'Brasil precisa de menos conversa e ideologia e de mais trabalho', diz leitor

Advogado elogia o ministro da Economia, Paulo Guedes

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Imposto
Seria recomendável agora que qualquer manifestação pública do presidente Bolsonaro a respeito de questões econômico-financeiras de relevante interesse nacional fosse precedida de obtenção de consenso na sua equipe econômica —integrada, por sinal, por alguns economistas de reconhecida competência.

Luiz Carlos Tanaka (Brasília, DF)


O presidente Jair Bolsonaro - Pedro Ladeira/Folhapress

Políticas públicas
Presidente, quer defender as famílias? Então concentre-se nas políticas públicas no campo da saúde, da educação, da segurança, do trabalho, para garantir as condições fundamentais de preservação delas. Não se preocupe tanto com os discursos moralistas e normatizadores. E não se esqueça: a família brasileira é múltipla, diversa como as culturas que nos compõem, resultante de processos históricos violentos que os jovens processos de democratização aos poucos e com dificuldade procuram transformar.

Belinda Mandelbaum
coordenadora do Laboratório de Estudos da Família do Instituto de Psicologia da USP (São Paulo, SP)


Desigualdade 
A gritante desigualdade social e econômica do país deve ser bandeira de qualquer governo justo, independentemente da ideologia de extrema direita do empossado (“Os esquecidos”, de Ricardo Balthazar).

Tarso Magnus Da Cunha Frota Jr. 
(Brasília, DF)

 

A maior contribuição que o novo governo poderá dar à camada social mais necessitada é trazer de volta o desenvolvimento, pôr o país nos trilhos. A melhoria de salários e empregos virá como consequência. Por outro lado, de que adiantam palavras se, na prática, são um saco vazio? Palavras são jogadas ao vento. O que nos interessa é a prática, as ações saneadoras.

Marcos Serra (Porto Alegre, RS)


Mudanças na educação
É triste ver que o pouco, e muito pouco, que se conseguiu no campo da educação até hoje —todos os governantes deixaram de lado a pasta— será jogado no ralo por pessoas de opinião reacionária e antiquada que não querem outra coisa se não massagear os próprios egos (“Ministro desmonta secretaria de diversidade e cria a de alfabetização”).

Alexandre M. Levanteze (Campinas, SP)

 

Como diretora do Ceale, criado pela professora Magda Sores, repudio o desmonte realizado por este governo. Além do desconhecimento e do descaso com o processo de alfabetização e de formação de alfabetizadores, pesquisas, publicações e os princípios freireanos são questionados. Tanto Magda como Paulo Freire defendem uma alfabetização que tenha sentido na vida de crianças, jovens e adultos. E, no Ceale, acreditamos em uma formação de alfabetizadores que possam fazer diferença na vida de todos.

Francisca Izabel Pereira Maciel
diretora do Ceale (Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita) e professora titular da UFMG (Belo Horizonte, MG)


Azul e rosa
Na condição de pediatra, peço, encarecidamente: deixem as crianças fora dessa (“‘Menino veste azul e menina veste rosa’, diz ministra Damares Alves”).

Adanor Quadros (Santo André, SP)

 

 

Exonero a ministra Damares Alves da minha vida de cidadã brasileira.

Rebeca Gelse Rodrigues, psicóloga (São Paulo, SP)


Discursos
Enquanto os ministros da Educação, de Direitos Humanos e das Relações Exteriores, pupilos de Olavo de Carvalho, querem iniciar uma guerra santa no Brasil, sem qualquer diagnóstico para as reais dificuldades de suas pastas e almejam resolver problemas com milagres, Paulo Guedes de forma cirúrgica elencou os problemas econômicos, traçou metas e estipulou prazos. O Brasil precisa de menos conversa e ideologia e de mais trabalho com pés no chão.

Ronan Wielewski Botelho, advogado (Londrina, PR)

 

Socialismo real
Será necessária maturidade à sociedade brasileira para não desconstruirmos o Brasil. Não bastam críticas sem a compreensão das mazelas do povo e de suas grandes dificuldades. Oferecer a frágil argumentação da opinião, que ainda é livre, pouco ajuda. O brasileiro é palpiteiro, mas política é estudo, conhecimento e informação. Artigos como o de Vladimir Safatle oferecem oportunidade de reflexão, mesmo àqueles que não compartilham de suas ideias (“Nós, o lixo marxista”). Continuemos livres para pensar!

Josyanne Rita de Arruda Franco 
(Jundiaí, SP)

 

Ilustração
Marcelo Cipis/Folhapress

Esquerda, centro ou direita —se a economia for bem, tudo bem.

Marcos Molina (Salto, SP)

 

As tentativas de implantar o tal “socialismo real” que Vladimir Safatle descreve só se viabilizaram sob regimes totalitários e supressores das liberdades de ir e vir e de expressão e difusão de ideias. E todos esses regimes legaram pobreza, fome, atraso. Não se conhece na história da humanidade regime como ele descreve que tenha sido bem-sucedido. O “socialismo real” não resiste à natureza humana, à vida real, à vida como ela é. É só uma bela utopia e sempre será.

Alexandre Effori de Mello (Rio de Janeiro, RJ)


Esquerda
Quase tudo que o Pondé escreve tem pertinência e não constitui pensamento de direita propriamente (“O ano em que a esquerda quebrou”). Mas ele incorre numa simplificação abusiva: ofende a história quando afirma que “a esquerda foi sempre autoritária, mentirosa, violenta”; o PT não é esquerda, ele foi; “esquerda”, no singular, não significa algo preciso. É necessário considerar a longa existência de vários grupos de esquerda democrática e deve-se estudar a importante contribuição histórica destas correntes para a democracia.

Alexandre Hecker, professor aposentado de história da Unesp (São Paulo, SP)

 

Ilustração de Cammarota para Pondé de 31.dez.2018.
Ricardo Cammarota

Billy Wilder
Leio Marcos Lisboa com respeito e admiração. Delicio-me com a análise precisa das questões que trata. Cumprimento-o porque, no último domingo (30), ao escrever o texto “Billy Wilder”, superou-se em inteligência, delicadeza e sensibilidade. Poesia pura.

Sandra Schmitz de Azevedo, advogada (Porto Alegre, RS)

Billy Wilder (centro) com os atores Jack Lemmon (esq.) e Tony Curtis - AFP

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