É triste ver um candidato declarar conceitos jurássicos sobre populações, diz leitor

Vice de Bolsonaro afirmou que Brasil herdou indolência dos indígenas e malandragem dos africanos

General Mourão
De fato é triste ver uma pessoa que pretende governar o país declarar em alto e bom tom esses conceitos jurássicos sobre populações humanas —e pior, ser ainda defendido  por muitos eleitores. Nesses casos, é importante distinguir a ignorância e a maldade. Nos dois casos há pobreza de valores morais em quem fala, porém a discriminação pejorativa de povos não pode ser qualificada apenas por ignorância.

Angela Maria Souza Bueno (Florianópolis, SC)

 

Como disse o jornalista Reinaldo José Lopes, as diferenças entre as etnias indígenas do Brasil são enormes. Falar de características dos índios é tão vago como falar dos estrangeiros em geral, do que todos eles, sejam chineses, árabes ou ingleses, teriam em comum.

José Cláudio (Rio de Janeiro, RJ)

 

Dizer que a indolência vem da cultura indígena é sugerir que todo índio é preguiçoso, o que, obviamente, é uma bobagem. É o mesmo que dizer que todo militar é torturador e assassino, o que também não é verdade. É bem verdade, porém, que elogiar o Ustra não ajuda a melhorar a imagem da chapa Bolsonaro/Mourão.

Eduardo de Oliveira Cavalcanti (Campo Grande, MS)

 

Mourão falou que gostamos de privilégios, somos indolentes e malandros, características que herdamos de portugueses, índios e negros. Repetiu o lugar-comum de que a indolência tem a ver com o clima quente. Malandragem e apego a privilégios, na minha opinião, são na verdade características dos políticos.

Cristina Barboza (Ilhabela, SP)

 

O jornalista politicamente correto quer saber mais que o general Mourão, de origem indígena amazonense, a respeito da disposição para o trabalho entre os nossos ameríndios. Perguntei a um amigo paraense a respeito da fala do general e ele confirmou ter a mesma impressão, sem titubear. Quando criou Fordlândia, na primeira metade do século passado, Henry Ford teve que reduzir o salário dos índios. Ganhando bem, trabalhavam um ou dois dias e paravam. Talvez estivessem certos...

Paulo Cesar de Oliveira (Franca, SP)

 

Esses conceitos tratam da formação cultural do povo brasileiro e estão no clássico “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda, aliás pai do Chico Buarque, de esquerda. E foram usados por Roberto Campos para explicar as travas culturais para o desenvolvimento econômico brasileiro. Faltou falar na culpa do católico em relação ao dinheiro, em contraste com o conceito de prosperidade dos protestantes. Isso se chama sociologia, nunca racismo.

Paulo Andrade (Rio de Janeiro, RJ)

 

ANA AMÉLIA  


“Ana Amélia elogiou Dilma, apoiou Manuela e admira Brizola”, diz reportagem da Folha. Isso prova que ela é uma centrista sem ideologia, que joga para todos os lados, querendo agora se postar de direita. É a vice ideal para Geraldo Alckmin.

Rafael Alberti Cesa (Caxias do Sul, RS)

 

Ana Amélia é um ótimo nome para vice. Alckmin é o candidato mais preparado e os dois juntos vão fazer um ótimo trabalho pelo nosso país.

Bruno Saraiva Santana (São Paulo, SP)

JUDICIÁRIO
A cada dia vemos reveladas a arrogância, a megalomania e o desprezo de membros do Judiciário para com o povo, que banca seus salários e mordomias. São uma casta que se acha acima do bem e do mal e estão convencidos de que não devem satisfação a ninguém, exceto aos amigos e grupos políticos que representam.

Mauro Tadeu (Curitiba, PR)

 

O custo financeiro não é nada quando comparado aos custos psicológico e moral. Vivemos em um país em que o Judiciário interpreta a lei em benefício próprio. O postulado constitucional de que todos são iguais perante a lei é desrespeitado diariamente por estes senhores. Isso leva a população a um sentimento de impotência e descrédito. Ao não se importar com os preceitos éticos e morais da nação, a maioria do nosso Judiciário torna-se fiadora da corrupção.

Roberto Foz Filho (Jundiaí, São Paulo)

 

Qualquer um com poderes para aumentar seu próprio salário o fará. Especialmente no caso em questão, referente a pessoas dotadas de imenso poder da caneta e de enorme influência política. Integram um Poder monopolista e imprescindível, ao qual o cidadão é obrigado a acorrer nos (muitos) casos de injustiças e ilegalidades. Pouco importa a estes vetustos senhores a imagem da corporação, pois inexiste concorrência nem precisam prestar contas. Resultado: um Judiciário caro, ineficiente, formalista em excesso e disfuncional.
José Cretella Neto, advogado (São Paulo, SP)

 

DEMOCRACIA

Excelente aula sobre democracia e as ameaças de autoritarismo que fizeram a derrocada de países como a Venezuela. No Brasil nada ainda está definido, mas temos a responsabilidade de zelar pela democracia conquistada.

Natanael Batista Leal (Brasília, DF)

 

O que destrói a democracia brasileira é o povo desinformado facilmente manipulável. Todos os que estão aí foram eleitos. Os políticos são ruins e o povo é ainda pior.

José Reinaldo Neto (São Paulo, SP)

 

O bipartidarismo informal no Brasil está desgastado, o PT com seu líder preso e o PSDB aliado ao famigerado centrão. Ambos naufragam. A direita tem seu candidato no segundo turno, o Bolsonaro, Jesus Oliveira (São Paulo, SP) a centro esquerda pedala e não sai do lugar. Bolsonaro, mesmo aos tropeços, vai se consolidando como futuro presidente.

Jesus Oliveira (São Paulo, SP)

 

ABORTO

Concordo com o colunista Hélio Schwartsman. Também acho que a legalização do aborto é só uma questão de tempo. Mas muito tempo. Só depois que a bancada evangélica na Câmara dos Deputados e no Senado não tiver mais influência na vida dos brasileiros, crentes ou não crentes.

João Hurtado (São Paulo, SP)

 

Não será tão simples, caro Hélio Schwartsman. A questão a respeito do aborto envolve um claro conflito de direitos fundamentais da mãe e do feto, o que não ocorre na questão da eutanásia e da liberação de drogas.

Aimar Matos (Brasília, SP)

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