'O governo constrói seus inimigos de assombrações', afirma leitor

Em artigo na Ilustríssima, Renato Lessa escreveu que o país iniciou 'um inédito experimento'

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Educação sexual e política

O problema a ser posto é o seguinte: de que forma discutir com os alunos (e sobretudo as crianças) a educação sexual e a política sem um conservadorismo ultrapuritano mas também sem uma liberação irresponsável, ou seja, isenta de manipulações à direita ou à esquerda? E tudo isso, é claro, levando-se em conta a idade de formação da personalidade e do caráter da criança e do jovem (“Maioria defende educação sexual e discussão sobre política nas escolas”).

Humberto Giovine (Erechim, RS)

 

Não vejo qualquer problema em falar sobre pensamento político dentro das salas de aula, desde que o conteúdo não seja ideologizado, tentando convencer os alunos e alunas de que esta ou aquela corrente é a certa. 

Oduvaldo Mansani de Melo (Curitiba, PR)

 

Como proteger meninas de 11 a 17 anos da maternidade e meninos de mesma faixa etária da paternidade? Na maioria das famílias brasileiras, falar sobre sexo é um tabu. Com isso, a escola é o local adequado para munir os jovens de informação apropriada sobre iniciação sexual e suas consequências. 

Elielson Barbosa (Belo Horizonte, MG)

Reforma da Previdência

O governo foi eleito e deveria fazer a reforma da maneira que resolva o problema do país. Se ficar dando ouvidos à choradeira, não sairá nada. Todos dizem que querem resolver a questão, mas ninguém quer dar sua parcela de contribuição (“Equipe de Guedes quer Previdência com transição na metade do tempo de Temer”). Os militares, os professores, o funcionalismo público... 

Marcelo de Rezende (São Paulo, SP)


Relações trabalhistas

O texto “O Estado contra a sociedade”, de Luiz Felipe Pondé, deixa claro que há duas categorias com interesses diversos e, muitas vezes, opostos: o empresário e o trabalhador. O colunista julga que em um dos lados estão santos, que se sacrificam para manter privilégios da outra categoria. Para o autor, os privilegiados são os trabalhadores, e os empresários, uns coitados explorados. Mas é bom que tenha ficado claro, até para ele, que existem dois lados com interesses opostos. Já é meio caminho andado.

Mariana Buosi (São Paulo, SP)

 

Assim como o colunista Luiz Felipe Pondé, nunca vi um americano tentando entrar ilegalmente no Brasil, para aqui trabalhar sob toda a proteção que é oferecida ao trabalhador. Por outro lado, sei de muitos brasileiros que buscaram entrar ilegalmente nos Estados Unidos, para ali trabalhar sem qualquer proteção trabalhista.

Simão Pedro Marinho (Belo Horizonte, MG)


Ônibus aquáticos

Em 2009, iniciamos o projeto de transporte aquaviário em Ilhabela com a previsão de novos píeres e a integração aos ônibus. Iniciamos a compra de três embarcações para passageiros. Depois, em 2016, foi preciso atender a legislação de acessibilidade nos píeres. Os barcos comprados estão abandonados e, nesse período em que o trânsito fica caótico, todos se lembram dessa alternativa de transporte. 
A atual gestão tem que ser cobrada inclusive na Justiça pelo abandono (“Ônibus aquáticos estão sem uso em Ilhabela”).

Toninho Colucci, ex-prefeito de Ilhabela (Ilhabela, SP)


Governo Bolsonaro

Brilhante a análise (“Presidencialismo de assombração”). Pode-se ainda destacar como o governo constrói seus inimigos de assombração (indígenas, professores, socialistas, ONGs, globalismo marxista, LGBTs etc.) na mesma linha da doutrina política de Carl Schmitt, para quem a política se faz para os amigos e contra os inimigos. Estendendo a comparação com o nacional-socialismo alemão de 1933-45, podemos lembrar que também o líder daquele governo dispensou mediadores e se dirigia diretamente ao “povo” pelo rádio. Hoje, há o WhatsApp.

Márcio Seligmann-Silva (Santo André, SP)

 

Os primeiros dias de governo deixaram claro que Jair Bolsonaro tem em Donald Trump seu grande modelo: o mesmo estilo de declarações destrambelhadas e dissociadas de seus ministros. Espero que o Brasil aguente.

Heinz Klein (São Paulo, SP)

 

Como resolução de Ano-Novo, eu me propus a rir mais da situação do país e não está sendo difícil. O mesmo devem pensar os quadrinistas, articulistas, leitores e jornalistas desta Folha (“Um novo Febeapá”, de Marcos Augusto Gonçalves). Todo mundo está nadando de braçada nas declarações estapafúrdias do novo governo.

Luís César Schiavetto (Poços de Caldas, MG)

Deus

A religião é a principal arma de adestramento humano, usada desde sempre e ainda bastante efetiva (“O Deus deles —e o de todos”, de Demétrio Magnoli).

Everson Ferreira Martins (Santos, SP)


Sou da Paz

No Painel do Leitor desta terça (8), foi dito que o Sou da Paz não protesta contra a falta de valorização policial, apesar de, em anos de trabalho, denunciarmos a falta de reposição e baixos salários das polícias como desafios urgentes. Há poucos meses, elaboramos uma agenda, entregue ao então candidato João Doria e aos demais, em que a valorização profissional das polícias é a primeira proposta. Sugerimos a leitura.

Ivan Marques, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz


PSDB

Parabéns ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pelo posicionamento claro (“PSDB não pode se deixar levar ao sabor dos ventos, diz governador do RS”). Concordo com ele, que pode ser uma nova liderança surgindo em meio ao caos político atual, provocado em grande parte pelo próprio PSDB. Hoje, o partido estaria iniciando seu governo se não tivesse embarcado na loucura do impeachment e respeitado as últimas eleições. Chegamos aonde chegamos graças a Aécio Neves.

Luiz Fernando Batista Gomes (Mogi das Cruzes, SP)


Paulo Freire

Paulo Freire é um dos pensadores mais notáveis da pedagogia mundial. A ideia de pôr na conta dele os problemas da educação brasileira confirma o fato de que o novo governo assumiu o país sem projetos. A única intenção evidente é impedir os jovens de desenvolverem visão crítica dos fatos, ou seja, torná-los alienados e ignorantes, bem como instituir uma ditadura teocrática destrambelhada (“Na mira de Bolsonaro, obra de Paulo Freire é pilar de escolas de elite”, Cotidiano, 6/1.

Wladimir de Oliveira Braga (Belo Horizonte, MG)


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