Descrição de chapéu

Leitores criticam quem defende o retorno dos militares ao poder

Copa do Mundo e motivação dos eleitores também geram comentários

Copa do Mundo

Quase 3/4 dos jogadores na Copa jogam em clubes fora de seus países. Os grandes astros são mistura de craques com capitalistas que se encontram num convescote. 

Paulo Roberto Gotaç (Rio de Janeiro, RJ)

 

Uma novidade melhor que o árbitro de vídeo parece ser testada na Copa: o maior tempo acrescido pelos árbitros. Em vez de dois ou três minutos, estão dando cinco ou seis, impedindo que a cera surta efeito.

Ricardo C. Siqueira (Niterói, RJ)

 

Alvaro Costa e Silva diz que livros sobre futebol quase não existem, mas esquece de “Veneno Remédio”, de José Miguel Wisnik, e “Febre de Bola”, de Nick Hornby.

Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)


Aborto

Considerando a quantidade de homens que abandonam companheiras grávidas, surge a questão: caso homens tivessem úteros, quantos homens seriam criminalizados por abortos? As leis abandonariam o rigor que desumaniza a mulher e humaniza uma semente?

Ângela Luiza S. Bonacci (Pindamonhangaba, SP)


Condução coercitiva

Condução coercitiva serve para que suspeitos prestem depoimento sem tempo para destruir provas ou combinar testemunhos. Não há nada de errado na ferramenta, a não ser para os que defendem corruptos.

Giana Maia Monteggia (Porto Alegre, RS)

 

A condução coercitiva foi historicamente usada para o cidadão comum —como diz Elio Gaspari, o “andar de baixo”. Com a Lava Jato utilizando o recurso, mas para gente importante, o STF julga inconstitucional. Infelizmente a Justiça não alcança todos da mesma maneira.

André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)


Colunistas

Hélio Schwartsman pecou por considerar que cifras oficiais são verdades absolutas. Não há dúvidas de que escolhemos candidatos mais por emoção do que por razão, mas dados como contas da Previdência e gastos com juros não são aritmética de armazém, eivados de metodologias distintas e ideologias.

Adilson Roberto Gonçalves (Campinas, SP)

 

Experiências de memorização não são replicáveis ao comportamento social com essa simplicidade. O eleitor pode mudar a percepção, mesmo que se esqueça da miuçalha de dados.

Agostinho Sebastião Spínola (São Paulo, SP)

 

Tati Bernardi ridiculariza a frase “Você é a luz que ilumina meu caminho”. Mas expressões afins são achadas sob a pena de bons autores. Por exemplo, no versículo 5 do primeiro capítulo da versão latina do Evangelho de João, “lux lucet in tenebris”, que se poderia traduzir por “a luz ilumina as trevas”. A canção “Luz Divina”, cantada por Roberto Carlos, traz “Luz que me ilumina o caminho”. E o filósofo judeu Bahya Ibn Pakuda escreveu: “Conhecimento: uma pequena luz que ilumina a escuridão”. Há que distinguir pleonasmos literários dos viciosos.

Zenon Lotufo Jr. (São Paulo, SP)


Governo Temer

O Legislativo aprovou nos últimos 20 dias medidas provisórias e projetos de leis defendidos pelo Presidente: mudanças no pré-sal; fundos constitucionais de financiamento; política de comercialização de petróleo e de gás natural; duplicata eletrônica; novos saques do PIS/Pasep; Sistema único de Segurança Pública; Cadastro Positivo; distrato em transações de imóveis. Não procede avaliação sobre fragilidade parlamentar.

Márcio de Freitas, secretário Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Brasília, DF)


Forças Armadas

Acho que são impróprios esses encontros patrocinados pelo comandante do Exército com candidatos à Presidência. Parece querer demonstrar a intenção de influenciar nas políticas públicas quando, em uma democracia, sua posição deve ser de neutralidade.

Luís Roberto Ferreira (Santos, SP)

 

Deputado Onyx Lorenzoni posa para foto com Villas Bôas e Bolsonaro, nesta terça (5)
Deputado Onyx Lorenzoni posa para foto com Villas Bôas e Bolsonaro, nesta terça (5) - Reprodução/Twitter

 

Quando jovem, temia os homens de uniformes verde-oliva durante atividades do movimento ambientalista. E pergunto a Cristóvão Tezza se ele acha que chamar eleitores de direita de “energúmenos” contribui ao esclarecimento. A ofensa atrai disposição de rever ideias? Um inspirado trabalhador da língua pátria poderia nos guiar pelos pântanos do diálogo.

Maria Cecilia Sá Porto (Embu das Artes, SP)

 

Cristovão Tezza foi preciso nos argumentos sobre o pensamento dos que repudiam intervenção militar. Energúmenos é o mínimo com que podemos qualificar quem defende a volta dessa realidade.

José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)


Ilustríssima

Otavio Frias Filho muda um pouco o discurso desta Folha ao admitir que houve ditadura nas décadas após 1964, e não mais a “ditabranda” (“Intervenção militar”, Ilustríssima, 17/6). Faz levantamento discutível de movimentos de intervenção, condena-os em primeira instância, mas deixa nesga de admissão da ruptura democrática frente a “condições históricas”. Tenta descer do muro, mas não consegue.

Adilson Gonçalves (Campinas, SP)

 

Nunca imaginei que a história recente pudesse ser sintetizada de forma tão lúcida e isenta como o fez o jornalista Otavio Frias Filho em seu texto. Irretocável!

Carlos Moraes (São Paulo, SP)

 

Sempre oportuno retomar o horror da ditadura militar. Período de ufanismos, intensificado por slogans de “tradição, família e propriedade”. Os gritos vindos dos porões da tortura não eram escutados. O desenvolvimento desordenado de um país que pretendia ser grande, mesmo que aos custos da exacerbação da desigualdade, do arrocho salarial e da demolição da educação e dos poderes institucionais.

Anete Araujo Guedes (Belo Horizonte, MG)


Datafolha

A falta de oportunidades leva 62% dos jovens a querer ir embora do país. Não há investimento em educação, ciência e infraestrutura. O Brasil ainda não perdeu a esperança porque os carnavalescos continuam pensando nos quatro dias de folia na primeira semana de março.

Luiz R. da Costa Jr. (Campinas, SP)

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