'Crítica fundamentada ajuda a melhorar nossas instituições', diz secretário

Governo Temer comenta artigo do colunista Vladimir Safatle

Governo Temer

Em sua coluna "Abrindo à faca", publicada na edição desta sexta, 14 de setembro, Vladimir Safatle continua destilando seu desconhecimento sobre o governo Temer e mostra nada saber do que se passa no país.

A afirmação de que temos "um país sacudido por greves que param toda a economia" não se sustenta nem nos mais profundos devaneios do sr. Safatle. Talvez o autor do artigo queira se referir à paralisação dos caminhoneiros, que atingiu o país meses atrás. No episódio da greve dos caminhoneiros o governo federal dialogou para solucionar grave impasse social que trouxe imenso prejuízo ao povo brasileiro.

Ao fim da paralisação, tivemos um resultado de retorno à normalidade sem que tenha havido, da parte do Estado, nenhum ato de agressão ou violência contra os grevistas. O governo sempre agiu com autoridade, nunca optou pelo autoritarismo.

É risível falar em "povo em pé de guerra"; onde? Sobre o Congresso paralisado, talvez ele deva convocar seus amigos parlamentares em campanha eleitoral para debater esse ponto.

A crítica fundamentada ajuda a melhorar nossas instituições, mas a informação correta não pode omitir os fatos e atos do governo. E sem recorrer a teorias delirantes como as que se esfumam da boca do sr. Safatle.

Márcio de Freitas, secretário especial de Comunicação Social

Reposta do colunista Vladimir Safatle - Que a Presidência da República vive em um mundo paralelo não é exatamente uma novidade. Mas sequer seu secretário de comunicação ser capaz de escrever uma carta sem contradições, eis um problema ainda mais grave. Para ele, aparece como “devaneio” dizer que o país foi sacudido por greves que pararam a economia enquanto o próprio reconhece, em seu texto, que a greve dos caminhoneiros “trouxe imenso prejuízo ao povo brasileiro”. Só entre janeiro e outubro de 2017, o país conheceu 1001 greves (Fonte Dieese). Sobre a situação de guerra, todos nos sabemos que passamos por uma eleição tranquila, sem nenhuma hostilidade generalizada.

Eleições

Pergunta a cada um dos candidatos a presidente: se o seu adversário vencer as eleições, o senhor aceitará o resultado?

Luiz Cláudio Mehl, engenheiro civil (Curitiba, PR)

 

Numa época de vacas magras, causa revolta ver na TV candidatos dizendo palavras soltas, sem nenhum compromisso com a realidade cruel em que nos encontramos. Poucos se preocupam em explicar a origem dos recursos para suas mirabolantes promessas. Chega de viver no mundo da fantasia. A nação não aguenta mais essa farra com recursos públicos que poderiam ser destinados a ações nas áreas da saúde, da educação e da infraestrutura.

Rodolpho Odair Sverzutti Cava (Cafelândia, SP)

 

Respeitosa, direta e enriquecedora a reflexão de Tati Bernardi (“Eleitores de Bolsonaro, sigam-me!”). Há embasamento e dados pertinentes diante de um eleitorado reacionário à democracia e/ou desconhecedor do que seja a pluralidade de ideias. 

Orlando de Siqueira (Passos, MG)

 

Raciocínios luminosos como o do texto “Nossa democracia não está morrendo” (de Gaudêncio Torquato) fazem bem à saúde mental dos pensadores críticos, de direita, de esquerda e de centro. É preciso oxigenar o cérebro daqueles que se deixam levar pelo catastrofismo —fruto do medo ou da intolerância. Democracia, assim como aprender a nadar, só se faz praticando.

Thyrso de Carvalho Junior (Pereira Barreto, SP)


Promotores investigados

Como membro aposentado do Ministério Público, preocupei-me imediatamente com a leitura da notícia de denúncia contra candidato no período eleitoral. Achei que isso poderia ser inconveniente ao prestígio social que a instituição conseguiu a duras penas. O editorial “Sem mordaça” confirma a procedência de minha preocupação.

Jarvis Viana Pinto (Ribeirão Preto, SP)

 

Editorial lúcido e importante nestes tempos obscuros em que vivemos.

Nádia Lardo Sanchez (Botucatu, SP)

 

Todos nós temos de prestar contas de nossos atos, principalmente em uma democracia. Se estiver tudo certo nas ações tomadas, o trabalho do Ministério Público será exaltado. Porém, se for comprovado o uso político, a serviço de interesse de corrente partidária X ou Y, quem fez uso político da função pública deve ser punido exemplarmente, para que todo o trabalho da instituição não seja maculado. 

Roberto de Souza Matos Matos (Salvador, BA)


Medicamento para hepatite C

É melancólica a questão dos genéricos no epílogo da hepatite C. Retrata o amadorismo do governo atual, que, se agora faz o certo, o uso de genéricos, o faz de forma polêmica. Trata-se de uma mudança súbita e radical de postura. Necessário também dizer que inexistem números seguros de pacientes e terapias. É provável que já tenhamos tratado entre 2015 e 2016 o grosso de nossos pacientes graves, restando um contingente que mereceria, no apagar das luzes deste governo, ao menos respeito. 

Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, médico infectologista e membro do comitê técnico assessor em hepatites do Ministério da Saúde (Santos, SP)


Zona Franca de Manaus

Algumas das reflexões trazidas sobre o modelo Zona Franca de Manaus carecem de outras avaliações e pontos de vista (“Obsoleta, Zona Franca de Manaus consome R$ 24 bi em renúncia fiscal”, Mercado). A questão da renúncia fiscal, por exemplo, é uma delas: a região que compreende a ZFM, a Amazônia Ocidental e as Áreas de Livre Comércio não equivalem nem a 10% da renúncia fiscal brasileira estimada para 2018. Outras questões apontadas no artigo também já têm melhorias encaminhadas. Para conhecer na íntegra o posicionamento da Suframa, acesse https://goo.gl/LMyQqK.

Appio Tolentino, superintendente da Suframa

 


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