Descrição de chapéu

'Execuções têm vínculos fortes com a violência sem fim', afirmam leitoras

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros no Rio de Janeiro

'Marielle Franco

 

O assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes é uma afronta ao combate ao crime organizado e à democracia. A Confederação Israelita do Brasil presta sua solidariedade a familiares das vítimas e espera punição severa e rápida a seus perpetradores. Que crimes como esse não se tornem mais um marco das violências diárias cometidas contra os brasileiros, em especial contra as minorias, mas um marco da mobilização nacional por um enfrentamento eficiente da questão de segurança pública.

Fernando Kasinski Lottenberg, advogado e presidente da Confederação Israelita do Brasil 

 

O chargista Claudio Mor encarnou de forma brilhante o sentimento de indignação que toma conta do povo diante de tanta injustiça e violência.

Geraldo T. Santos Almeida (Itapeva, SP)

 

Inteligente a mensagem transmitida pela charge. Expressa duas realidades completamente opostas, que explicam como chegamos a uma sociedade injusta, egoísta e sem noção. 

Maria Efigênia Bitencourt Teobaldo (Belo Horizonte, MG)

 

Será que essa mulher corajosa, além de proteger as minorias e denunciar [injustiças praticadas contra elas], não seria lembrada na próxima eleição? Será que aqueles que sempre se levantam, ousando ouvir e se fazer ouvir, serão excluídos (assassinados)? 

Sidnei Garcia (São José do Rio Preto, SP)

 

Marielle Franco e Anderson Gomes foram vítimas de assassinatos políticos. É espantoso que, neste jornal, o fato tenha sido relegado a um canto da Primeira Página e ao caderno Cotidiano como se fosse notícia corriqueira sobre a violência no Rio. Essas execuções sumárias têm vínculos fortes com a violência sem fim. Mas seus objetivos e significados no contexto da nossa combalida democracia não podem ser eludidos, precisam ser nomeados e analisados. Estamos indignadas com esse tratamento editorial.

Lena Lavinas, professora titular do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e Sonia Corrêa, pesquisadora associada da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids 

 

Marielle Franco é —veja bem, “é”, não “era”— deslumbrante, mágica e lutadora. Conviveu com as adversidades e nos mostrou como vencê-las. Só não pôde vencer os monstros enviados para assassiná-la. 

Mariza Bacci Zago e Antonio Pedro Zago (Atibaia, SP)

 

A reação de “pessoas de bem” à morte de Marielle Franco nas redes sociais é nojenta.

José Dieguez (São Carlos, SP)

 

A morte de Marielle Franco foi o presente que a esquerda sonhava para conseguir de novo mobilizar a opinião pública a seu favor. A estreiteza desse grupo está agora premiada com o discurso fácil que só encontra traficantes e militantes esquerdistas para se oporem à intervenção do governo federal no Rio, como se ela fosse a causa da violência perpetrada.

Marcos Amaral (São Paulo, SP)


Lava Jato

Quase R$ 12 bilhões estão sendo recuperados pela Lava Jato em quatro anos. Parabéns. Mas como fazer para que instituições e sistemas funcionem? Como votar de forma consciente se o excesso de siglas entrega um prato feito ao eleitor, em que o candidato mediante propaganda enganosa se mostra como anjo? A corrupção, que não é de esquerda ou de direita, é o cupim da nossa democracia.

Flávio Figueira (Ribeirão Preto, SP)

 

Se o fim da prisão após condenação em segunda instância for aprovado, também estará aprovada a perpetuação da impunidade no país. Esse parece ser o desejo dos defensores dos corruptos (“Aos 4 anos, Lava Jato vê fim da prisão em 2ª instância como maior ameaça”).

Luiz Rogério de Carvalho (Florianópolis, SC)


Judiciário

A leitora Maria Cecilia de Arruda Navarro, ao criticar deselegantemente o texto “A Justiça pede justiça”, ou não leu o texto, ou não o compreendeu. A mobilização do dia 15/3 não se deveu ao auxílio-moradia, mas à perda inflacionária de mais de 40% do valor dos vencimentos dos juízes. A revisão geral anual é um direito constitucional descumprido há anos. A leitora um dia poderá ter também seus direitos constitucionais desrespeitados; e, nesse caso, procurará um juiz. A ele sua demanda não parecerá vergonhosa.

Guilherme Guimarães Feliciano, presidente de Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho)

 

Quando criança —lá nos idos de 1950— meu pai, ao dar-nos a noção do respeito, apontava para o juiz de direito como um dos merecedores de toda a reverência. Hoje, embora tenham protagonizado louváveis ações moralizadoras, a imagem quase sacrossanta do passado sofre um severo embotamento com essa greve.

Mahmud Ahmed (São José dos Campos, SP)


Impeachment

Carlos Marun só não pode ser tido como uma piada, mesmo que de gosto duvidoso. Ameaçar propor o impeachment de ministros do STF é um delírio, uma atitude contra o Estado democrático de Direito e um desrespeito ao Poder Judiciário. Como já disse a ministra Carmen Lúcia, sem um Judiciário forte, não teremos uma democracia.

Antônio Dilson Pereira (Curitiba, PR)

 

É triste ver o governo ameaçar de impeachment o ministro Luís Roberto Barroso, que é impecável no combate ao crime e à corrupção. Trata-se de é um dos melhores ministros da história do STF. 

Otávio de Queiroz (São Paulo, SP)


Stephen Hawking

Além de ser o maior físico da atualidade, Hawking foi defensor de causas humanas. Ele atraiu atenção e recebeu aplausos em maio de 2013, quando decidiu boicotar uma conferência em Israel. A decisão dele foi amplamente celebrada por ativistas e acadêmicos do mundo inteiro.

Nagib Nassar, professor emérito da UnB (Universidade de Brasília)


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