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Mea-culpa de Aécio Neves não afastou a desconfiança, diz leitor

Em artigo na Folha, senador tucano disse ter cometido erros, mas nenhuma ilegalidade

Aécio Neves

O mea-culpa de Aécio Neves foi insuficiente para afastar a desconfiança do leitor atento quanto a destinação dos valores recebidos de Joesley (“Sua excelência, o fato”). Não se fez referência a um advogado —a qual advogado seriam destinados os valores?— e muito menos a um determinado contrato de honorários. Simplesmente se diz que os valores ficaram estocados aguardando formalização. Muito frágil. Como um sujeito toma dinheiro emprestado sem algo concreto por trás? 

Otávio Barbuio (São Paulo, SP)

 

Aliviados, percebemos que os problemas do país são apenas de vocabulário inadequado e brincadeiras injustificáveis e de enorme mau gosto. Apesar de honesto, o senador é desinformado: hoje, é possível que a Justiça condene por corrupção mesmo que não haja dinheiro público ou contrapartida envolvidos. 

Alceu de Andrade Martins (Carlópolis, PR)

 

Parabéns, querido senador, pela sua humildade e sinceridade. Confio e continuarei confiando no senhor. 

Adriana Minuzzi Da Motta (Porto Alegre, RS)


Eleições

Doria mentiu ao dizer que não era político e que seu interesse era fazer uma boa gestão da cidade por quatro anos. Mas, mesmo assim, há quem diga que votará nele. Por isso, os políticos são o que são neste país ("Doria lidera disputa pelo governo, mas rejeição sobe”) .

Carla Sousa (São Paulo, SP)

 

João Doria é renovação, tem capacidade para administrar, pensa em trabalho e desenvolvimento. Não só o estado de São Paulo, mas o Brasil precisa de gente assim.

José Roberto Rodrigues (Birigui, SP)


Prisão após 2ª instância

Sou a favor do cumprimento da pena já a partir da primeira instância —ou seja, o (então) apenado recorre já preso (“Uma dose de racionalidade”). Mas concordo com o advogado Pierpaolo Bottini: uma questão como essa deve ser discutida no Congresso. Está aí o nosso erro: estamos discutindo questões legislativas no Supremo Tribunal Federal. Por mais que entendemos ser o Congresso eticamente falho, ali está a instância correta.

Ricardo Ferreira (São José dos Campos, SP)

 

Temos mais um que acredita em direitos absolutos e no cumprimento cego de legislações cujos textos conduzem ao absurdo.

Tabajara Novazzi, advogado (São Paulo, SP)


Taxa de juros

Vem se revelando cansativa a desculpa dos bancos de que os juros de algumas operações, como a do cheque especial, não caem por causa da inadimplência (“Juros caem há 16 meses, mas taxa do cheque especial não sai do lugar”). É uma forma de atribuir a culpa aos clientes. Ora, não depende dos clientes a concessão de nenhuma operação bancária. Ela depende mais das próprias instituições, que impõem condições draconianas. 

Antônio D. Pereira, advogado (Curitiba, PR)


Paul Singer

O falecimento de Paul Singer representa uma enorme perda para o pensamento crítico brasileiro. A seriedade e a competência intelectual, as arraigadas convicções democráticas, a integridade moral e a lhaneza nas relações pessoais e profissionais —qualidades que o distinguiram ao longo de sua fecunda existência— deverão ser sempre lembradas pelos setores democráticos e progressistas do país.

Caio Navarro de Toledo, professor aposentado da Unicamp (Campinas, SP) 

 

Ao lado dos excelentes professores do programa de mestrado em economia da PUC-SP, o professor Paul Singer era a marca e a presença da ternura em uma pedagogia do diálogo e do respeito aos alunos. Didático, tranquilo, equilibrado, rigorosamente ligado ao método, suas aulas estão em minha memória juntamente com sua obra exemplar. Agradeço ao professor Singer por ter sido seu aluno. Obrigado.

Francisco Claudio Tavares (Mogi das Cruzes, SP)

 

Um grande intelectual, coerente aos princípios que professava. O Brasil fica mais pobre com a sua ausência.

Dimas Floriani (Curitiba, PR)

 

Paul Singer foi um intelectual incomum entre nós: para ele, o socialismo só tinha sentido se fosse capaz de realmente modificar as relações humanas e sociais. Inesquecíveis foram suas aulas sobre economia brasileira ministradas em 1966. Aos sábados, gratuitamente e sem burocracia, ouvíamos embevecidos e esperançosos que nossa sociedade seria capaz de enfrentar e derrotar a ditadura militar.

Heloísa Fernandes, socióloga (São Paulo, SP)

 

Um grande intelectual e pessoa admirável. Fará muita falta, especialmente nestes dias sombrios.

André Barreto (Campinas, SP)


Filosofia e sociologia

Em nenhum momento a reportagem apresenta o que é essencial em um estudo científico: a relação de causa e efeito. A piora do rendimento em matemática pode ter causas variadas, como a falta de professores da disciplina ou a herança do ensino fundamental. Não analisei o estudo em questão, mas, se ele não pretende ser meramente ideológico, deveria analisar uma série de fatores. Sem apresentar boas justificativas de que sociologia e filosofia pioram o aprendizado, o estudo torna-se tendencioso.

Adriano Kurle (Porto Alegre, RS)

 

Não concordo com a reportagem em que a queda de desempenho em matemática é atribuída às disciplinas de sociologia e filosofia. Houve coincidências, e essas coincidências remetem a uma crise de aprendizado e compromisso do governo com toda a matriz curricular. Faltam projetos, investimentos. Não é correto culpar as disciplinas e se esquecer da verdadeira culpa. 

Peterson Novais de Brito (Caetité, BA)


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