O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está acima das leis e até da jurisprudência do STF (Supremo Tribunal Federal), que determina a prisão imediata depois da decisão colegiada em segunda instância. Beneficiou-se com mais dias de liberdade, para continuar fazendo sua propaganda eleitoral, fora de época, à Presidência da República. É possível confiar na Justiça? Isso envergonha os cidadãos que não transgridem as leis.
Luiz Felipe Schittini (Rio de Janeiro, RJ)
Nunca conseguiremos avançar na direção do desenvolvimento econômico e da justiça social. Nosso Supremo não deixa.
Myrian Macedo (São Paulo, SP)
O guardião da Constituição está em total descrédito perante a sociedade. Só há uma saída para elevá-lo a um patamar técnico-jurídico, sem influência política: a escolha de seus ministros ficarem adstritas ao próprio Poder Judiciário. Como se sabe, hoje, são os senadores —sem credibilidade— que aprovam [as indicações], e o presidente da República —também sem credibilidade— quem faz as nomeações.
Romulo Gobbi (Santa Bárbara d’Oeste, SP)
Eu pretendia dizer que STF significa somos todos falsos, mas verifiquei que lá ainda há gente que merece respeito. De qualquer maneira, nós, povão, nos sentimos traídos. O cafezinho durou 45 minutos, o ministro Marco Aurélio Mello disse que tinha viagem marcada e enfiaram a história da liminar [que proíbe a prisão de Lula] até 4 de abril. Os defensores do ex-presidente armaram uma jogada para adiar o julgamento.
Jaime Pereira da Silva (São Paulo, SP)
O artigo 5º da Constituição é claro: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Mas parece que alguns ministros do STF, integrantes do Judiciário, jornalistas e eleitores consideram que essa regra não vale apenas para uma pessoa: o ex-presidente Lula. É difícil acreditar que a condenação do ex-presidente tenha algo a ver com justiça, quando políticos de outros partidos, pegos com malas de propina, permanecem soltos, no comando do país e livres para se candidatar.
Cristiano Penha (Campinas, SP)
O Supremo tem obrigação de obedecer a Constituição. Infelizmente, o articulista Hélio Schwartsman esqueceu que a presunção de inocência, até o julgamento de todas as instâncias, é clausula pétrea da nossa lei maior (“Julgamento interrompido"). Não se trata de Lula, mas da garantia de justiça a todos nós. O casuísmo a que o colunista se refere é, na verdade, a manipulação que a Justiça tem feito, interpretando, a seu bel prazer, o que está claramente garantido pela Constituição.
Benjamin Prizendt (São Paulo, SP)
Água
O governador Geraldo Alckmin saiu em defesa de seu “legado” hídrico em São Paulo. Fica a reflexão: após décadas de anúncios de programas de despoluição —e muitos bilhões gastos—, o Tietê e o Pinheiros seguem verdadeiros esgotos a céu aberto. É justo, portanto, que um governo que não recuperou os rios que representam a sua capital —e precisa buscar água cada vez mais longe— use suas políticas hídricas como vitrine para uma campanha presidencial?
Felipe Novaes (São Paulo, SP)
Paulo Preto
Se não pertencesse ao PSDB, [Paulo Vieira de Souza] já estaria preso há tempos para delação premiada, ou não? Uma verdadeira vergonha essa blindagem da Justiça quando se trata de alguém do PSDB.
Antônio Carlos de Paula (Mogi Mirim, SP)
Perguntas e respostas
O formato “respostas cretinas para perguntas imbecis” é uma ideia antiga, que estava esquecida havia algum tempo, e foi por Renato Terra resgatada num momento oportuno (“Perguntas cretinas, respostas idem”). Dá para engordar muito essa lista. Já estou fazendo a minha e prometo mandá-la diretamente ao afiado humorista.
Sergio Colotto (São Paulo, SP)
★
Sensacional! A mediocridade perdeu a vergonha e está muito a vontade para dizer o que pensa.
Mario Sergio Costa Vieira (Rio Pomba, MG)
TCM
A proposta [de extinção do tribunal de contas] é muito boa, já que não há fiscalização efetiva (“TCM, o sanguessuga do povo”). Porém, se a preocupação do vereador Fernando Holiday (DEM) fosse honesta, ele também pediria a extinção dos benefícios imorais da Câmara Municipal. Infelizmente, a hipocrisia reina no Legislativo. Cuidado vereador, se a moda de fechar instituições caras e inoperantes pega, a Câmara será uma séria candidata.
Roberto Foz Filho (Jundiaí, SP)
Charge
Durante décadas, a charge do dia era apenas um desenho de caráter crítico, atual, inteligente. Era só olhar e rir demoradamente. Atualmente, é história em quadrinho, sem qualquer espírito crítico nem graça.
João Henrique Rieder (São Paulo, SP)
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