'Anular o voto ou votar em branco é concordar com a atual situação', diz leitor

Segundo Datafolha, 23% dos brasileiros declararam a intenção de votar em branco ou nulo

Eleição

Anular o voto ou votar em branco é concordar com a atual situação (“O que pensam os eleitores de ninguém”). Vamos votar em gente nova, com ideias novas. Só assim o país mudará. Não votar é tudo o que alguns querem para se perpetuar no poder. 

Neri Luiz Cappellari (Capão da Canoa, RS)


Ensino médio

Faço minhas as palavras do sociólogo Cesar Callegari: “Incapazes de garantir educação com qualidade, baixam a régua e rebaixam o horizonte. É inaceitável!”. É, de fato, inaceitável que se atue para destruir o futuro do país com essa proposta do governo Temer, visto que é uma ideia de destruição do ensino médio no contexto do século 21 (“Revogar a lei do ensino médio”).

Beatriz Helena Souza da Cruz, doutora em literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Niterói, RJ)

 

A experiência histórica aponta que a lei 13.415 não tem como melhorar a qualidade do ensino médio. Muito pelo contrário, ela tende a piorar o desempenho dos alunos e aumentar a desigualdade escolar. Estamos vivendo, sob o governo Temer, a negação do direito à educação, com propostas que visam empobrecer ainda mais a escola.

Eliza Bartolozzi (Vitória, ES)


Privatizações

É estranho que um ministro do Supremo Tribunal Federal queira interferir no processo de privatizações (“Canetada estatal”). Nesse caso, também deveria apresentar soluções viáveis.

Luiz Norberto Barros de Morais (Divinópolis, MG)  

 

Além do tempero ressentido expresso nas ilações sobre as férias do ministro Ricardo Lewandowski, a crítica à liminar do STF é reveladora de interesses obscuros que motivam o editorialista. Ainda bem que o país e o seu povo sofrido podem contar com uma “canetada estatal” para conter a voracidade privatista e seus escribas.

Pedro Paulo Becker (Joinville,SC)


Tribunal de Contas da União

Os empreendimentos do PPI são tratados como prioritários pelo TCU (“TCU trava concessões e libera menos de 10% dos investimentos”). Dos dois projetos de rodovias enviados, um já foi aprovado. Todos os projetos de arrendamento portuário foram julgados. E o único processo sobre ferrovias é o da Norte-Sul. O texto também se equivoca ao afirmar que 20 lotes de linhas de transmissão aguardam aval do TCU. O primeiro estágio do leilão foi aprovado 60 dias após o envio dos estudos. A atuação do TCU contribuiu para a redução de R$ 43,4 milhões nos custos previstos. 

Raimundo Carreiro, presidente do TCU (Tribunal de Contas da União)

Resposta do jornalista Julio Wiziack  A reportagem considerou os 40 projetos submetidos ao tribunal, entre enviados e em discussão. Mesmo os que não foram enviados estão sendo ajustados pelo governo para atender a recomendações do TCU.

Nota da Redação - Leia o Erramos.


Javalis

Gostaria de parabenizar o posicionamento da Folha em nome de todo o setor produtivo (“Javali protegido”). Qual governante em sã consciência sancionaria uma lei dessas, ainda mais se tratando de uma espécie extremamente feroz, que se desloca em bandos e destruindo o que encontra pela frente? O deputado Roberto Tripoli promoveu o “show” para sua plateia, porém, ao sancioná-la, o governador Márcio França mostra que não possui estatura para o cargo que ocupa.

Frederico d’Avila, diretor da Sociedade Rural Brasileira (São Paulo, SP)


Muro de vidro na USP

Em resposta à coluna desinformada do ex-vereador petista Nabil Bonduki, a Prefeitura Municipal de São Paulo esclarece que o muro de vidro foi idealizado dentro de um plano de reintegração da Cidade Universitária ao restante da cidade. É de se lamentar que o colunista escreva sobre temas que desconhece, uma vez que houve debate com a comunidade da USP, que rejeitou simplesmente derrubar o muro ou colocar apenas uma grade.

Fábio Santos, secretário de Comunicação da Prefeitura de São Paulo

Resposta do colunista Nabil Bonduki - A comunidade da USP, em crise orçamentária, não foi amplamente consultada sobre a construção desse muro nem acerca do melhor uso dos R$ 15 milhões doados para a obra. Arquitetos e urbanistas da FAU-USP, profissionais qualificados, não foram consultados.


Alvaro Dias

No texto (“Robôs são 64% dos seguidores de Alvaro Dias”), a Folha omite: 1) analisaram-se 5,5% (ou 22 mil) dos 409 mil seguidores do senador no Twitter, em 25 dias (perfil existe há 9 anos); 2) InternetLab conclui não haver indício de “aquisição de seguidores” e que, em função do “espaço amostral limitado”, “existe possibilidade do perfil se apresentar dessa forma por anomalia estatística”. Solicitamos errata para corrigir falsa colocação de que haveria “indícios de compra de seguidores com objetivo de inflar artificialmente sua reputação”.

Frederico Raposo, assessor de imprensa do senador Alvaro Dias

Resposta do jornalista Filipe Oliveira O InternetLab, responsável pelo estudo, afirma, em texto e entrevistas, que há indícios de compra de seguidores, apesar da ressalva de os dados não serem conclusivos, como indicado na reportagem.


Intervenções

Muito bom e oportuno o texto “Intervenção militar” de Otavio Frias Filho. Trata-se de um conciso e preciso apanhado histórico sobre as intervenções militares ocorridas no Brasil a partir de 1945 e de lúcida análise de suas consequências, mormente no que tange ao regime imposto ao país em 1964. São deveras importantes e necessárias reflexões como essa, sem preconceitos, para que a sociedade brasileira consiga se reconciliar com suas expectativas de um futuro melhor, mais justo e mais democrático.

Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente emérito da Fiesp/Ciesp e conselheiro emérito da CNI


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