Mais Médicos só serviu a interesses ideológicos e partidários, afirma leitor

Professor da FMUSP comentou sobre o fim do programa com médicos cubanos

MAIS MÉDICOS

A mortalidade infantil aumentou nos últimos anos. A mortalidade materna, idem. Com a cobertura vacinal menos abrangente, ressurgiram o sarampo e outras enfermidades evitáveis. O Brasil congrega 1/3 dos casos de tuberculose das Américas. A vinda de médicos estrangeiros inabilitados profissionalmente não mitigou o flagelo da desassistência a que os mais humildes continuaram a ser submetidos, e o Mais Médicos, tal como foi concebido, só serviu a interesses ideológicos e partidários.
Paulo T. Maluf, professor livre-docente em pediatria da FMUSP (São Paulo, SP)

 

Já se conhecia o “choro de perdedor”. Jair Bolsonaro acaba de criar o choro do vencedor, ao reclamar que a repercussão negativa com o fim do Mais Médicos se deve à imprensa. Nos próximos seis meses, a imprensa deve investigar, em vários municípios, se os médicos cubanos farão falta ou não. Pelo bem da população pobre, é melhor estarmos enganados.
Antônio Carlos Moreira (Guarulhos, SP)

 

Ao ler sobre o Mais Médicos sempre me pergunto por que negar o Revalida. A falta de qualidade é inegável. Sobre a premissa da falta de médicos, devemos submeter nossa população —normalmente a menos assistida— ao atendimento destes pseudomédicos?
Eduardo José Prado (Mococa, SP)

 

São presunçosas e hipócritas certas opiniões acerca do programa Mais Médicos. A despeito das falhas do programa e da subserviência dos médicos cubanos ao governo de seu país —o que, cá entre nós, é problema deles—, o fato é que muitos, nos rincões miseráveis do Brasil, deixarão de ter assistência médica e, consequentemente, sofrerão com isso.
Leandro Veiga Dainesi (Lorena, SP)

 

Sobre o artigo “Muito Mais Médicos”, de Marcelo Crivella, tudo nos leva a crer que a aprovação da PEC 77 seria a melhor solução para o problema, ao menos momentaneamente, defendida “por um vulto de sinceridade, de honestidade e bravura”. A população brasileira merece uma grande melhoria nos serviços de saúde.
José Lahor Filho (Uberlândia, MG)

 

José Simão ficou emocionado com o surto humanitário de Bolsonaro  com os médicos cubanos (“Brasil! Muito Mais Médicos”). Só mesmo o chargista, o humorista ou o psicanalista, às vezes, conseguem captar e mostrar o ridículo de nós, humanos, especialmente dos donos do poder e do dinheiro. Fica a esperança de sobrar um pouco desse surto em prol dos brasileiros sem médicos, cubanos ou brasileiros, pouco importa, com ou sem Mais Médicos. 
Tilden Santiago (Contagem, MG)


LIVROS

No editorial “Lobby do livro” (Opinião, 16/11), sobre a lei do preço fixo (justo!) do livro, não foi mencionado que o Grupo Folha é parte interessada (Publifolha e Livraria da Folha). O assunto gera polêmica, mas não esqueçamos que mercado livre é mercado com regras claras e justas para todos. Não podemos fechar os olhos para a gigante mundial Amazon, que tem práticas muito pouco claras. Lutemos por um mercado em que todos possam oferecer as melhores condições ao consumidor, sem esquecer das remunerações necessárias a toda a cadeia produtiva.
Benjamin Magalhães, livreiro (Rio de Janeiro, RJ)


GOVERNO BOLSONARO

O governo eleito ainda não assumiu e já causa uma série de contratempos ao país. Por trás de uma fumaça ideológica de salvar o país da esquerda, inventou-se um viés supostamente neutro, mas trata-se de um governo de extrema direita. A indicação do novo chanceler que tem opiniões delirantes irá produzir uma catástrofe para o país e consequências sérias no comércio exterior e no desemprego.  
Manoel Messias Borges de Araujo Filho (Rio de Janeiro, RJ)

Impressionante a esperteza dos petistas em encontrar uma válvula de escape para seus atos de corrupção se comparando aos demais. O ex-ministro da Justiça afirma que “a corrupção não nasceu agora no Brasil” (“Moro deveria ter feito quarentena ética antes de ir para Executivo, diz Cardoso”). Ou brincam com a nossa inteligência ou acreditam mesmo que o sistema deve continuar do jeito que está. Fico com a segunda opção. 
Julio Cesar Martins (São Paulo, SP)

 

Transcrevo as palavras da ombudsman em “Caixa dois não tem recibo”: “Avalio importante e necessária a reportagem sobre o impulsionamento ilegal em favor de Bolsonaro. É apuração difícil, que, com meandros obscuros a desvendar, abre um caminho rico a ser explorado. No entanto, entendo que o jornal falhou na forma narrativa de apresentá-la ao leitor”. A Folha deveria, no mínimo, pedir desculpas —não a Bolsonaro, mas aos brasileiros que acreditam nele.
Zureia Baruch Jr (São Paulo, SP)


COLUNISTA
O colunista Marcos Lisboa foi na veia: a metafísica e a sociologia de botequins da Barata Ribeiro estão dando o tom do debate nacional. 
Denise Teixeira (São Paulo, SP)

 

A briga de comadres, entre economistas ortodoxos e heterodoxos, não agrega nada. Se focasse nas razões de as medidas ortodoxas implementadas nos últimos anos não terem funcionado a contento, seria muito mais interessante.
Pedro Vasconcelos (Brasília, DF)


CASAGRANDE
Dependente químico em recuperação, aprendi que somos treinados para olhar os defeitos dos outros, mas, quando colocamos princípios e valores acima das personalidades, entendemos que a vida nos apresenta sua leveza e o conceito de humildade nos levará a quem nós somos, à nossa verdade e ao nosso real tamanho (“‘O Brasil está numa crise de ídolos’, afirma o ex-jogador Walter Casagrande”).
Sergio Santos (São Paulo, SP)


EDUCAÇÃO
A aula é uma caixa preta que ninguém quer abrir. Por isso, cada um imagina o que quer (vide Escola sem Partido). Meus colegas de esquerda nunca foram além de pregar para convertidos, e os de direita nunca precisaram pregar nada. Nunca consegui convencer um aluno a ser mais humano ou tolerante. 
Phaedra de Athayde, professora (São Paulo, SP)


STF

O Supremo Tribunal Federal precarizou o trabalho assalariado com a terceirização ampla e agravou ainda mais a situação dos aposentados ao derrotar a desaposentação, mas em benefício próprio os ministros do STF aumentaram seus salários e ainda mantêm o vergonhoso auxílio-moradia.
Jason César de Souza Godinho (Santos, SP)


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