É dinheiro na cueca, é dinheiro na meia, é dinheiro na privada. Quanta vergonha!, diz leitor

Recursos, outrora limpos, saíram do bolso do contribuinte

Operação Capitu

A justificativa para a denominação da mais recente e espalhafatosa operação da Polícia Federal (“Delatores da JBS e vice-governador de Minas são presos em operação da PF”, Poder, 10/11) deixa patente que seus integrantes leram no máximo a orelha de “Dom Casmurro”, de Machado de Assis. Num lance digno das artimanhas do autor, o quiproquó poderia ser tomado como revelador do modus operandi da instituição, bem como da Justiça Federal e da Procuradoria Geral da República: sobra convicção e faltam provas materiais.  
Dimitri Pinheiro (São Paulo, SP)

O advogado Mateus de Moura Lima Gomes, apontado como principal operador financeiro de Andrade e cujo escritório participou do esquema de lavagem de dinheiro, chegou a jogar dinheiro no vaso sanitário na tentativa de esconder provas da PF. Ele foi vice-diretor da Cemig
O advogado Mateus de Moura Lima Gomes, apontado como principal operador financeiro de Andrade e cujo escritório participou do esquema de lavagem de dinheiro, chegou a jogar dinheiro no vaso sanitário na tentativa de esconder provas da PF. Ele foi vice-diretor da Cemig - Divulgação/PF


 

É dinheiro na cueca, é dinheiro na meia, é dinheiro na privada, é dinheiro voando pela janela. Certo que, em sendo vilões a se espojarem no vil metal, nada de edificante se pode esperar. Mas esses meliantes poderiam ser menos desavergonhados e respeitar mais o que a bandidagem de alto coturno chama de “recursos”, na verdade dinheiro, que, embora sujo por imundas mãos, outrora foi limpo: saiu do parco bolso do contribuinte, esse pobre cristão que está a apertar o cinto para salvar o panetone do Natal. Quanta vergonha!
Joaquim Quintino Filho (Pirassununga, SP)


Colunas

O obituário “Professor Renato, o erudito livreiro de Belo Horizonte” (Cotidiano, 8/11) faz uma referência à crônica “Sebos no meu caminho”, de Ruy Castro (Opinião, 4/11). Observo que tem sido cada vez mais frequente colunistas citarem colegas do próprio jornal. Como leitor, encaro este fato como muito positivo, pois fico estimulado a acompanhar colunas que eventualmente não haviam chamado a minha atenção e gratificado por confirmar que o jornal também é lido por quem o faz.
Márcio Augustus Ribeiro (Vinhedo, SP)


 

Mario Sergio Conti (“Gentileza gera gentileza”, Ilustrada, 10/11) foi conciso na sua explanação. Uma leitura do texto, quando se aproxima o Natal, poderia simbolizar novos tempos, não tão sombrios. O mundo e o país merecem longo processo de conversão das gentes, instituições que muito falam em coisas divinas, mas que o agir com coração permanece à distância. Lutero deu uma chacoalhada, há mais de 500 anos, na Igreja Católica... e hoje, pertinente também, nas igrejas, onde o evangelismo atrasa “a vida e a vida em abundância”.
José Orlando de Siqueira (Passos, MG)


Envelhecimento

“Aos 80”, de Anna Veronica Mautner (Tendências / Debates, 9/11), é um texto consistente acerca do viver e envelhecer. Penso que viver é ter gratidão. Ser grato aos pais que nos deram a vida, aos amigos que dão a alegria do convívio, à família que dá o acolhimento, a todos que fazem parte dos nossos encontros, estejam onde estiverem. Ser grato é saber amar. Existir é ter gratidão. Gratidão não tem idade nem se submete ao tempo. 
Moyses Akerman (Rio de Janeiro, RJ)


Fim da 1ª Guerra Mundial

11.11.2018. Cem anos do armistício que encerrou a maior parte dos combates da 1ª Guerra Mundial. Meu avô e outros parentes lutaram nela. Dela sempre se falou, obsessivamente em minha família. Produziu incontáveis desgraças, além das infinitas mais engendradas por ela. Que passados cem anos esse ciclo de dor se considere encerrado. E que os que por causa dela padeceram descansem em paz. Porque paz não tiveram em vida. 
Paulo Mantey Domingues Caetano (São Paulo, SP)


Governo Bolsonaro

É sensacional o editorial “Embaixada polêmica” (Opinião, 7/11) sobre a provocação de Bolsonaro ao mundo árabe e islâmico. O pior é seu programa político falar de Israel como democracia importante que não deve ser desprezada. Quem escreveu isso esqueceu que em Israel há 2,5 milhões de árabes privados de todos os diretos essenciais. 
Nagib Nassar, professor emérito da UnB (Brasília, DF) 

 


 

Analisando o perfil do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, dá para dizer que ele irá se adaptando conforme o andar das coisas, sem uma noção clara do que fazer. Suas ideias sobre Previdência não funcionam a longo prazo, e o resto (política fiscal, privatizações e reformas) dependerá do que o Bolsonaro realmente quer fazer —o que acho que nem ele sabe.
Rafael Alberti Cesa (Caxias do Sul, RS)


 

Acho que a intenção da Folha é desastabilizar a Presidência, afrontando o presidente eleito, tachando-o de “capitão”. Percebe-se claramente que o objetivo da Folha é denegrir, diminuir, subestimar, discordar, criticar aquele que obteve mais de 50 milhões de voto e é querido pelo povo brasileiro.
Walter João Chessa (São Paulo, SP)


Previdência

Nelson Barbosa, em “Previdência e capitalização” (Mercado, 9/11), faz ataque ao regime de capitalização e defesa apaixonada ao regime de repartição. Ainda que o regime de repartição permita aposentadorias mais vultosas, como ele defende, infelizmente num país com o deficit insustentável que tem o Brasil e com a população cada vez mais envelhecida, o sistema de repartição não será mais que uma peça de ficção, e as idades de aposentadoria terão que ser postergadas a tal ponto que ninguém mais irá se aposentar. A defesa do colunista não passa de populismo barato. Ou uma desconexão com a realidade.
Luiz Daniel de Campos (São Paulo, SP)


Lei Rouanet

É evidente que o financiamento público de atividades culturais e artísticas é imprescindível em um país de elevado grau de ignorância. O problema é que existe um sentimento generalizado de que artistas que apoiam o PT têm preferência nos seus projetos. Cabe às autoridades atuarem melhor na transparência dos financiamentos. Coisa que, no Brasil, ainda engatinha.
Adilson Roberto Meneghelli  (Porto Velho, RO)


 

Eu prefiro que o dinheiro vá para saúde, educação e saúde em vez de ir para orquestras.
Vicente Valcarcel (Rio de Janeiro, RJ)


 

Patrocínio é bom e recomendável mas por tempo limitado, até que a atividade patrocinada crie volume sustentável. Depois, precisa ser encerrado. A Lei Rouanet hoje é um desperdício de dinheiro público.
Rubens Ferreira (São Paulo, SP)

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.