Leitores comentam decisão de Fachin de negar habeas corpus a Lula

'Se fosse eu o condenado, já estaria preso há muito tempo', diz leitor


Lula condenado

Lula foi condenado em duas instâncias, num processo limpo e eivado de provas. Teve direito a ampla defesa e foram respeitados rígidos princípios constitucionais. A Constituição não pode ficar presa à mudança de humor do ministro Gilmar Mendes ("Fachin nega pedido de Lula e o envia a ministros do STF").

JOSÉ DE SOUSA SANTOS (Teresina, PI)


Se fosse eu o condenado, já estaria preso há muito tempo. A lei deve ser igual para todos. Lula foi condenado em segunda instância. Deve ser preso.

RAFAEL SEYDEL (Rio de Janeiro, RJ)


Presunção de inocência

O sistema "congestionado e disfuncional" que, segundo Ricardo Lewandowski, é a causa de erros judiciais na primeira instância, também é a causa da exasperante demora em julgamentos nos tribunais superiores. Seria interessante o ministro apresentar estatísticas de condenações em segunda instância que foram revertidas nas instâncias superiores para justificar a sua tese. Presunção de inocência, sim. Impunidade, não.

ALEX STURM, engenheiro (São Paulo, SP)


O que Ricardo Lewandowski faz em seu artigo é enviar uma mensagem para seus nobres colegas Moraes, Fachin, Fux, Gilmar, Cármen e Barroso: apesar de se considerar poderosa, a Justiça não pode mudar a Constituição. E presunção de inocência é uma de suas cláusulas pétreas.

LÉO HELLES (Belo Horizonte, MG)


Presunção da inocência é pilar da democracia. Ou melhor, é o pilar da corrupção e da impunidade, principalmente de poderosos e de políticos corruptos que, com tantos recursos e pedidos de vista, dificilmente são condenados.

ORSON MUREB JACOB (Assis, SP)


Ótimo, didático e corajoso o artigo de Ricardo Lewandowski. Absolutamente constitucionalista. Nada nem ninguém, muito menos a Justiça, está acima da Constituição.

ANÍSIO FRANCO CÂMARA (São Paulo, SP)


Romero Jucá

O ministro Gilmar Mendes deve explicações sobre quais motivos o levaram a engavetar por cinco anos o processo contra o senador Romero Jucá.

CLAUDIO TERRIBILLI (Guarulhos, SP)


Auxílio-moradia

Os autores do texto agrediram os demais trabalhadores do país ao tentar justificar as benesses que recebem ("Auxílio-moradia, um pagamento legítimo"). Se a Justiça Federal é superavitária, nós, médicos, também o somos ao salvar um sem-número de pessoas da morte. Diante de tal contexto, magistrados, sua defesa continua imoral.

JOSÉ ELIAS AIEX NETO, médico (Foz do Iguaçu, PR)


Eleições

Não votaria em FHC nem em nenhum candidato do PSDB ("Huck candidato seria bom para o país, diz FHC"). Sim, reconheço que, da ditadura militar para cá, dada a pobreza de ideias, ele e Lula, com todas as críticas, fizeram governos que se destacaram. Contudo, ao argumentar que Luciano Huck seria um candidato bom para o Brasil, FHC está equivocado. Huck não é uma escolha séria.

ROGERIO LUSTOSA BASTOS (Rio de Janeiro, RJ)


Um cidadão que, num programa de TV, explora a vida difícil dos pobres e que, nas suas próprias palavras, muda de opinião sobre se candidatar pelo menos umas cinco vezes ao dia não tem as credenciais mínimas para ser presidente do país.

LUIZ DALPIAN (Santo André, SP)


PSDB e PT se tornaram partidos datados, estagnados em um país e em um mundo de outra época, tanto na ideologia como nas práticas. Caducaram e estão querendo criar artifícios para parecerem atuais.

DENIS TAVARES (Brasília, DF)


Enquanto a esquerda se une em torno de um condenado por corrupção, o centro se esforça para minar todos os possíveis candidatos. Parece ser a aplicação da lei da oferta e da procura ao mercado interno da pré-eleição. Quem dá mais?

THYRSO DE CARVALHO JR. (Pereira Barreto, SP)


Quando candidato à prefeitura, João Doria se apresentou como gestor e venceu no primeiro turno. Assumiu, viajou muito sem motivos aparentes e pouco fez pela cidade. Empolgou-se com a política e pensou na Presidência. Desistiu. Agora, pensa em ser governador. Acho que deveria primeiro mostrar serviço como gestor de São Paulo. Ambição não leva a nada. Bons serviços executados, sim ("Doria quer previas do PSDB em março").

EDGARD HILGENDORFF (São Paulo, SP)


Colunistas

Sobre a coluna de Hélio Schwartsman, o Ministério Público de São Paulo continua devendo. A sua promiscuidade com o Executivo tem sido danosa para os paulistanos, uma vez que não se investiga praticamente nada.

EDELSON RESENDE (Brasília, DF)


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