Descrição de chapéu

Desemprego é a reação esperada à reforma trabalhista, diz leitor

Decisões do Supremo e fim do imposto sindical obrigatório são outros temas comentados pelos leitores

São Paulo

Supremo Tribunal Federal
As atitudes dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Tóffoli, libertando condenados em segunda instância, são um verdadeiro desrespeito à decisão do pleno da corte, que, em outubro de 2016, atendeu aos anseios do povo de varrer a corrupção que campeia neste infeliz país. Na verdade, não se trata de uma “Suprema divisão” (Editoriais, 28/6), mas, sim, de uma afronta ao povo e, fundamentalmente, às instituições deste país.

Antônio Carlos Gomes da Silva (São Paulo, SP)

 

Aplausos para o ministro Ricardo Lewandowski pelo seu artigo lúcido, claro e inteligente em Tendências / Debates (“Soberania nacional e ativos estratégicos”, 27/6), pela defesa dos patrimônios das estatais e pelo voto a favor do ex-ministro José Dirceu (“Supremo manda soltar Dirceu mesmo com condenação em 2º grau”, 27/6). Eis aí alguém que merece o respeito dos cidadãos brasileiros de bem.

José Maria Pacheco de Souza, professor sênior do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP

 

Os ministros da Segunda Turma do Supremo parecem ignorar que a corrupção provoca a mortandade nas filas do SUS, que deixa crianças sem escola, o povo sem segurança pública e o país sem infraestrutura. 

Eni Maria Martin de Carvalho (Botucatu, SP)

 

Aumento

O Brasil passando por uma grave crise econômica, com milhões de desempregados, corte de verbas na saúde e na educação, e os meritíssimos se articulam para ter aumento de 12% em seus salários? Que indignidade (“Os intocáveis”, Painel, 29/6). Isso é Justiça?

Lica Cintra (São Paulo, SP)


Eleição

Infelizmente, não vejo nada de sério nas eleições deste ano. Reina a mesmice, com disputa de poder pelo poder (“Uma agenda para o país”, de Claudia Costin, Opinião, 29/6). Discutem-se nomes, mas que não apresentam nenhuma proposta digna e alvissareira. A desigualdade intensifica, com diversas matizes. A educação básica está sucateada por lobbies. Políticas públicas, onde estão? Investimentos, para quê? Educação? Esta não dá retorno imediato. 

José Orlando de Siqueira (Passos, MG)

 

Bruno Boghossian conta parte da história de nossa classe política do atual Congresso (“Fronteira agrícola”, Opinião, 28/6). É isso que nós, eleitores, temos de mudar democraticamente. Ou vamos perder novamente o barco da história?

Valdomiro Trento (Santos, SP)


Bolsa Família

Em julho de 2014 houve o maior número de famílias beneficiárias, 14.204.279, um gasto de R$ 2.406.363.186 e benefício médio mensal por família de R$ 169,41. Ajustado pelo INPC até maio de 2018, os valores correspondem a R$ 3.014.924.299,99 e R$ 212,25. Em maio deste ano, havia 13.919.429 famílias beneficiadas, um gasto de R$ 2.484.070.551, e R$ 178,46 de benefício médio. Bem abaixo do que com Dilma. Mesmo com o reajuste de 5,67% em julho, os valores reais serão menores do que com Dilma (“Bolsa Família, hoje”, de Alberto Beltrame, Tendências / Debates, 21/6).

Eduardo Matarazzo Suplicy, vereador, e Leandro Ferreira, mestrando em Políticas Públicas na UFABC


Contribuição sindical

Na verdade, trata-se de uma vitória para os sindicatos que são realmente atuantes, pois a mudança desestimula a criação de entidades que somente disputam as contribuições sindicais por meio do desmembramento das categorias (“Supremo segue reforma trabalhista e valida o fim do imposto sindical”, Mercado, 30/6). 
 

Lucio Mesquista (Guarulhos, SP)


Emprego

A reportagem diz que “Seis meses após a reforma, mercado de trabalho ainda não consegue reagir” (Mercado, 29/6). Claro que reage. Os sindicatos cansaram de denunciar que essa reforma trabalhista era um delírio neo-liberal que só aumentaria o desemprego e a informalidade. A reação foi exatamente essa. 

Alfredo Maranca, presidente do Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas (São Paulo, SP)


Escolas públicas e privadas

Excelente reportagem (“1 a cada 3 escolas particulares de ricos tem nota no Enem abaixo do esperado”, Cotidiano, 29/6). O texto mostra que o abismo social ainda impera e continuará imperando. Sem acesso à educação de qualidade, o pobre nunca conseguirá romper o tecido social e o rico continuará exercendo seu domínio.

Rogério Soares (Santo André, SP)


Exemplos da Suécia

O excelente texto do Oded Grajew mostra o abismo que existe entre as nossas sociedades (“Lições da Suécia”, Tendências / Debates, 29/6). Enquanto lá predomina o interesse público, aqui, quase sem exceção, busca-se o interesse privado. Situação agravada pela falta de farinha (recursos), aí então é o meu pirão primeiro!

João Paulo Mendes Parreira (São Caetano do Sul, SP)


Proteção a crianças

Nenhum texto é mais importante do que “Uma Copa para as crianças”, de Jairo Marques (Cotidiano, 27/6). É mesmo inexplicável o descaso, a insensibilidade do mundo adulto, quando o assunto é negligência e violência contra crianças. Único grupo social de inúmeras vulnerabilidades, elas deveriam ter prioridades na garantia de seus direitos. Nada é mais urgente. No entanto, a sociedade ainda mantém os olhos vendados para o sofrimento dos pequenos. E, sabe-se, não haverá bom futuro para um país insensível à infância.

Ana Maria Beghetto (Curitiba, PR)

 

Parabenizo a Folha por ter em seu quadro Jairo Marques, que em seus textos privilegia sempre a defesa dos que precisam de proteção.

Eduardo M. Santos (Barueri, SP)


Colunistas

Estou sentindo muito a ausência de Gregorio Duvivier na Ilustrada. Até qualquer dia? São férias, é ano sabático ou despedida longa? Ele sempre trouxe ótimas reflexões sobre a sociedade e o país. Não podemos prescindir de vozes como a dele. Volte logo!

Sônia Maria Crispim (Ribeirão Preto, SP)

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