Se tabelamento funcionasse, governo Sarney teria dado certo, diz leitor

Temer cedeu aos caminhoneiros autônomos e recuou da adoção de nova tabela mínima do frete

Tabela de preços

Está difícil achar o governo Michel Temer melhor que o de Dilma. O presidente vai para a terceira tabela de preços. Será que depois ele convocará os “fiscais do Sarney” para fiscalizar os preços? Se tabelamento de preços funcionasse, o governo Sarney teria dado certo, em vez de desembocar em aumento de inflação (“Horas após sair, nova tabela de frete é revogada”, Mercado, 8/6).  
Maria Aparecida Azevedo (Campinas, SP)


Frota de caminhões

Não dá para concordar com Laura Carvalho (“Pista falsa”, Mercado, 7/6).Houve, sim, um brutal aumento da frota de caminhões, em razão de facilidades excepcionais de crédito concedidas pelo BNDES/ PSI. De 2010 a 2014, foram licenciados, em média, 152 mil caminhões novos por ano, segundo a Anfavea. Essa bolha, associada à enorme recessão, explica grande parte do clima explosivo criado no mercado de fretes. A fagulha foi a equivocada política de preços da Petrobras.
Geraldo A. B. Vianna (São Paulo, SP)
 


Infraestrutura

O início do texto de César Borges é bom, mas, quando se pensa que o autor discorrerá a respeito de outros meios de transporte possíveis, ele fala só de concessões (“Solução para infraestrutura deve vir de todos”, Tendências / Debates, 8/6). Tenho 46 anos e, quando cursei o primário, aprendi que o Brasil era deficitário em todos os tipos de transporte de carga e passageiros que não o rodoviário. Desde então, pouco se fez para que a infraestrutura não rodoviária evoluísse.
Rogério Carvalho Vieira Chachá (São Carlos, SP)
 


Eleições

Compartilho do ceticismo de  Mariliz Jorge Jorge quanto ao resultado das próximas eleições (“Oportunismo é o meu pastor”, Opinião, 7/6). Oportunistas e mistificadores são os representantes que melhor correspondem a um eleitorado majoritariamente desinformado e sem consciência de sua cidadania.Não há como escapar da lógica.
Luís Roberto Nunes Ferreira (Santos, SP)

 

Os ministros do  STF suspenderam o voto impresso nas eleições. Atenderam pedido da Procuradora-Geral da República e com isso poucas pessoas decidiram por milhões de eleitores. A impressão é que o Brasil está sob controle de pequenos grupos. Por que o Congresso não leva em consideração todo o eleitorado? Uma questão tão importante merece amplo debate antes da decisão (“Supremo suspende a exigência de voto impresso nas  eleições deste ano”, Poder, 7/6).
Uriel Villas Boas (Santos, SP)

 

Um ex-prefeito do Rio disse certa vez ao fazer uma obra embargada: “Agente faz, vai pro pau e depois vê como é que fica”. É o caso do ex-presidente presidiário que se candidata (“No lançamento de candidatura, Lula diz por carta que quer acabar com sofrimento do povo”, Poder, 9/6). Como pode isso?
Eliton Rosa (Rio de Janeiro, RJ)


Financiamento de campanha

Timidamente, a Folha noticiou a troca de mensagens entre FHC e Marcelo Odebrecht (“FHC pediu a Marcelo Odebrecht recursos a candidatos tucanos”, Poder, 7/6). O ex-presidente pedia dinheiro para financiar candidaturas tucanas. Nos últimos dias, esperei por reportagens complementares. O que vi?Nada, nem comentários no Painel do Leitor sobre o assunto. Fosse uma descoberta sobre o Lula ou o PT, certamente o jornal estamparia na “Primeira Página”.
Márcia Leite Paes (São Paulo, SP)
 


Maria Esther Bueno

Uma atleta tão vitoriosa ou mais que Pelé e ninguém a reconhece. Esporte impopular, individual e praticado por uma mulher, resposta simples e triste constatação.
Jardel Turgante (São Paulo, SP)

 

Maria Esther Bueno nos deixou. Ela não tinha esse direito.
Walter Neves (São Paulo, SP)
 


Sistema de saúde

Artigo conciso, que faz a síntese do que significa a saúde suplementar no Brasil (“Crônica do atraso”, de Mário Scheffer, Tendências/Debates, 7/6). Escrito por um estudioso, denuncia a prática comum do empresariado brasileiro de se apropriar de recursos públicos.
Marcelo Magalhães (Rio de Janeiro, RJ)


Filosofia

Totalmente descabida a opinião estreita do imunologista português António Coutinho na entrevista “Filosofia não é ciência e está fadada a desaparecer” (“O elogio da ciência”, Ilustríssima, 3/6). É óbvio que filosofia não é ciência: a primeira cuida de conceitos, a segunda, de funções;aliás, sem um pouco de lógica filosófica não há ciência. Esse cientificismo tacanho ficou no século 19 ou antes, pois todo o caos moderno do “progresso” científico, malgrado seus benefícios, só tem fortalecido a filosofia.
Fernando Graça, escritor, filósofo e professor de filosofia (Santos, SP)
 


Crise do clima

Parabenizo a Folha pelos excelentes textos sobre a crise do clima no Brasil e no mundo. No Nordeste, a seca plurianual sugere que as políticas hídricas não transformaram o semiárido numa região adaptada aos extremos da variabilidade do clima (“Seca já dura seis anos e pode virar regra no semiárido”, Ambiente, 24/4). No cerrado, berço do agrobussines, mudanças nos regimes de temperatura e extremos de chuva podem afetar a produção agrícola. E chama a atenção o fato de esse setor contratar céticos que negam a existência do aquecimento global e dos seus impactos (“Agronegócio banca palestras de cético sobre mudança climática para ruralistas no Matopiba”, ambiente, 22/5).
José A. Marengo, coordenador geral de pesquisa e desenvolvimento do Centro nacional de monitoramento e Alertas de Desastres naturais (São José dos Campos, SP)

 


Futebol

Qual campeonato no mundo tem em uma mesma semana Grêmio x Palmeiras, São Paulo x Internacional, Flamengo x Fluminense, Corinthians x Santos? A maioria dos campeonatos da Europa tem um ou dois times que disputam o título. Viva o nosso campeonato.
Paulo Roberto Silva Marcondes Cesar (Pindamonhangaba, SP)

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