Eleições
A charge de Laerte é um resgate de uma triste memória. Que sirva de alerta àqueles que fingem desconhecer a história recente do Brasil, durante os anos de chumbo.
Geraldo Tadeu Santos Almeida (Itapeva, SP)
O que estamos vendo neste momento, com a ascensão de Jair Bolsonaro (PSL), é o mais completo descrédito dos políticos que comandam este país desde a redemocratização. É um voto de protesto contra o establishment. A esquerda não deu certo, como esperávamos. Foi uma grande decepção. Paciência. Vamos ver no que vai dar esta eleição. Uma coisa é certa: se não for neste pleito, será no próximo, com certeza, que a direita assumirá o poder (“Eleição de Bolsonaro é golpe?”, de Hélio Schwartsman).
Angélica Bessa (Brasília, DF)
Como industrial, empresário e principalmente brasileiro, eu me vejo obrigado a votar em Bolsonaro. Um possível retorno do PT acabará com qualquer esperança de uma volta da nossa indústria, já tão bombardeada por produtos chineses. Para a criação de empregos, a indústria precisa sobreviver.
Carlos Sampaio Freitas (São Paulo, SP)
Vários são os movimentos contrários a Bolsonaro, que representa o atraso completo. O fato de termos tido governos corruptos não justifica irmos para uma aventura à idade das trevas. A democracia é um conjunto de experiências, que leva sempre ao aprimoramento (“Primeiro soluço”, de Bruno Boghossian).
Jonas Santiago (São Paulo, SP)
Ótima análise sobre o que é o bolsonarismo (“Não é o que parece”, de Pablo Ortellado). Gostaria muito de saber o que o autor pensa sobre o lulismo, que, na minha opinião, também não é mais o que parece há muito tempo.
Dina Elisabete Uliana, bibliotecária (São Paulo, SP)
Muito racional e elucidativo o texto de Gregorio Duvivier (“O campo democrático sou eu”). O PT cometeu erros, mas aceitou as derrotas nas urnas em 1994 e 1998. Ao contrário do PSDB, que, ao não aceitar a derrota em 2014, acabou criando Bolsonaro. Querer forçar uma terceira via neste momento é uma forma disfarçada de não deixar um candidato em prol dos mais excluídos ter chances de ganhar as eleições.
Pedro Valentim (Bauru, SP)
Se a questão é respeitar o voto da população, lembremos que a maioria não quer nem Bolsonaro nem o PT, mas pode se deparar com esse dilema no segundo turno: escolher entre dois males. Nesse contexto é justo buscar uma saída respeitando as regras do jogo democrático, para evitar um desastre.
Rineu Santamaria Filho (Lauro de Freitas, BA)
Acho certo a Folha não apoiar um candidato. No entanto, acho que o jornal deveria se posicionar editorialmente contra o autoritarismo e o perigo que a candidatura do capitão reformado representa (“Para 87%, Folha deve manter princípio de não apoiar candidato”). A democracia é um valor supremo e ela está em jogo nestas eleições.
Carlos Gueller (São Paulo, SP)
Incêndio no Museu Nacional
Só faltou o reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Roberto Leher, afirmar que hidrantes com água seriam caprichos burgueses, nas suas enviesadas explicações sobre o incêndio no Museu Nacional. É fato que a sua gestão entrou para a história no dia 2 deste mês (“Pequeno círculo de poder celebrou em seu íntimo o fogo no Museu Nacional”).
Márcio Camargo Ferreira da Silva (São Paulo, SP)
Roberto Leher dedica-se a atacar de forma genérica um “pequeno círculo de poder” sem explicar do que ou de quem se trata —pessoalmente não conheci ninguém que celebrou o fato. O reitor exime-se de críticas à sua gestão, desfiando um elenco de medidas que “seriam tomadas”, só que não... Em meio a várias expressões eruditas, faltou a palavra “accountability”. Ao que parece, mais uma vez a responsabilidade é de ninguém.
Benjamin Wainberg (São Paulo, SP)
Gasolina
Pobre não consegue mais usar gasolina (“Pobre não usa gasolina para imposto ser revisto, diz secretário do Tesouro”). Quem desconhece a periferia de grandes cidades e o interior não sabe da importância do veículo de um amigo ou conhecido, usado por muitos e mantido com sacrifício. O transporte público apresenta baixa cobertura e eficiência em algumas dessas áreas.
Wagner Santos (Ribeirão Preto, SP)
Proteção a crianças
Meus cumprimentos à Luciana Temer pelo texto (“A decisão do STF de considerar ilegal a educação domiciliar foi correta? Sim”). A violência sexual frequentemente ocorre dentro de casa, em um ambiente em que a criança deveria, supostamente, se sentir protegida. Como o lar é um espaço privado, a criança e o que ocorre na casa estão envolvidos numa atmosfera de segredo familiar e social. Nessas situações, é comum que a violência seja mantida em segredo. Na maioria das vezes a escola constitui o único local de revelação e proteção, quando se trata de familiares agressores.
Itamar B. Gonçalves (São Paulo, SP)
Alberto da Costa e Silva
Sentia-me, como expressiva parcela da população brasileira, entristecida, sem perspectiva de ver um horizonte anunciando mais luz e menos tempestade. A leitura do texto “O esplendor do mundo”, do historiador e poeta Alberto da Costa e Silva, maravilhosamente bem escrito, restituiu-me a certeza de que ainda há sensibilidade e esperança neste conturbado universo.
Zenilda Nunes Lins (Florianópolis, SC)
Michel Temer
A respeito da reportagem “Temer é ausência no jantar oferecido por Trump a líderes em Nova York”, ao contrário do que o texto sugere, esclarecemos que a representação do Brasil na ONU recebeu convite endereçado ao presidente Michel Temer para evento com a presença do presidente Donald Trump. No entanto, declinou do encontro.
Márcio de Freitas, secretário especial de comunicação social da Presidência da República
Nota da Redação - A reportagem não fez menção ao motivo da ausência de Temer no jantar. A assessoria do presidente, quando procurada, confirmou à Folha que ele não compareceria ao evento, mas não informou a razão.
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