Repetir em democracia superpoderes de ministros da ditadura pode ser aposta de risco, diz leitor

Leitores também repercutem textos de colunista, principalmente Ruy Castro, sobre sebos de livros

Superministros

Delfim Netto, quando ministro plenipotenciário na ditadura militar, decidia diretamente do seu gabinete. Repetir a experiência em democracia com um economista inexperiente em gestão pública tendo que se sujeitar às pressões de um parlamento é aposta de alto risco. 

Luís Roberto Ferreira (Santos, SP)


Estado laico

Estado laico não é estado ateu. Até no preâmbulo da Constituição consta que estamos sob a proteção de Deus. O que o presidente eleito tem feito é se manifestar conforme suas convicções cristãs, enquanto outros o fazem por ideologias.

Marcos Aurelio Moura (Ipatinga, MG)


Democracia

Em Tendências / Debates, Guilherme Boulos e Maílson da Nóbrega deixam claro que temos vários lados, e todos merecem respeito. As preocupações existem porque somos dependentes do governo. É um erro que precisamos mudar extinguindo empresas públicas, adotando o parlamentarismo e refazendo o pacto federativo.

Ronan Botelho (Londrina, PR)

 

É assustadora a capivara verborrágica de Jair Bolsonaro, resumida por Maílson da Nóbrega, e é indiscutível que, por si só, ela sinaliza tempos sombrios. Apesar disso, a solidez das instituições brasileiras não permitirá a concretização das ameaças à Constituição.

Josenir Teixeira (São Paulo, SP)

 

As manifestações de juristas em relação ao posicionamento do presidente recém-eleito merecem reflexão. Afinal, o adversário teve também votação expressiva. É preciso que os mais diferentes segmentos sociais assumam o papel de promover debates e, sobretudo, de buscar paz e desenvolvimento.

Uriel Villas Boas (Santos, SP)

 

Triste nação que elege para presidente um político que diz que vai fuzilar oponentes e que deve-se matar trinta mil e, se morrerem inocentes, tudo bem. Que estica dedinhos de crianças em seu colo, simulando na mão delas uma arma de fogo. Todo bom político deveria ser humilde e reconhecer erros.

Célio Borba (Curitiba, PR)


Liberdade de imprensa

Aos amigos do futuro presidente da República que ainda não sabem o que comprar para presenteá-lo em seu aniversário, tenho uma sugestão: a assinatura da Folha. Ele precisa com urgência se acostumar ao debate fecundo e respeitoso de ideias.

Pedro Filipe de Assis Anversa (Bruxelas, Bélgica)

 

Atualmente sou leitora de parte do jornal, pois grande parte dele se dedica a guerrear o futuro presidente com temas irrelevantes. Sinto-me testemunha de um bate-boca de vizinhos: desagradável, barulhento e inóxio. Peço que a Folha guarde energia para após 1º de janeiro. Aí sim, por meio de jornalismo investigativo e sério, estará cuidando dos interesses de nós, brasileiros.

Silvana Lima Górniak (São Paulo, SP)


Estatuto do Desarmamento

A revisão do Estatuto do Desarmamento pode ser periférica no combate à criminalidade, mas corrige injustiças. Por que as pessoas devem ser largadas à própria sorte? Civis portando armas, cadastrados e com treinamento não devem ser vistos como um risco, mas como fator de segurança.

José Maria Santarem (São Paulo, SP)


Enem e educação

O próprio Inep manipulou os alunos na internet ao divulgar, nas últimas semanas, publicações em diferentes variantes linguísticas nacionais, levando-os a pensar que este seria o tema da redação do Enem. Eram “fake” e serviram para antecipar a proposta deste domingo.

Maria de Lourdes Matos (Itajubá, MG)

 

O ponto fraco do Brasil é a educação. O país é famoso por péssimas classificações nos rankings, do ensino fundamental ao universitário. Que tal ter como ministra alguém como Cláudia Costin, coordenadora de grupo sobre o tema na FGV e ex-diretora do Banco Mundial? Ou contratar uma consultoria da Finlândia? Se podemos trazer médicos de Cuba, por que não importar solução para nossa educação?

Jorge A. Nurkin (São Paulo, SP)


Colunistas

O colunista Samuel Pessôa mostra o deslumbramento da direita. Põe em xeque fatos históricos a fim de recontá-los à sua maneira. Próprio de ditaduras. Está “fora da casinha”.

Mário Nogueira Neto (Ponta Grossa, PR)

 

Fiquei triste ao saber pela coluna de Ruy Castro que o “professor” Renato abandonou nosso mundo. Quando me mudei para Belo Horizonte, em 2012, fiquei sabendo por blogs que o Edifício Malleta era o reduto dos livros e ácaros da cidade e que a Assumpção Livreiros era referência. Grande perda.

Gustavo Pereira (Belo Horizonte, MG)

 

Ruy Castro nos brinda em “Sebos no meu caminho”. A bela crônica completa a reportagem de Eduardo Moura, “Página infeliz”, sobre a dinâmica da política cultural e o fechamento de livrarias. Livros, se não lê-los, como sabê-los?

Adilson Roberto Gonçalves (Campinas, SP)

 

Em “Vozes das trincheiras”, Demétrio Magnoli diz que os convites à resistência “evidenciam profunda ignorância do significado da democracia”. No mesmo dia, a Folha noticiava que eleitores de Bolsonaro foram expostos a notícias falsas. O articulista nos faz acreditar que “democracia” se reduz ao direito de votar e ser votado.

Márcio Túlio Viana (Poços de Caldas, MG)

 

Em seu artigo “A revolta dos oprimidos”, Hélio Schwartsman menciona que cientistas políticos vêm associando ondas de populismo à arrogância das elites. As democracias funcionam quando o povo, independente de ideologias, tem saúde, educação e emprego. Tudo bem simples.

João Henrique Rieder (São Paulo, SP)

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