'Enquanto Ricardo Vélez pensa, a escola se retrai', diz leitora

Titular da Educação tem buscado para si a posição de um 'ministro pensador'

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Extradição de nazista

Como professor de história, quero externar meus agradecimentos pela publicação do texto “Procurador-geral, pai de chanceler se opôs à extradição de nazista do Brasil”. O conteúdo é de vital importância neste momento que vivemos. Trata-se de uma excelente reportagem, que merece nossos aplausos. Lendo-a eu me lembrei desta frase de James Joyce: “A história é um pesadelo do qual tentamos acordar”.

Cassiano Alves Macedo (Suzano, SP)


Ricardo Vélez

O desconhecido ministro nos parece perdido (“Discreto na universidade, Vélez quer ser visto como um pensador no MEC”). Sem projeto, sem ação. O texto diz que ele é discreto e quer ser visto como pensador. Será que não seria preciso ir às salas de aulas das periferias das grandes cidades ou do sertão? Enquanto ele pensa, a escola se retrai. Trabalhei mais de 50 anos na educação e nunca vi uma linha escrita por ele. Um atraso a nova situação política querer renovar e competir com o mundo sem alguém ativo, com visão prática e urgente para nossa educação. Sinto fraqueza nisso.

Maria Ines Boldrin, aposentada e mestre em educação (São Paulo, SP)

Anti-intelectualismo

Pior que o anti-intelectualismo é o pseudointelectualismo (“Democracia e violência anti-intelectualista”). Boa parte da classe média citada por Christian Schwartz não sabe diferenciar autoajuda de filosofia, mas se acha inteligente. Muitos ascenderam socialmente, com acesso ao capital financeiro, mas sem ter acumulado capital intelectual na mesma proporção. A nova classe média não tem tempo para o desenvolvimento intelectual, pois dedica todo o tempo à geração de capital financeiro para manter um padrão de vida elevado e algum status social.

Alberto Freitas Filho (São Paulo, SP)


Supremo

A maior medida ética de um tribunal é decidir exatamente dentro do que a lei dispõe. A interpretação da lei deve ser gramatical, literal. Quando houver necessidade de modificações na lei, deve caber ao Legislativo assim proceder. Basta isso para um tribunal ser absolutamente ético e garantir a segurança jurídica. Não devem existir entendimentos, deve sim imperar o escrito na lei (“Pacto de ética judicial no STF”).

Anderson Fazoli (São Paulo, SP)


Funcionalismo

O modelo de administração pública mostra-se cada vez mais ineficaz (“Estados pedem ao STF que autorize corte nos salários de servidores”). O inchaço da máquina nas três esferas e os altos salários —para poucos— inviabilizam serviços e investimentos. Na iniciativa privada, profissionais têm suas carreiras ceifadas, mas isso é o mundo corporativo. Por que não exonerar servidores que não entregam resultados? Ou, sob amparo da lei, reduzir salários, como forma de amenizar a sangria financeira?

Carlos Pontes (Itu, SP)


Habitação

Philip Yang esqueceu-se de considerar na sua análise que a população cresceu neste período do Minha Casa, Minha Vida (“O que fazer do Minha Casa, Minha Vida”). As ideias que propõe vêm sendo amplamente discutidas há anos, não há novidade no que ele diz. E o programa foi um sucesso, sim. Pergunte para quem mora nas casas.

Mário Nogueira Neto, engenheiro civil (Ponta Grossa, PR)


Brumadinho

A sociedade precisa entender o conceito de risco e decidir com quais riscos podemos conviver. Nós aceitamos riscos cirúrgicos, por exemplo. Qualquer atividade de engenharia tem seu risco associado. A sociedade precisa estar informada desse risco e decidir se aceita ou não corrê-lo. A responsabilidade é de todos nós (“Em documento, Vale projetou mortes, custos e até causas possíveis de colapso”).

Paulo Abreu (Brasília, DF)

 

Essas tragédias comprovam que a negligência e a impunidade andam de mãos dadas neste país.

Matheus Souza (Lavras, MG)

Sobreviventes

A crônica de Ruy Castro nos traz um alento (“Vida longa”). Nestes dias de tantas tragédias no Brasil, pessoas com fisionomias tristes perguntam a si próprias e aos outros: “Por que essas coisas acontecem?”. Pode-se fazer pergunta semelhante —“como essas coisas acontecem?”— quando algumas pessoas, nas mesmas situações e contra todas as probabilidades, saem ilesas. O cronista nos lembra que pode ser um consolo, então, pensar na vida.

Conceição A. A. Oliveira (Belo Horizonte, MG)


Médico e paciente

O artigo de Sílvia Corrêa é um bálsamo (“Médicos que não querem conversa”). Em tempos de endeusamento da telemedicina como a “medicina do futuro”, que se diga alto e bom tom: médicos, escutem seus pacientes. Desde Hipócrates, é o melhor e mais barato método diagnóstico.

José Marcos Thalenberg, médico (São Paulo, SP)


Charge

A linda e inspirada charge de Jean Galvão sobre os meninos vítimas do incêndio no alojamento do Flamengo fez com que o choro que estava preso e engasgado em minha garganta explodisse em lágrimas, que copiosamente caíram, talvez aliviando um pouco a dor do meu coração. Obrigada, Jean Galvão.

Helemar Machado Leoni (São Paulo, SP)

Maracanã

Sobre a coluna de Alvaro Costa e Silva (“Futebol virou conteúdo”), o Maracanã esclarece que, além do arrecadado nas bilheterias, a receita dos clubes inclui valores de alimentos, bebidas, camarotes e ingressos de sócio-torcedor, que não estão no borderô. A administração do estádio e os times têm a obrigação de realizar jogos com conforto e segurança. O valor do aluguel do estádio visa deixar a manutenção em dia o ano todo. O preço médio dos ingressos, definido pelos clubes, é de R$ 23, próximo ao da antiga “geral”.

Mauro Darzé, presidente do Maracanã (Rio de Janeiro, RJ)


Deputado federal

Hildo Rocha esclarece que abriu mão do auxílio-moradia desde o primeiro mandato de deputado federal, optando por um apartamento funcional. Reeleito, solicitou a transferência para um outro imóvel, que estava desocupado. Em processo de mudança e cumprindo rigorosamente o Ato da Mesa nº 05, foi surpreendido por um vídeo com informações caluniosas por parte da deputada Tabata Amaral. É inaceitável um comportamento dessa forma por parte de uma autoridade federal, que sem analisar as regras e os procedimentos optou por atacar o que desconhece e a quem não conhecia.

Hildo Rocha, deputado federal


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