Auxílio-mudança
O controle interno da Câmara é ruim. Merece ser submetido a uma auditoria independente para verificar esse tipo de benefício e criar uma cultura de governança corporativa (“Presidente recebeu R$ 33,7 mil de auxílio-mudança da Câmara”). O dinheiro público sempre foi desperdiçado. O presidente Jair Bolsonaro está com a palavra. Já que foi pago, ele deveria fazer uma doação.
Fernando S. da Silva (São Paulo, SP)
Bolsonaro deveria devolver o valor, a título de legitimar o discurso que o elegeu. Se não o fizer, será um erro. Independentemente disso, a fonte do problema tem de ser suprimida. O regulamento da Câmara, ao menos nesse ponto, é imoral.
Dalton Matzenbacher Chicon (Florianópolis, SC)
Tuítes
Meu saudoso pai me dizia em tom de brincadeira que, se você não está conseguindo resolver os seus problemas, a solução é inventar um problema novo, imaginário, e resolvê-lo. Aí você volta a ser feliz. O governo eleito leva a sério essa ideia. O presidente, que ainda não desceu do palanque, vive tuitando contra inimigos abstratos. Tuitar é preciso, governar não é preciso.
Manoel Messias Borges de Araujo Filho, engenheiro eletrônico (Rio de Janeiro, RJ)
Sugestões
Jair Bolsonaro deveria pedir aos seus assessores que prestem mais atenção nas ótimas dicas que estão sendo veiculadas todos os dias por seus “inimigos”. Na edição de terça (15), por exemplo, Hélio Schwartsman (“A gente capota, mas não freia”) e Maria do Rosário (“Tratar de direitos humanos requer responsabilidade”) dão ótimas dicas para um bom governo. Cuidado com os amigos e puxa-sacos, presidente. Eu votei no senhor.
Jaime Pereira da Silva (São Paulo, SP)
Carta aberta
Benjamin Moser, autor da excelente biografia “Clarice”, traduz o sentimento das pessoas embasbacadas, atônitas, assombradas, boquiabertas a cada declaração aparvalhada de Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores do “governo Bolsonaro”. O jornalista norte-americano mostra conhecer muito mais de Brasil do que o chanceler “olavete”. Parabéns pela carta aberta. Vale a leitura (“O Brasil visto de fora”).
Vera Jock Piva (São Paulo, SP)
O texto de Moser deveria ser amplamente divulgado para proporcionar a todo cidadão brasileiro o conhecimento e uma análise ampla do que pensa e das intenções do ministro das Relações Exteriores.
Luiz Garcia (Rio de Janeiro, RJ)
Homeopatia
Como relatado em recente debate neste jornal (“A homeopatia tem eficácia comprovada cientificamente?”), a Câmara Técnica de Homeopatia do Cremesp publicou em 2017 um dossiê que descreve as principais linhas de pesquisa em homeopatia, englobando centenas de estudos que fundamentam os pressupostos homeopáticos e demonstram a eficácia da homeopatia perante o placebo em modelos in vitro, em plantas, em animais e em humanos. “Pseudocientista” é quem despreza esse irrefutável corpo de evidências (“Alerta máximo contra as pseudociências”, de Marcelo Knobel e Carlos Orsi, Tendências / Debates, 16/1).
Marcus Zulian Teixeira, médico homeopata e pesquisador da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo, SP)
Violência a ser combatida, para mim, são a existência de 12,2 milhões de desempregados, a evasão em massa de estudantes do ensino médio e o tratamento desumano a pessoas em hospitais públicos. Mas o novo governo deu prioridade a flexibilizar a posse de armas. Continuo esperando por ações para os verdadeiros problemas do país.
Francisco Eduardo Britto (São Paulo, SP)
A flexibilização da posse de armas evidentemente não é uma solução para a segurança pública. No entanto, corrige uma afronta aos direitos individuais. Se as forças de segurança não podem ser onipresentes, como pode o Estado negar às pessoas o básico direito de autodefesa? Que leis rígidas disciplinem a capacitação técnica, o porte e o uso indevido.
José Maria Santarem, médico, professor, empresário e atirador esportivo (São Paulo, SP)
Pesquisa indica que a maioria da população é contra a posse de armas. Já estudos apontam que mais armas não contribuíram para a redução da violência, pelo contrário. Assim, considerando critérios de bom senso, racionalidade e pragmatismo, essa flexibilização jamais seria implantada. Infelizmente, governos com forte viés ideológico, tanto de esquerda como de direita, não consideram esses critérios ao tomar decisões. E no final quem paga a conta é a população.
Ricardo Joaquim Barbosa (São Paulo, SP)
O que é preferível: um presidente que tem ou um que não tem muita ideia do que está fazendo? Depende da ideia.
José Maria Alves da Silva (Viçosa, MG)
‘Brexit’
Assim como brasileiros, britânicos votaram com o fígado. Aprovaram o “brexit” sem pensar direito nas consequências e depois viram a besteira que fizeram. Agora estão nesse impasse. Um dia o pessoal aprende (“Parlamento britânico rejeita acordo do ‘brexit’ em derrota histórica para May”).
Marcelo Bondioli (Pindamonhangaba, SP)
Fotografias
A figura da “atriz” que aparece estampada na página C4 da Ilustrada desta quarta-feira (16) causa ânsias de nojo. A Folha deveria selecionar melhor as fotos que publica. Taras de supostos artistas deveriam ficar no lugar de onde vieram: o esgoto.
Teresa Fernandez (Belo Horizonte, MG)
Após a última reforma gráfica, as fotos da Folha aumentaram em tamanho e qualidade, e isso melhorou o jornal. Por outro lado, as imagens de má qualidade se sobressaem. As fotos ruins, escolhidas com má-fé jornalística, como a figura de Jair Bolsonaro “manchada” de vermelho em Poder nesta quarta-feira (16), ficam tão evidentes que chegam a ser uma ofensa aos olhos do leitor.
Joaquim Castrillon (Campinas, SP)
Charges
Em um momento político tão quente e rico para os chargistas, é uma pena que as charges publicadas na página A2 estejam tão sem graça, óbvias, pobres até. Já foi bem melhor.
Ana Claudia Galvão Galrao (São João del Rei, MG)
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