PT
O questionamento de Marcus André Melo sobre o jogo pesado constitucional é interessante, mas não considero justo lembrar que o PT fez pedidos de impeachment no passado (“Jogo pesado constitucional”, Opinião, 20/8). O PT deixou de ser tão sectário faz algum tempo. O PT era contra o FMI também, era contra alianças etc. Não se pode ignorar a maturidade que o partido adquiriu, para o bem e para o mal.
Francis Augusto Medeiros-Logeay (Oslo, Noruega)
Eleição
A Justiça deveria proibir a divulgação de índices de pesquisa de intenção de voto envolvendo o nome de Lula, que está preso e inelegível (“Lula chega a 39%; sem ele, Bolsonaro lidera”).
Dimas Sampaio Peixoto (Salvador, BA)
Inquérito sobre doações
Prestei à PF esclarecimentos sobre trabalhos de prospecção feitos entre 2005 e 2008 em países do Magreb e na Turquia para empresa europeia do Grupo Odebrecht. Nunca tive qualquer relação pessoal ou profissional com Allende Serra. Sobre a Alstom, fui investigado na Suíça e absolvido em 2013. Não fui consultor de negócios com qualquer relação de fornecimento de bens ou prestação de quaisquer serviços, direta ou indiretamente, para o governo do estado ou Prefeitura de São Paulo, de 1994 até hoje (“Conta administrada por filha de Serra recebeu R$ 1,78 mi”).
José Amaro P. Ramos, consultor (São Paulo, SP)
Ex-diretor da Odebrecht
Sobre meu afastamento do cargo de diretor jurídico da Odebrecht S.A., esclareço que o pedido foi de minha iniciativa, e não em razão de questionamento da Folha (“Dirigente da Odebrecht sai após virar réu”). A decisão foi comunicada ao diretor-presidente em 14/8 e formalizada em carta no dia 16/8. Quanto à “contrapartida” citada em email, nada tem a ver com propina. Refere-se às condições tributárias equilibradas para as empresas, em contrapartida ao pagamento de débitos do IPI no âmbito do Refis, dado o enorme impacto do programa no setor.
Maurício Ferro (São Paulo, SP)
Prática de atividade física
Quando atribuímos hábitos de vida exclusivamente às preferências individuais do paciente, perdemos a chance de analisar criticamente todos os outros fatores (tão ou mais importantes) implicados no processo de saúde-doença, como rotina de trabalho, habitação e acesso à educação. Muitos de nós estão sim, como diz Drauzio no texto, “vivendo errado”. Mas é também nosso papel, como médicos, denunciar as condições estruturais da sociedade que os impedem de viver melhor (“O pai dos males”).
Cicero Nardini Querido, médico (São Paulo, SP)
Vitamina D
Parabéns à Folha pela reportagem sobre vitamina D, chamando a atenção para os conflitos de interesse de quem alardeia benefícios que não existem (“Médico que lançou moda da vitamina D recebeu dinheiro da indústria”). No texto “O mito da vitamina D”, já tínhamos enfatizado o cenário de fantasia que cercava o possível benefício não procedente no tratamento de doenças autoimunes. Infelizmente, essa prática ainda ocorre em certos centros médicos no país.
Morton Scheinberg, médico (São Paulo, SP)
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