Descrição de chapéu

'Lula poderia ter sido um grande estadista', afirma leitor

Ex-presidente se entregou à Polícia Federal no último dia 7 e cumpre pena em Curitiba

Lula

A vida nos reserva surpresas por vezes impensadas e desagradáveis. O ex-presidente Lula, por ironia do destino, termina a sua conturbada trajetória política onde a iniciou: no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Se não tivesse se desviado dos bons caminhos que apregoava, poderia ter sido, quem sabe, um grande estadista.

João Carlos Gonçalves Pereira, advogado, (Lins, SP)

 

A festa na zona sul de São Paulo, com direito a cerveja gratuita, é bem a cara dos “homens de bem” paulistanos. Tudo bem, cada um comemora a prisão de Lula como quiser. Só estranho que o uso das imagens de Sergio Moro e de Cármen Lúcia no palco montado para a lúdica ocasião não tenha sido motivo de repúdio por parte dos dois magistrados.

Fabrizio Wrolli (São Paulo, SP)

 

Gregorio Duvivier conseguiu transcrever um sentimento que eu não conseguia entender direito. Eu —eleitora de Lula que acreditou que mudaríamos este país— estava frustrada e de acordo com as punições dadas a ele. Mas o antilulismo dos últimos dias reavivou a chama do meu lulismo interior.

Malu Ramos (São Paulo, SP)


Abin

Gostaria de saber qual foi o papel desempenhado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) ao longo desse tsunami de corrupção que assola o país desde o mensalão. Sabia? Informou aos presidentes Lula, Dilma e Temer?

Thomas Hahn (Cotia, SP)


Presunção de inocência

Longe de contribuir para a segurança jurídica de que o momento mais precisa, o texto recrudesce a insegurança (“Direito como tópica”, de Ricardo Lewandowski). De um lado porque é escrito por um julgador sobre um tema que está em julgamento sob sua responsabilidade. De outro porque coloca o direito, em especial o princípio da presunção de inocência, como um dogma, esquecendo-se de que todo e qualquer dispositivo legal deve ser interpretado sistematicamente, para evitar as contradições ou antinomias jurídicas. 

José Carlos de Oliveira Robaldo, procurador de Justiça aposentado (Campo Grande, MS)

 

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), critica a “relativização do direito” e parece esquecer que no episódio do impeachment de Dilma ele próprio relativizou o direito ao alterar, violando leis e o vernáculo, o sentido de um texto legal.

Sergio Bath, professor aposentado (Brasília, DF)

 

Descrença no Poder Judiciário é manter os condenados em segunda instância em liberdade, transformando os tribunais em cartórios para ter acesso a cortes superiores. Na França e nos EUA, condenados começam a cumprir suas penas em primeira instância. Enquanto isso, no Brasil ficamos debatendo algo desarrazoado.

Heverton-cristhié Souza Costa Lemos, advogado (Sardoá, MG)


Pichação em SP 

O Pateo do Collegio, referência para estudantes e turistas do mundo todo, teve sua fachada pichada com os dizeres: “Olhai por nois”. Puro vandalismo, um crime a ser apurado. A agressão a um bem público está inserida na lista de casos incluídos na desordem urbana, que transmite uma sensação de abandono e influencia diretamente na segurança. 

Alvaro Batista Camilo, deputado estadual e ex-comandante da PM paulista (2009 a 2012)


Prefeitura

Desejo sucesso a Bruno Covas. Como santista que sou, acompanhei a trajetória de seu avô, o saudoso e íntegro Mário Covas, cuja trajetória pode ser espelho para o novo prefeito.

Maria Inês de Araújo Prado (São João da Boa Vista, SP)


Depressão

Parabéns, Marcelo Zorzanelli, que nos fala de seu sofrimento por meio do humor. Com leveza, fala de si e dá voz a pessoas que sofrem de depressão, abrindo uma fresta para que tanto desamparo seja exposto e compartilhado, e com isso, mais compreendido.

Sylvia Loeb, psicanalista (São Paulo, SP)


Gastos públicos

Os fatos comprovam que o aumento do gasto público não resulta em maior crescimento e muito menos em seu moto-contínuo, pois governos gastam mal (“Resposta a Nelson Barbosa”). Provas: os subsídios da Lei Rouanet, os resultados pífios de esportes subsidiados, a ineficiência das estatais, as negociatas das compras governamentais e o fracasso dos regimes socialistas. O moto-contínuo do crescimento é o aumento da produtividade e a sua causa é a meritocracia. Isso só se dá quanto menor for o tamanho do Estado na economia.

Jose Claudio de Almeida Barros (Bragança Paulista, SP)


Fotógrafo

Caro Alvaro Costa e Silva, não estranhe Evandro Teixeira não ter sido lembrado por Cezar Motta em seu livro “Até a Útima Página” a respeito da morte do Jornal do Brasil. Os jornalistas de texto, redatores, editores, chefes e secretários de Redação e os focas não reconhecem e/ou não entendem o papel da fotografia no jornalismo, mesmo tratando-se de Evandro Teixeira, o mais importante repórter fotográfico brasileiro. 

Cristiano Mascaro (Carapicuíba, SP)


Canudos

Se você não usar canudo para tomar água de coco, terá de usar copo plástico, o que é pior (“Guerra dos canudos”, de Ruy Castro). Se usar copo de vidro, terá que lavar, gastando água e detergente —também é pior. Ora, o problema não está no uso do canudo e, sim, na forma como o poder público trata seus resíduos e na falta de logística reversa, prevista em lei. Temos que usufruir dos benefícios da natureza com responsabilidade e acionar o ente público desidioso com instrumentos jurídicos.

Rômulo Gobbi, professor e mestre em direito ambiental (Santa Bárbara d’Oeste, SP)


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