FHC descreve quadro preocupante, mas será difícil reverter o rumo, afirma leitor

Carta aberta do ex-presidente recebe elogios e críticas de leitores

Eleições
Raramente concordo com FHC. Contudo, desta vez, aplaudo com entusiasmo a carta aberta alertando para o risco que corre o Brasil diante da insensatez, do retrocesso e do caos que se anteveem com a vitória de Bolsonaro ou Haddad.
Vicente Limongi Netto (Brasilia, DF)

 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - Paulo Whitaker/Reuters

FHC descreve um quadro preocupante e afirma que ainda há tempo para deter a marcha da insensatez. O velho político sabe, no entanto, que será difícil reverter o rumo de agressividade e intolerância reinantes. Neste sentido, seu apelo se nivela às propostas irrealizáveis dos candidatos às quais se refere no texto. Só nos resta rezar para que, após o processo eleitoral, as forças que se digladiaram entendam a gravidade dos problemas a serem enfrentados, reúnam os cacos e entendam que, como ele próprio finaliza, a nação é o que importa neste momento histórico. 
Paulo Roberto Gotaç (Rio de Janeiro, RJ)

 

FHC está cheio de moral para para pedir aliança contra o quê? Bolsonaro já disse e repetiu que irá governar com o Congresso e que votou contra a CPMF. Se o Brasil é uma democracia, por que ele não teria o direito de governar se for eleito?
Zureia Baruch Jr (São Paulo, SP)

 

Parafraseando Reinaldo Azevedo, a elite xucra do país será devorada ao eleger um populista salvador da pátria ou um boneco ventríloquo de presidiário. Como sugere FHC, o centro seria a opção mais sensata nesse momento de tensão, mas encontrar bom senso em nossos eleitores é como achar agulha no palheiro.
Adauto Levi Cardoso (Sorocaba, SP)

 

Perfeita a afirmação de Hélio Schwartsman de que tudo indica que teremos de escolher entre dois males: um que elogia torturador ou outro que escolhe como vice um partido comunista. Essa gente sabe que estamos no século 21?
Luiz Carlos de Souza (São Paulo, SP)

 

Ilustração
André Stefanini/Folhapress

As manifestações candidato Bolsonaro produzem alertas em várias direções, causando apreensão e intranquilidade. Em caso de derrota, ameaça colocar em xeque a legitimidade do pleito. Seu flerte escancarado com a caserna ameaça trazer à cena política do país o temível e indesejável protagonismo das Forças Armadas. Irretocável o artigo “Roteiro pronto para o golpe militar”, de Marcelo Coelho. Suficiente para nos remeter a madrugadas insones.
Ines Vieira Lopes (Campinas, SP)

 

O general Mourão precisa dizer em quais evidências se baseia para dizer que famílias sem pai e avô são “fábricas de desajustados”. Como não parece se basear em dados concretos, sua fala torna-se expressão de puro preconceito e violência contra famílias de “ambientes carentes”. E mostra-se um engodo ao colocar nas “famílias dissociadas” a causa dos “problemas sociais que estamos vivendo”.
Belinda Mandelbaum, coordenadora do laboratório de Estudos da Família do Instituto de Psicologia da USP (São Paulo, SP)

 

A matéria “PM mata mulher após suposta tentativa de roubo no centro de SP” publicada pelo Grupo Folha faz uma associação de causa e efeito leviana entre o crime ocorrido e o ex-prefeito João Doria. A lógica inconsequente de quem escreveu o texto dá a entender que parte da culpabilidade do assassinato é do ex-prefeito. Construído de forma irresponsável, o texto coloca João Doria na cena do crime. Um ato imprudente, que não combina com a prática do bom jornalismo do Grupo Folha.
Leticia Bragaglia, assessora de imprensa de João Doria (São Paulo, SP)

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