Protestos nas vias e seus efeitos
A manifestação dos caminhoneiros, um grito de alerta para as suas condições de trabalho, revela um dado mais abrangente: os que com eles se solidarizam também estão insatisfeitos, seja com a sua situação, seja com o que está acontecendo no país. Recorrer a uma intervenção militar seria, no mínimo, um retrocesso institucional. Precisamos resolver, nós, a sociedade civil, pelas vias democráticas, os impasses que se apresentam.
Derocy Giacomo Cirillo Silva (Curitiba, PR)
Sou diretor de uma transportadora e fico indignado com a fraqueza do governo. Estamos parados há uma semana e a situação é desesperadora. Na nossa empresa, os autônomos querem rodar, porém são coagidos nos pontos de interrupção e não conseguem seguir. Impressionante como podemos deixar que manifestantes nos conduzam. Estamos acompanhando de perto os bloqueios e a maioria dos caminhoneiros quer rodar, mas os poucos e violentos grupos organizados pelo WhatsApp ditam as regras.
Gustavo Paiva (São Paulo, SP)
Infelizmente, eu não moro perto de uma estação de metrô e sinto meu direito de ir e vir cerceado por uma paralisação que já extrapolou a reivindicação e está ferindo a democracia. Perdi aulas na faculdade, sessões de fisioterapia —eu me recupero de uma lesão— e não consigo abastecer meu carro. E acordos não resolvem... Até quando isso ocorrerá?
Valéria M. Nagy (São Paulo, SP)
O governo foi realmente surpreendido por uma paralisação desta magnitude, que parou o país, e foi obrigado a negociar com a faca no pescoço? Qual o papel da Abin neste descalabro? Não deveria alertar o governo a tempo, para que este elaborasse um plano de contingência? Ou se comprova que foi dado o alerta ao governo e este se omitiu (o que é grave), ou os agentes não justificam a razão de sua existência. Negociar nestas condições, reconheço, não é fácil.
Guilherme Assis (São Paulo, SP)
A paralisação dos caminhoneiros chama a atenção de todos para a raiz de todos os problemas: a alta carga tributária que pagamos, a corrupção e a má administração dos recursos. Trata-se de uma praga que atinge o governo federal, todos os estaduais e a grande maioria das prefeituras.
Hélio Silva Campos (Brasília, DF)
Parece a casa da mãe Joana: governo fraco, representação pulverizada e falta de liderança. Há mentiras para todo lado e elas são pontos visíveis desta crise, que ninguém sabe como nem quando vai terminar nem quanto vai nos custar. Vamos pagar a conta de novo!
Wilson Reinhardt Filho (São Paulo, SP)
Ao ouvir o presidente da República, Michel Temer, fazendo seu pronunciamento, chorei, pois gostaria de ter ouvido de Vossa Excelência que a redução do custo do diesel seria paga com a proibição do uso dos cartões corporativos de todos os político.
Osmar G. Loureiro (Cravinhos, SP)
Parabéns a Vinicus Mota pelo excelente e lúcido artigo “Um país imaturo”, que retrata fielmente a situação atual do país (Opinião, 28/5).
Roberto Santana (Cotia, SP)
Eleições
É um círculo vicioso interminável: filho, neto, bisneto e sobrinho de políticos vão entrando na vida política com exemplos de falta de valores morais e éticos necessários a fim de que haja decência e moralidade no trato da coisa pública. Desse jeito, a tão desejada renovação na vida política brasileira cai por terra (“Estreantes nas urnas, filhos de políticos tentam vagas no Legislativo”).
Marly Pigaiani Leite (Ubatuba, SP)
Lula nos permitiu antever e saborear um pouco de nosso potencial como país. Formalmente é culpado do que lhe acusam, admito, mas não há inocentes no sistema político em vigor, apenas futuros culpados e/ou reféns dos culpados atuais. Nossas opções atuais são tenebrosas: à esquerda e à direita vejo desastres. Quero e tenho o direito de votar no Lula.
Luiz Oliveira (São Paulo, SP)
Políticos no cárcere
São engraçadas as manifestações de alguns leitores quanto à prisão de políticos de partidos diferentes. Aqueles que defendem entusiasticamente a prisão de um tucano esbravejam por todos os cantos dizendo que os petistas são inocentes. Se são culpados ou inocentes, quem decide é a Justiça, que ainda tem esse poder. As opiniões pessoais são, quase sempre, incoerentes.
José Paulo Pereira (Taubaté, SP)
Seleção brasileira
Não é verdadeira a informação publicada pela Folha sob o título “CBF pagará US$ 1 milhão a atletas por título”. A reportagem erra quando se refere ao suposto montante de US$ 1 milhão que seria pago como prêmio, a uma primeira parcela depositada e ao citar que “o valor da premiação já foi informado aos integrantes da delegação”. Conforme expliquei em entrevista coletiva, o assunto será tratado quando o elenco estiver completo, em Londres.
Eduardo Gaspar, coordenador de seleções
Eugênio Bucci afirma que Dines foi “mestre do ceticismo sem cinismo”. Frase elegante e verdadeira. Mas é preciso muito cuidado com o ceticismo. Herbart, filósofo alemão, ensinava: “Todo bom principiante é um cético, mas todo cético é um principiante”. Em outras palavras, o ceticismo limita-se a um ceticismo metódico, indispensável para encontrar a verdade, mas não significa parar de pensar por impaciência ou covardia. A verdade nos espera sempre um passo à frente.
Gilberto Kujawski (São Paulo, SP)
Lembrança
Obrigada, Drauzio Varella, por compartilhar lembranças tão singelas de sua infância. Nada é por acaso e nossa vida anda em círculos. Uma delícia se lembrar dos carinhos de dona Felipa (Ilustrada, 27/5).
Letícia Moreira Dias Kayano (São Paulo, SP)
Linda história. O colunista sempre nos emociona com sua integridade, misericórdia, compaixão e paixão profissional, além da narrativa de um poeta muito bem informado. Sobre a dona Felipa, a gratidão não nos pode passar despercebida.
Wanderley Marucco (Lorena, SP)
Sensacional a ideia, a Serafina arrasou, parabéns (“Revistas revisitadas”, 27/5). Todas as capas ficaram sensacionais. Bob Wolfenson, como sempre, mandou bem nas fotos. As capas dele foram as melhores. É o melhor fotógrafo do mundo.
Sergio Lima (Belo Horizonte, MG)
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