Acabar com a violência depende de engajamento da sociedade civil, diz leitor

Leitores também comentaram a nova reforma gráfica da Folha

Gangues promovem tumulto na Praia de Ipanema - Chiquito Chaves/Agência O Globo - 12.out.1993

E agora Brasil?
Na condição de leitor contumaz da Folha, gostaria de parabenizar os jornalistas pelas reportagens especiais sobre a segurança pública no Brasil (“E agora, Brasil? Segurança Pública”, 21/04) e sobre a crise climática no Panamá (“Superpopulação e ressacas obrigam indígenas a abandonar ilhas de San Blas”, Ambiente, 22/04). São reportagens com conteúdo aprofundado e com material gráfico excelente, um verdadeiro aporte aos leitores.

Bruno Cusatis (Bordeaux, França)

 

Para diminuir ou acabar com a violência no Brasil é mais simples do que se pensa. Basta o básico arroz e feijão, saúde e educação. De leis temos muitas, até demais, disse certa vez Paulo Brossard. Painéis, fóruns, especialistas, comissões de quê adianta? “O cavalo é uma criação divina, já o dromedário, coitado, é o resultado de uma comissão”, já diria Millôr Fernandes.
 

Eliton Rosa (Rio de Janeiro, RJ)

 

Em boa hora, o especial traz propostas muito boas para a redução da violência no país, mas faltou uma, que entendo primordial: políticas públicas que estimulem o engajamento e a colaboração dos cidadãos, de entidades, das comunidades, enfim, da sociedade civil.

Vitorino Francisco Antunes Neto (São Paulo, SP)

Colunistas
Demétrio Magnoli se esforça (“O Espelho Imperfeito”, 21/04), falando do México, para demonstrar que é inevitável evitar o estatismo e se subordinar aos Estados Unidos. Ao ressaltar que Juárez se livrou dos franceses com ajuda americana, se esquece de dizer que seu vizinho não queria os europeus no seu quintal. O presidente Porfírio Diaz ficou no poder até que começou a se aproximar demais dos alemães; ele lamentava que o México ficasse perto demais dos Estados Unidos e longe demais de Deus.

Carlos Brisola Marcondes (Florianópolis, SC)

 

Estranhei o posicionamento de Antonio Prata (“Pague pela notícia, amigo”, Cotidiano, 22/04) queixando-se da tendência do mercado em não valorizar o pagamento de assinaturas jornalísticas. 

Paula Saab (Aracaju, SE)

 

Volto a aplaudir a colunista Tati Bernardi por seu texto (“O que é ser feminina?”, sãopaulo, 22/04) na revista dominical deste imprescindível jornal. Tati oferece a antropólogos , sociólogos e historiadores uma quantidade de registros únicos para a compreensão da mulher paulistana nos 
séculos 20 e 21.

Paulo Ludmer, escritor e conselheiro da Fecomercio SP (São Paulo, SP)

Teto de vidro da USP
Qualquer pessoa que tenha um conhecimento mínimo da realidade de São Paulo saberia que o muro de vidro que separa a raia da USP da marginal Pinheiros seria rapidamente escolhido como alvo dos vândalos de plantão. Mais absurda do que a ideia de construir o muro foi a de atribuir à universidade, que há anos sofre com as limitações de recursos, os custos da sua manutenção. Esse talvez seja o exemplo mais eloquente do legado deixado pelo prefeito renunciante.

Fernando Pacini, economista (São Paulo, SP)

Reforma gráfica
Está sendo difícil, principalmente para os idosos, se adaptar ao novo projeto gráfico da Folha, porém tem uma grande vantagem que deve ser levada em consideração sob o ponto de vista médico. Explico: uma técnica para evitarmos o Alzheimer é alterar certos hábitos, tais como trocar o relógio de braço, fazer caminhos diferentes e outras mudanças de hábitos. Aprovei.

Álvaro Staut Neto (Pindamonhangaba, SP)

 

A nova configuração gráfica da Folha não foi inspirada nos mais velhos para leitura do jornal. As letras, amontoadas, ficaram tão pequenas que, em alguns casos, é necessário a utilização de uma lupa. Esqueceram-se de que os jovens de hoje estão mais direcionados aos celulares e os jornais são a leitura preferida dos mais velhos.

Paulo Guida (São Paulo, SP)

 

Muita boa a reforma gráfica do jornal. Mas por que ninguém pensou numa ousadia maior: o uso do formato tabloide ou berliner. Economizaria papel, facilitaria ao leitor carregar o jornal. 

Geraldo Maia (Belo Horizonte, MG)

 

É salutar o novo projeto da Folha, porém a cada mudança renegam a editoria de esportes, muito enxuta por sinal, agora sem o devido destaque aos esportes da TV. 

Ricardo Ermoso Pereira (Santo André, SP) 

Mais médicas
Fiquei indignadíssima com a matéria de capa da revista de domingo (“Campeões do estetoscópio”, sãopaulo, 22/04). Que machista! Quem são “os” melhores profissionais? Não inclui “as” melhores profissionais? Leitores têm o direito de saber se, dentre os 27 nomes apontados, havia o nome de ao menos uma mulher.

Márcia Vianna, psicóloga (São Paulo, SP)

Candidatos investigados
A manchete (“Presidenciáveis são alvo de 160 casos na Justiça”, Poder, 22/04) indica que não podemos errar na próxima eleição. Os que se apresentam como candidato devem ser deletados. Prefiro errar com um candidato novo, a continuar errando com os que se apresentam neste momento como candidato.

Osmar G. Loureiro (Cravinhos, SP)

 

Com muita tristeza podemos observar que os principais pré-candidatos a Presidência estão envolvidos em denúncias, investigações, crimes e até condenações já transitadas em julgado. Respeitando o direito ao devido processo legal, quando todos poderão se defender das acusações, é difícil não imaginar que o debate eleitoral se dará quase que exclusivamente no campo das acusações em vez de no das propostas.

Bruno Roma (Campinas, SP)

Jornais
Foi lendo uma matéria aos 15 anos que nasceu meu interesse pelo jornal. Comprei para ler sobre o Oscar mas uma análise sobre o Protocolo de Kyoto me despertou curiosidade. Demorei para ler tudo, o estilo mais sério da escrita e o texto detalhado me demandaram concentração. No final fiquei muito grato e surpreso por ter aprendido algo novo e superinteressante de maneira tão simples, prazeirosa e independente. Neste dia nasceu o meu amor pelo jornal impresso. Entre idas e vindas, leio até hoje! (“Escolas usam jornais para ensinar senso crítico”, Mercado, 21/04).

Thiago Gonçalves (São Paulo, SP)

Erramos: o texto foi alterado

Ao contrário do informado anteriormente pela leitora Paula Saab em "Colunistas", não é verdade que Antonio Prata tenha se referido a médicos como "mercenários". 
 

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.