidade de apresentação de esclarecimentos pela divulgação de reportagem equivocada por este jornal ("União cobra R$ 14,4 bilhões de igrejas, clubes e entidades assistenciais"), serve-se da presente via para informar que se trata de uma entidade séria, sem fins lucrativos, contando com o parcelamento formal de todos os seus débitos tributários e que somam um valor bem inferior ao noticiado.

BRUNO S. ALVARENGA, advogado sócio da Albuquerque & Alvarenga Advogados

RESPOSTA DOS REPÓRTERES JULIO WIZIACK E MAELI PRADO - Os valores dos débitos da entidade inscritos em Dívida Ativa da União foram informados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional em resposta a um pedido da Folha via Lei de Acesso à Informação.


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