'Será um desastre se Haddad ganhar, será um cataclismo se Bolsonaro ganhar', diz leitor

À frente nas pesquisas, presidenciáveis do PT e do PSL podem disputar segundo turno

Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), candidatos à Presidência da República
Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), candidatos à Presidência da República - Fotos Adriano Machado e Rodolfo Buhre/Reuters

Eleições

A colunista Mariliz Pereira Jorge expôs com clareza o diagnóstico sobre o comportamento do PT (“O PT não aprende”). Ao fingir que nada houve, alimentar uma falsa perseguição a Lula e a outros da legenda, como se tudo fosse um complô da elite contra o povo, o partido deixou de fazer autocrítica e desacreditou toda a esquerda. Com isso, possibilitou que a extrema direita assumisse a bandeira anticorrupção e a de um moralismo com cheiro de intolerância. Deu nisso aí. 

Luiz Antonio F. Gonçalves (Santos, SP)

 

Na abertura da Copa do Mundo no Brasil, a torcida, em parte da classe média, fez xingamentos terríveis a uma presidente eleita, diante de autoridades estrangeiras. E, com suas passeatas, a classe média conseguiu um “impeachment”, que, sinceramente, não vejo como ajudou o país. Então, se a classe média está cansada da esquerda, o Brasil está a pedir a essa classe social que estude e considere o país em suas dimensões totais.

Luiza Ferraz, socióloga (São Paulo, SP)

 

Desde FHC, sempre votei no PSDB. Mas, neste ano, estou considerando votar em outros partidos e não estou me sentindo nem um pouco culpado por isso. A culpa é única e exclusivamente do próprio partido, pelos erros históricos que cometeu, entre os quais o de se aliar a Michel Temer, cria petista. Além disso, houve a aliança de Geraldo Alckmin com o centrão, e João Doria abandonou a prefeitura com 15 meses no cargo. Hoje, estão apenas colhendo o que plantaram.

Humberto Sanchez (Araçatuba, SP)

 

Excelente o texto “Para o mercado, o ideal é Pinochet”, de Marcelo Coelho. Será um desastre se Fernando Haddad ganhar. Será um cataclismo se Jair Bolsonaro ganhar. A verdade é que todos os brasileiros já perderam, independentemente de quem ganhar.

Levy Henrique Bittencourt Neto (Londrina, PR)

 

Os dados que apresentei no texto “Um senador para SP e para o Brasil” são de fontes oficiais sobre gastos. Ricardo Tripoli desconsiderou gastos efetivos da União no estado de SP. Além dos R$ 37 bi em transferências, chegam a SP R$ 3 bi em gastos diretos da União, R$ 12 bi em contratos, R$ 7 bi em transferências de renda, R$ 49 bi em convênios e R$ 131 bi em benefícios da Previdência que somam, ao todo, R$ 240,2 bi. É importante lutar por mais recursos como fiz e farei no Senado, se eleito.

Eduardo Suplicy, vereador em São Paulo pelo PT e candidato ao Senado


Ex-diretor da Dersa

Sobre a reportagem (“Procuradoria recusa acordo que cita propina a Paulo Preto”), a PGE esclarece: a) a minuta final não identificava agentes públicos; b) a empresa envolvida declarava ter praticado cartel sem causar prejuízo ao Estado; c) a hipótese de cartel benigno mostrou-se inaceitável para o Estado, que estima prejuízo muito superior ao valor que a empresa pretende devolver em oito anos; d) a PGE, integrada por profissionais de carreira, é órgão técnico de defesa do Estado, não se pautando por circunstâncias eleitorais.

Sylvio Montenegro, assessor de imprensa da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo


30 anos da Constituição

De fato, nossa Lei Maior trouxe a maturidade institucional que o país tanto clamava após sucessivos e turbulentos períodos de instabilidade social e política (“Constituição, 30”). Apesar de avanços, especialmente na seara dos direitos e garantias individuais, e tendo na dignidade da pessoa humana um de seus mais admirados fundamentos, nossa Constituição se vê novamente ameaçada por ambos os lados da ferrenha e insensata polarização que dividiu a nação, cada qual com propósitos ainda não claramente compreendidos. 

Gustavo Rogério (Limeira, SP)


Univesp

Diferentemente do que afirma o texto “Gestão Márcio França amplia cursos a distância, mas não contrata professor”, a Univesp informa que houve equívoco no jornal ao relacionar a seleção de supervisores e mediadores com os professores, quadro 100% completo, formado por doutores da USP, Unesp, Unicamp e Fatec. A Univesp reitera que essa nova função de apoio foi criada pela atual diretoria. Neste período eleitoral, há restrições para contratar profissionais. Após este, o chamamento será retomado.

Fernanda Gouveia, presidente da Univesp

Resposta do jornalista Rogério Gentile - Não há equívoco. Os cursos estão em andamento com déficit de 30 supervisores e 340 mediadores, que desempenham, sim, o papel de educadores, orientando alunos e atuando nos processos de avaliações.


Escola Móbile

A carta reproduzida na coluna de Contardo Calligaris, intitulada “A família e a escola”, publicada na Folha nesta quinta-feira (4), foi uma iniciativa de poucos alunos e que circulou apenas em grupos de WhatsApp, sem a participação da escola na elaboração ou aprovação de seu conteúdo. A escola defende e pratica uma educação laica, apartidária, democrática e que dialoga com a pluralidade de ideias.

Wilton Ormundo, diretor pedagógico da Escola Móbile


Judiciário

Cito dois trechos do artigo “Pureza fatal”, do ministro Ricardo Lewandowski, que convidam a uma reflexão: aqueles que “no exercício do poder ou de uma parcela dele, se arrogam o papel de paladinos da virtude”; “embora não conste que tenha sido subornado, terminou corrompido pela soberba e vaidade”. Ambos podem expressar o conceito de parcela da população a respeito de parte dos integrantes do STF. Lamentavelmente.

Juan Manuel Villarnobo Filho (Santos, SP)

 

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) pediu ao juiz  Sergio Moro explicações sobre a divulgação de parte da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci a seis dias do primeiro turno da eleição.  Até quando o Judiciário deixará que juízes permaneçam atuando como cabos eleitorais, claramente tentando influenciar as pesquisas e o eleitorado?

Manoel Messias Borges de Araujo Filho, engenheiro eletrônico (Rio de Janeiro, RJ)

 

Gostaria de parabenizar a Folha por agir no melhor espírito jornalístico ao abrir espaço para opiniões diversas e lutar judicialmente pela autorização para entrevistar o ex-presidente Lula durante sua prisão. O ministro Luiz Fux, do Supremo, cometeu um ato de censura prévia.

Lenilson de Mello, historiador (Rio de Janeiro, RJ)

 

Parabéns, ministro Dias Toffoli. Está demonstrando pulso firme. O STF será moralizado nesta gestão (“Presidente do STF reafirma censura de entrevista de Lula”).

Rubens Roberto Habitzreuter (Curitiba, PR)



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